Escrita - Lição 3, Melquisedeque, o Rei de Justiça. 2Tr17, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 3, Melquisedeque, o Rei de Justiça
2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454
 
 
TEXTO ÁUREO"Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque." (Hb 7.17)
 
 
VERDADE PRÁTICAO sacerdócio de CRISTO é superior a todos os sacerdócios, pois Ele é o Sumo Sacerdote perfeito e eterno.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 2.5 JESUS, único mediador entre DEUS e os homens
Terça - Hb 2.17 Sumo Sacerdote misericordioso e fiel
Quarta - Hb 3.1 JESUS, apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão
Quinta - Hb 6.20 JESUS, Sacerdote Eterno
Sexta - Hb 9.11 JESUS, Sumo Sacerdote dos bens futuros
Sábado - Hb 5.10 JESUS, chamado por DEUS Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 14.18-19; Hebreus 7.1-7, 17
Gênesis 14
18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do DEUS Altíssimo. 19 - E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; 20 - e bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.
Hebreus 71 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 - a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 - sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de DEUS, permanece sacerdote para sempre. 4 - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão. 6 - Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas. 7 - Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 17 - Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
Comentários BEP - CPAD
7.1 MELQUISEDEQUE. Melquisedeque, contemporâneo de Abraão, foi rei de Salém e sacerdote de DEUS (Gn 14.18). Abraão lhe pagou dízimos e foi por ele abençoado (vv. 2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma prefiguração de JESUS CRISTO, que é tanto sacerdote como rei (v. 3). O sacerdócio de CRISTO é "segundo a ordem de Melquisedeque" (6.20), o que significa que CRISTO é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e maior que todos eles.
7.3 SEM PAI, SEM MÃE. Isso não significa que Melquisedeque, literalmente, não tivesse pais nem parentes, nem que era anjo. Significa tão-somente que as Escrituras não registram a sua genealogia e que nada diz a respeito do seu começo e fim. Por isso, serve como tipo do CRISTO eterno, cujo sacerdócio nunca terminará (vv. 24,25).
7.11 A PERFEIÇÃO. Por ser o sacerdócio levítico imperfeito (cf. 10.4) e exercido por homens pecadores (vv. 27,28), foi substituído pelo sacerdote perfeito, o Filho de DEUS. CRISTO é um sacerdote perfeito porque é totalmente justo. Precisou morrer uma só vez como sacrifício pelos nossos pecados. Permanece como nosso sacerdote eterno diante de DEUS no céu, e vive para sempre (vv. 24-28). Por isso, Ele pode salvar completamente e para sempre todos aqueles que por Ele se chegam a DEUS (ver v. 25 nota).
7.19 A LEI NENHUMA COISA APERFEIÇOOU. A lei do AT era imperfeita porque não podia comunicar vida divina, nem o poder de cumprir as suas -exigências, nem oferecia acesso perfeito e completo a DEUS (v. 25; ver Gl 3.19)
7.25 VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER. CRISTO vive no céu, na presença do Pai (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores, individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo 2.1).
(1) Pelo ministério da intercessão de CRISTO, experimentamos o amor e a presença de DEUS e achamos misericórdia e graça para sermos ajudados em qualquer tipo de necessidade (4.16), tentação (Lc 22.32), fraqueza (4.15; 5.2), pecado (1 Jo 1.9; 2.1) e provação (Rm 8.31-39).
(2) A oração de CRISTO como sumo sacerdote em favor do seu povo (Jo 17), bem como sua vontade de derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (At 2.33), nos ajudam a compreender o alcance do seu ministério de intercessão (ver Jo 17.1).
(3) Mediante a intercessão de CRISTO, aquele que se chega a DEUS (i.e., se chega continuamente a DEUS, pois o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua), pode receber graça para ser salvo "perfeitamente". A intercessão de CRISTO, como nosso sumo sacerdote, é essencial para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça, misericórdia e ajuda que nos são outorgadas através daquela intercessão, nos afastaríamos de DEUS, voltando a ser escravos do pecado e ao domínio de Satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa única esperança é aproximar-nos de DEUS por meio de CRISTO, pela fé (ver 1 Pe 1.5).
(4) Note que CRISTO não permanece como advogado e intercessor dos que se recusam a confessar e abandonar o pecado e que se apartam da comunhão com DEUS (cf. 1 Jo 1.5-7,9; 3.10). Sua intercessão para salvar "perfeitamente" é somente para aqueles que "por Ele se chegam a DEUS" (7.25). Não há segurança nem garantia para quem deliberadamente peca e deixa de se chegar a DEUS por Ele (Hb 10.21-31; ver 3.6). (5) Posto que CRISTO é nosso único mediador e intercessor no céu, qualquer tentativa de ter anjos ou santos falecidos como mediadores e de oferecer orações ao Pai através deles, é tanto inútil quanto antibíblico.
 
OBJETIVO GERAL - Apresentar lições do perfil de Melquesideque como rei de justiça.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar quem era Melquisedeque;
Mostrar lições do caráter de Melquisedeque;
Refletir a respeito do sacerdócio de Melquisedeque
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor, animado para o preparo de mais uma lição? Não deixe de fazer o seu plano de aula logo no início da semana. O plano de aula tem como objetivo orientar suas ações, contribuindo para uma aula mais didática e protutiva. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do caráter de Melquisedeque como rei de justiça. Não sabemos muito a respeito da sua história, mas os relatos bíblicos que temos são suficientes para extrair importantes lições a respeito do seu perfil justo e santo. Melquisedeque era rei de Salém, que mais tarde veio a se tornar Jerusalém. Ele é um tipo de CRISTO. Não era apenas rei, mas também um sacerdote. Seu nome significa "rei da paz". Abraão recebeu a bênção de Melquisedeque, e esse fato demonstra que o patriarca reconheceu a autoridade sacerdotal deste servo de DEUS (Gn 14.18,19). Abraão não somente aceitou sua bênção, mas lhe deu o dízimo de tudo.
 
PONTO CENTRAL - Melquisedeque foi um sacerdote santo no meio de uma geração corrompida.
 
Resumo da Lição 3, Melquisedeque, o Rei de Justiça
I - QUEM ERA MELQUISEDEQUE
1. Um personagem misterioso.
2. Onde ele aparece na Bíblia.
3. Características de Melquisedeque.
II - LIÇÕES DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE
1. Um caráter justo.
2. Um caráter pacífico.
III - SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
1. Um novo sacerdócio.
2. JESUS CRISTO, o sacerdócio perfeito.
3. A ordem de Melquisedeque.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Melquisedeque era Rei de Salém e um tipo de CRISTO.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O caráter moldado pelo ESPÍRITO SANTO é semelhante ao caráter de CRISTO
SÍNTESE DO TÓPICO III - JESUS foi sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque.
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICOProfessor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para ressaltar as características de Melquisedeque e as lições que podemos extrair de sua vida e conduta. Mostre que, embora ele fosse um homem santo e justo, o sacerdócio de CRISTO foi superior ao dele.


(Extraído de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 35).
 
PARA REFLETIR - A respeito de Melquisedeque, o rei de justiça, responda:
Quando Melquisedeque aparece na história bíblica?
Quando Abrão retornou de uma jornada arriscada, em que salvou seu sobrinho.
Que funções Melquisedeque exercia?Ele era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo.
Por que Abrão deu o dízimo a Melquisedeque?Porque entendeu que, tendo sido abençoado pelo sacerdote do DEUS Altíssimo, deveria ser grato a DEUS pela bênção da vitória.
Como Melquisedeque demonstrou que era servo de DEUS?No seu encontro com Abrão, ao dizer: "... Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos..." (Gn 14.19,20 a).
Por que o sacerdócio de CRISTO é superior ao de Melquisedeque?Por ser um sacerdócio perfeito e eterno.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p. 37.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
A Difícil Doutrina do Amor de DEUS; DEUS e a Bíblia; A Bíblia - o livro de DEUS.
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique
Lição 3, Melquisedeque, o Rei de Justiça
I - QUEM ERA MELQUISEDEQUE
1. Um personagem misterioso. Surge e desaparece misteriosamente na Bíblia.
2. Onde ele aparece na Bíblia. Aparece depois da batalha de Abrãopa para libertar Ló, seu sobrinho.
3. Características de Melquisedeque. Rei de Justiça, rei de paz, sacerdote do DEUS altíssimo.
II - LIÇÕES DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE
1. Um caráter justo. Pelo que se lê sobre ele, demonstra ser justo. Vai até Abraão para abençoá-lo e reconhece o milagre de DEUS em sua vida.
2. Um caráter pacífico. busca a paz e adoração a DEUS.
III - SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
1. Um novo sacerdócio. Um sacerdócio dado diretamente por DEUS. Sacerdócio eterno. Sacerdócio da graça e não da lei. Sacerdócio real. Sacerdócio de um gentio.
2. JESUS CRISTO, o sacerdócio perfeito. O sacerdócio de Melquisdeque era figura do sacerdócio de CRISTO. O sacerdócio de CRISTO é perfeito, eterno, real, ainda está em voga. Nos conduz a DEUS.
3. A ordem de Melquisedeque. A ordem de Melquisedeque é de valor simbólico para que CRISTO seja sacerdote eterno e perfeito. era um sacerdócio de um rei para que JESUIS pudesse provar seu sacerdócio entre os homens.
 
Melquisedeque é superior a Abraão - Para as religiões Judaica e islâmica não há ninguém maior do que Abraão. para a Bíblia Melquisedeque era maior do que Abraão.
Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. Hebreus 7:4 - Veja que a palavra é pagou o dízimo, não é devolveu e nem deu, é pagou.
Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. Hebreus 7:7
 
Os sacerdotes Arão e Levi pagaram dízimos a Melquisedeque porque, mesmo sem ainda haverem nascido, estavam em Abraão, ou seja, o pai deles, Abraão, pagou dízimos a Melquisedeque.
Melquisedeque não era CRISTO pré-encarnado e nem era um anjo e nem era Sem. Era um homem como qualquer outro, porém não tinha nada registrado sobre seu nascimento, seus pais, sua morte, seu sacerdócio e reinado. Por isso é usado como figura de CRISTO que não tem registro de dia que nasceu como DEUS e não tem registro e nunca terá de sua morte depois que ressuscitou. Espiritualmente não tem genealogia e seu sacerdócio é eterno. Dado por DEUS. JESUS é rei de um reino eterno que pertence a DEUS.
 
Melquisedeque saudou a Abraão, trazendo-lhe pão e vinho e o abençoando no nome do DEUS Altíssimo, quando o patriarca retornou após ter vencido Quedorlaomer, rei do Elão, e seus aliados.
Isso indica que fizeram aliança de sangue. Um dos itens da Aliança de Sangue era fazer uma refeição juntos. O que comemos vai para o sangue e o sangue é vida. Significa: Minha vida se torna sua e sua vida se torna minha. Como Melquisedeque era sacerdote do DEUS altíssimo representava DEUS na Aliança e como Abraão era o primeiro que geraria o povo hebreu donde nasceria JESUS, a aliança humana era entre Melquisedeque e Abraão, mas espiritualmente a aliança era entre DEUS PAI e JESUS, a favor dos homens.
 
JESUS, desse, sim, pode-se testificar: “Tu és sacerdote eternamente”. Em várias passagens das Escrituras nos é dito que CRISTO seria um sacerdote eterno e não temporário. Isso indica claramente que a extensão maior de seu sacerdócio era divina, e não humana. Portanto, na sua morte não houve nenhuma mudança de comportamento em seu sacerdócio, pois Ele permaneceu o mesmo, não sofrendo nenhuma mudança, a não ser a glorificação de seu corpo, de mortal para a imortalidade perene.
JESUS continua seu sacerdócio no céu - continua intercedendo - Quem é que condena? Pois é CRISTO quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós. Romanos 8:34
 
Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr. Henrique
 
Melquisedeque  מלכי צדק Malkiy-Tsedeq - Dicionário StrongMelquisedeque = “meu rei é Sedeque”
1) rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha que teve para libertar Ló; ’a ordem de Melquisedeque’ a ordem do sacerdócio à qual CRISTO pertence.
 
Melquisedeque  מלכי צדק Malkiy-Tsedeq - Dicionário Wycliffe
Em hebraico malki- Sedeq ou “rei da justiça”, é mencionado em Gênesis 14.18; Salmos 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11.15,17. No livro de Gênesis ele é um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este retomou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da batalha. Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado com um anjo (Orígenes), com o ESPÍRITO SANTO (Epifânio), com o Senhor JESUS CRISTO (Ambrósio), com Enoque (Calmet) e Sem (Targuns, Jerônimo, Lutero) et. al.
Quanto à religião, ele era “sacerdote do DEUS Altíssimo” (el ‘elyon). Os textos de Ras Shamra mostraram que as cidades cananéis tinham sumo sacerdotes na primeira metade do segundo milênio a.C.
A opinião tradicional diz que Melquisedeque era um verdadeiro adorador do Senhor (conforme Josefo, Irineu, Calvino, KD, Leupold, et ai). Se a data da vida de Abraão (aprox, 2000 a.C.) estiver correta, então Melquisedeque viveu antes da substituição de EÍ como principal deus dos cananeus, A adoração a Baal-Hadade foi estabelecida pela invasão dos amorreus no início do 2“ milênio a.C.
O Salmo 110.4 ("Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque") é aceito como sendo de autoria de Davi - Observamos que em Mateus 22.43, JESUS atribui o Salmo a Davi e a referência a si mesmo como o Messias.
As passagens no livro de Hebreus trazem a mesma interpretação. O autor está discutindo a superioridade do sacerdócio de CRISTO em comparação ao de Arão. Melquisedeque e seu sacerdócio são um exemplo de CRISTO e de seu sacerdócio. O sacerdócio de Melquisedeque não estava limitado a uma raça ou tribo, sendo, portanto, universal. Sua realeza não foi herdada de seus país. E essa realeza também não foi transmitida a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto, Melquisedeque é uma tipologia de CRISTO e de seu sacerdócio eterno e universal.
Melquisedeque era superior a Arão porque:
(1) Abraão, ancestral de Arão, pagou dízimos a Melquisedeque;
(2) Melquisedeque abençoou Abraão;
(3) os sacerdotes levíticos estavam sujeitos à morte, mas não há nenhuma informação sobre a morte de Melquisedeque.
Portanto, CRISTO e seu sacerdócio são superiores a Arão e seu sacerdócio.
De acordo com fragmentos encontrados na Caverna XI, em Qumran, Melquisedeque ocupava uma elevada posição no reino celestial na teologia de Qumran. Essa visão contemporânea de Melquisedeque torna mais fácil entender como o autor de Hebreus 7 podia discutir a superioridade de JESUS fazendo um apelo a esse personagem  E.W.C.

Melquisedeque  מלכי צדק Malkiy-Tsedeq -  AJUDAS BÍBLICAS EXAUSTIVAS - BÍBLIA THOMPSON
rei de Salém: Gn 14:18Sl 110:4Hb 5:66:207:1.
Ver tb: Hb 5:10Hb 7:17Hb 7:21
Gênesis 14:18 (JFA-RC(Pt)) - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do DEUS Altíssimo.
Salmos 110:4 (JFA-RC(Pt)) - Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 5:6 (JFA-RC(Pt)) - Como também diz noutro lugar: Tu és Sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 6:20 (JFA-RC(Pt)) - Onde JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 7:1 (JFA-RC(Pt)) - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou,
Hebreus 5:10 (JFA-RC(Pt)) - Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 7:17 (JFA-RC(Pt)) - Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 7:21 (JFA-RC(Pt)) - Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o SENHOR, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque,
 
O Misterioso Melquisedeque - Hebreus 7 - Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - W. W. Wiersbe Expositivo
Se alguém nos pedisse para citar o nome das pessoas mais importantes do Antigo Testamento, duvido que Melquisedeque estaria em nossa lista. Ele aparece uma vez em Gênesis 14:17-24 e é mencionado novamente em Salmos 110:4. Dificilmente seria considerado um personagem de destaque. Mas o ESPÍRITO SANTO voltou ao Antigo Testamento e usou essas duas passagens para apresentar uma verdade crucial: o sacerdócio de JESUS CRISTO é superior ao de Arão, porque a "ordem de Melquisedeque" é superior à "ordem de Levi".
Hebreus 7 inicia a segunda seção principal. Um Sacerdócio Superior (Hb 7-10). Em Hebreus 7, o autor argumenta que, semelhante ao sacerdócio de Melquisedeque, o sacerdócio de CRISTO é superior em sua ordem. Em Hebreus 8 , a ênfase é sobre a aliança superior de CRISTO; Hebreus 9 enfatiza a superioridade de seu santuário, e Hebreus 10 conclui a seção argumentando em favor do sacrifício superior de CRISTO.
O povo de Israel estava habituado ao sacerdócio da tribo de Levi. Essa tribo foi escolhida por DEUS para servir no tabernáculo (Êx 29Nm 18). Arão foi o primeiro sumo sacerdote nomeado por DEUS. Apesar de suas muitas falhas, os sacerdotes serviram a DEUS durante séculos; mas, agora, o autor afirma que tal sacerdócio acabou! A fim de defender sua declaração e de provar que a ordem de Melquisedeque é superior à de Arão, ele apresenta três argumentos.
1. O ARGUMENTO HISTÓRICO*.
Melquisedeque e Abraão (Hb 7:1-10)
O relato desse acontecimento encontra-se em Gênesis 14:1 7-24, de modo que convém fazer uma leitura dessa passagem. O autor da Epístola aos Hebreus deseja que seus leitores observem vários fatos acerca desse homem misterioso chamado Melquisedeque.
Ele era rei e sacerdote (v. 1). Observamos anteriormente que, no sistema do Antigo Testamento, o trono e o altar eram separados. As pessoas que tentaram usurpar o sacerdócio foram julgadas por DEUS. No entanto, vemos aqui um homem que exercia as duas funções: a de rei e a de sacerdote! Arão nunca teve esse privilégio. É importante observar que Melquisedeque não era uma "imitação" de sacerdote, antes, "era sacerdote do DEUS Altíssimo" (ver Gn 14:1822). Seu ministério era legítimo.
Seu nome é sugestivo (v. 2b). Na Bíblia, muitas vezes os nomes e seus significados são importantes. Hoje em dia, escolhemos os nomes de nossos filhos sem maior consideração por seu significado, mas não era assim nos tempos bíblicos. Em algumas ocasiões, uma grande crise espiritual era motivo para mudar o nome de uma pessoa (ver Gn 32:24-32Jo 1:35-42). Em hebraico, o nome Melquisedeque significa "rei da justiça". O termo Salem quer dizer "paz" (a palavra hebraica shalom), de modo que Melquisedeque era tanto "rei de justiça" quanto "rei de paz".
A "justiça" e a "paz" aparecem juntas com freqüência nas Escrituras. "O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre" (Is 32:1 7); "Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram" (SI 85:10). "Floresça em seus dias o justo, e haja abundância de paz até que cesse de haver lua" (Sl 72:7). "Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz" (Tg 3:18).
A verdadeira paz só pode ser experimentada com base na justiça. Se desejamos ter "paz com DEUS", precisamos ser "justificados, pois, mediante a fé" (Rm 5:1).
Recebeu dízimos de Abraão (v. 2a). Esse fato importante é explicado em Hebreus 7:4-10. O termo "dízimo" significa "um décimo". Esses dízimos eram entregues aos levitas (Nm 18:21 ss) no tabernáculo e, posteriormente, no templo (Dt 12:5ss). Se a viagem era longa demais para transportar cereais, frutos e animais, o dízimo poderia ser convertido em uma soma em dinheiro (Dt 14:22-27).
No entanto, a prática de dar o dízimo não teve origem em Moisés. Abraão ofereceu o dízimo muito antes de a Lei ser dada. Na verdade, os arqueólogos descobriram que outras nações da época também davam o dízimo, de modo que se trata de uma prática antiga.
Seu histórico familiar é diferente (v. 3).
Melquisedeque era um homem (ver Hb 7:4), de modo que teve pai e mãe. No entanto, não há registro algum de sua genealogia no Antigo Testamento. Trata-se de algo significativo, pois os antepassados da maioria das pessoas mais relevantes do Antigo Testamento são identificados. Era especialmente importante que os sacerdotes tivessem como comprovar sua linhagem (ver Ed 2:61-63Ne 7:63-65). Aqui, o autor de Hebreus usa um argumento baseado no silêncio, mas que, ainda assim, não deixa de ser válido.
Melquisedeque não era um anjo nem uma criatura sobre-humana; também não era uma manifestação de JESUS CRISTO no Antigo Testamento. Era um homem de verdade, um rei de verdade e um sacerdote de verdade em uma cidade de verdade. Mas, no que se refere aos registros, ele nunca nasceu nem morreu. Nesse sentido, ele é um retrato do Senhor JESUS CRISTO, o Filho eterno de DEUS. Apesar de JESUS CRISTO ter morrido, o Calvário não foi o fim; ele ressuscitou dentre os mortos e, hoje, vive "segundo o poder de vida indissolúvel" (Hb 7:16). Uma vez que não existe relato algum da morte de Melquisedeque, no que se refere aos registros, ele continua servindo como sacerdote e rei. Nesse sentido, também é semelhante ao Filho eterno de DEUS.
A aplicação é clara: nem Arão nem qualquer um de seus descendentes poderíam afirmar ser "sem genealogia" (Hb 7:3), ter um ministério sem fim nem se declarar sacerdote e reí, como JESUS CRISTO.
Possuía autoridade para receber os dízimos de Abraão e abençoar o patriarca (vv. 4-10). A grandeza de Melquisedeque é vista no fato de que Abraão deu-lhe os dízimos dos despojos de uma guerra. Abraão reconheceu a autoridade de Melquisedeque. Além disso, Melquisedeque abençoou o patriarca de maneira especial, e "o inferior é abençoado pelo superior" (Hb 7:7). Mas de que maneira isso é relacionado a Arão? Trata-se de uma relação interessante: Arão e a tribo de Levi haviam "descendido de Abraão" (literalmente, "de sua força geratriz") e, nessa ocasião, não eram nascidos. Assim, quando seu pai, Abraão, reconheceu a grandeza de Melquisedeque, a tribo de Levi também foi incluída. O povo de Israel acreditava firmemente em uma "solidariedade racial", e esse é um exemplo. O pagamento dos dízimos envolveu não apenas o patriarca Abraão, mas também as gerações não nascidas de seus descendentes.
Uma vez que JESUS CRISTO veio da "descendência de Abraão" (Hb 2:16), isso não significa que ele também foi parte dessa experiência? Não, pois JESUS CRISTO é o Filho eterno de DEUS. Sua identificação com Abraão deu-se apenas "nos dias da sua carne" (Hb 5:7). Tendo em vista que CRISTO existia antes de Abraão (Jo 8:58), não poderia ser considerado "descendência de Abraão" no mesmo sentido que Arão e sua família.
2. O ARGUMENTO DOUTRINÁRIO: CRISTO e Arão (Hb 7:11-25)
Nesta seção, o autor avança um passo em sua argumentação. Melquisedeque não apenas é maior do que Arão, como também tomou o lugar de Arão! Não é mais "a ordem de Arão" ou "a ordem de Levi". É, para sempre, "a ordem de Melquisedeque". Por que DEUS realizou uma mudança tão radical?
Porque tanto o sacerdócio quanto a Lei eram imperfeitos (vv. 11-14). As palavras traduzidas por "perfeito" e termos correlatos são palavras-chave nesta epístola (Hb 2:105:96:17:11199:910:114). Significam, essencialmente, "completado, cumprido". Os sacerdotes do Antigo Testamento não eram capazes, por meio de seu ministério, de completar a obra de DEUS no coração do adorador. "Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma" (Hb 7:19). Os sacrifícios de animais não tornavam adorador algum perfeito aos olhos de DEUS (Hb 10:1-3). O sistema mosaico da Lei divina não era permanente. A Lei foi "adicionada" para servir de "aio" a fim de preparar o caminho para a vinda de CRISTO (Gl 3:19 - 4:7).
Uma vez que os sacerdotes recebiam sua autoridade da Lei do Antigo Testamento (Hb 7:28), e tendo em vista que o sacerdócio havia mudado, segue-se que houve uma mudança nessa Lei. O presidente dos Estados Unidos não pode proclamar-se rei, pois a constituição do país não permite o sistema monárquico. A fim de efetuar tal mudança de sistema seria preciso, antes, alterar a constituição.
A Lei de Moisés não permitia um sacerdócio da tribo de Judá (Hb 7:14). Uma vez que nosso Sumo Sacerdote é da tribo de Judá, de acordo com sua linhagem humana, então alguma mudança deve ter ocorrido na Lei de Moisés. E foi exatamente isso o que aconteceu! Todo o sistema da Lei do Antigo Testamento cumpriu-se em JESUS CRISTO e foi tirado do caminho (Cl 2:1314). O cristão foi liberto da Lei (Gl 5:1-6) e está morto para a Lei (Rm 7:1-4).
Esse novo sistema não significa que o cristão tem o direito de viver sem lei alguma. "Livre da Lei" não quer dizer "livre para pecar". Antes, significa que estamos livres para fazer a vontade de DEUS. Obedecemos não por uma compulsão exterior, mas por um constrangimento interior (2 Co 5:14Ef 6:6). Quando nos sujeitamos ao ESPÍRITO SANTO que habita em nós, ele nos capacita a cumprir "o preceito da lei" (Rm 8:1-4).
Porque, sendo imperfeitos, o sacerdócio e a Lei não poderíam continuar para sempre (w. 15-19). O termo "outro", em Hebreus 7:15, significa "outro de um tipo diferente". Os sacerdotes levíticos foram ordenados para o sacerdócio pela autoridade temporária e imperfeita da Lei. JESUS CRISTO foi feito Sacerdote por uma declaração de DEUS. "Por causa [da] fraqueza e inutilidade" da Lei (Hb 7:18), ela não poderia continuar para sempre. Mas, uma vez que JESUS CRISTO é o Filho eterno de DEUS, ele vive "segundo o poder de vida indissolúvel" (Hb 7:16). Que contraste entre a Lei inútil e a vida indissolúvel!
Uma vez que JESUS CRISTO é Sacerdote para sempre e que tem uma natureza adequada ao sacerdócio eterno, não pode jamais ser substituído. A anulação (Hb 7:18, "se revoga") da Lei representou a abolição do sacerdócio. Mas ninguém pode anular o "poder da vida indissolúvel"! A lógica é inequívoca: JESUS CRISTO é Sacerdote para sempre.
O autor tem sempre em mente a tentação que seus leitores estão enfrentando de voltar ao antigo sistema do templo. Por isso, ele os lembra (Hb 7:19) de que JESUS CRISTO realizou o que a Lei jamais poderia ter feito: trouxe uma esperança melhor e permite que nos acheguemos a DEUS. Voltar ao judaísmo significaria deixar de desfrutar a comunhão com DEUS por meio de CRISTO. A única esperança do judaísmo era a vinda de CRISTO, uma bênção que esses cristãos já possuíam.
Porque o juramento de DEUS não pode ser quebrado (w. 20-22). Nenhum sacerdote da ordem de Arão foi ordenado e estabelecido com base em um juramento pessoal de DEUS. Os sacerdotes arônicos ministravam "conforme a lei de mandamento carnal [físico]" (Hb 7:16). Sua adequação moral ou espiritual não era examinada. O importante era o sacerdote pertencer à tribo correta e preencher os requisitos físicos e cerimoniais corretos (Lv 21:16-24).
O sacerdócio celestial de JESUS CRISTO foi estabelecido com base em sua obra na cruz, em seu caráter (Hb 2:105:5-10) e no juramento de DEUS. "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb 7:21Sl 110:4). Convém observar a introdução a essa declaração: "O Senhor jurou e não se arrependerá [voltará atrás]". A questão foi resolvida definitivamente e não pode ser mudada.
A presença desse juramento dá ao sacerdócio de nosso Senhor um grau superior de permanência e certeza. JESUS CRISTO é "fiador de superior aliança" (Hb 7:22). O termo "fiador" significa "aquele que garante que os termos de um acordo serão cumpridos". Judá dispôs-se a servir de fiador para Benjamim, a fim de garantir ao pai que o menino voltaria para casa em segurança (Gn 43:1-14). Paulo dispôs-se a servir de fiador para o escravo Onésimo (Fm 1819). Talvez o equivalente mais próximo hoje seja o fiador que paga fiança por alguém indiciado e garante que o indivíduo acusado comparecerá ao tribunal para ser julgado.
Como Mediador entre DEUS e o homem (1 Tm 2:5), JESUS CRISTO é o grande Fiador. Nosso Salvador ressurreto e eterno garante que os termos da lei serão cumpridos em sua totalidade. DEUS não abandonará seu povo. Mas CRISTO não apenas nos garante que DEUS cumprirá sua promessa, mas, como nosso representante diante de DEUS, também cumpre perfeitamente os termos da lei em nosso nome. Jamais seríamos capazes, por conta própria, de cumprir esses termos; mas, uma vez que cremos nele, ele nos salvou e garantiu que nos guardará.
Em Hebreus 7:22, encontramos pela primeira vez uma palavra extremamente importante em Hebreus: "aliança". Esse termo é usado treze vezes nesta carta e tem o sentido de "testamento". Analisaremos essa palavra em mais detalhes ao estudarmos Hebreus 8.
O autor apresentou três motivos pelos quais DEUS mudou a ordem do sacerdócio de Arão para Melquisedeque: (1) o sacerdócio e a Lei eram imperfeitos; (2) uma vez que eram imperfeitos, não poderíam continuar para sempre; (3) DEUS jurou que a nova ordem seria estabelecida. A seguir, encerra a seção com um quarto motivo.
Porque, sendo homens, os sacerdotes morriam (vv. 23-25). O sacerdócio não apenas era imperfeito como também era interrompido pela morte. Houve muitos sumos sacerdotes, pois nenhum sacerdote viveria para sempre. A Igreja, pelo contrário, tem um Sumo Sacerdote, JESUS, o Filho de DEUS, que vive para sempre! Um Sacerdote imutável significa um sacerdócio imutável, o que, por sua vez, significa segurança e confiança para o povo de DEUS. "JESUS CRISTO, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre" (Hb 13:8). "Tu és sacerdote para sempre" (Sl 110:4).
De vez em quando, encontramos no jornal alguma notícia sobre fraudes de testamentos. Um parente ou sócio inescrupuloso apropria-se do testamento e o emprega para propósitos egoístas. Mas isso jamais aconteceria com a aliança que CRISTO firmou com seu sangue. Ele firmou essa aliança e morreu para que ela pudesse entrar em vigor. Mas, então, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu, de onde está "administrando" sua aliança. JESUS continua intecedendo. Continua sendo sumo sacerdote.
O fato de o CRISTO imutável continuar sendo Sumo Sacerdote significa, logicamente, que existe um "sacerdócio imutável" (Hb 7:24). O termo grego traduzido por "imutável" dá a idéia de "válido e inalterável". Em função disso, podemos ter segurança em meio a este mundo de tantas transformações e agitação.
Qual é a conclusão dessa questão? Hebreus 7:25 declara: "Por isso [porque ele é o Sumo Sacerdote eternamente vivo e imutável], também pode salvar totalmente [completamente, para sempre] os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles". Por certo, CRISTO pode salvar qualquer pecador que se encontra em qualquer situação, mas não é a isso que o versículo se refere. A ênfase é sobre o fato de que ele salva completamente e para sempre todos os que crêem nele. Uma vez que é nosso Sumo Sacerdote para sempre, pode salvar para sempre.
A base para essa salvação completa é a intercessão celestial do Salvador. O termo traduzido por "interceder" significa "ir ao encontro, abordar, apelar para, fazer uma petição". Não se deve imaginar que DEUS Pai esteja irado conosco de tal modo que DEUS Filho deve sempre apelar a ele e suplicar que não julgue seu povo! O Pai e o Filho estão de pleno acordo quanto ao plano da salvação (Hb 13:2021). Também não devemos imaginar JESUS proferindo orações em nosso favor no céu ou "oferecendo seu sangue" repetidamente como sacrifício. Essa obra foi consumada na cruz de uma vez por todas.
A intercessão diz respeito à forma de CRISTO representar seu povo diante do trono de DEUS. Por meio de CRISTO, os cristãos podem achegar-se a DEUS em oração e também oferecer sacrifícios espirituais para DEUS (Hb 4:14-161 Pe 2:5). Alguém disse bem que a vida de CRISTO no céu é sua oração por nós. É sua identidade que determina suas ações.
Ao recapitular o raciocínio desta seção extensa (Hb 7:11-25), ficamos impressionados com a lógica do autor. O sacerdócio de JESUS CRISTO segundo a ordem de Melquisedeque é superior ao sacerdócio de Arão e tomou seu lugar. Tanto o argumento histórico quanto o doutrinário são perfeitos. Mas o autor acrescenta um terceiro argumento.
3. O ARGUMENTO PRÁTICO! CRISTO E O CRISTÃO (Hb 7:26-28)
Por mais devotos e obedientes que fossem os sacerdotes arônicos, nem sempre poderíam suprir as necessidades de todo o povo. Mas JESUS CRISTO supre perfeitamente todas as nossas necessidades. "Um sumo sacerdote como este" significa que ele é "adequado para nós e supre nossas necessidades completamente". A ênfase aqui é sobre seu caráter impecável. Uma vez que ele é perfeito, é capaz de exercer um ministério perfeito para seu povo. Por causa de seus pecados, alguns sacerdotes do Antigo Testamento não apenas se mostraram incapazes de servir o povo como também o prejudicaram. Isso jamais podería acontecer com JESUS CRISTO e seu povo.
Os sacerdotes do Antigo Testamento eram "separados" para seu ministério, de modo que, em certo sentido, eram "santos". No entanto, nem sempre eram santos em seu caráter. Eram pecadores como as pessoas às quais ministravam. "Inculpável" (Hb 7:26) é o mesmo que "irrepreensível". Nenhum sacerdote de Israel podería afirmar ser inculpável. "Sem mácula" pode significar "incontaminado", uma característica própria somente de JESUS CRISTO. Quando estava ministrando na Terra, JESUS foi amigo de publicanos e de pecadores (Mt 9:1011:19), mas seu contato com eles não contaminou sua conduta nem seu caráter. Havia contato sem contaminação. Ele permaneceu separado, mas não isolado. Hoje, ele é "separado dos pecadores" por causa de sua posição ("feito mais alto do que os céus"); mas não é separado das pessoas para as quais ministra. Está sempre a nossa disposição em seu trono da graça.
Outra prova de inculpabilidade é que, ao contrário dos sacerdotes, CRISTO nunca teve de oferecer sacrifícios para a própria purificação. No dia anual da Expiação, o sumo sacerdote oferecia primeiramente um sacrifício por si mesmo antes de sacrificar para o povo (Lv 16). Também havia os sacrifícios diários oferecidos como parte do ritual do templo; e, se um sacerdote havia pecado, deveria oferecer um sacrifício para a própria purificação (Êx 29:38-46Lv 4:3ss). Mas JESUS CRISTO ofereceu apenas um sacrifício por nossos pecados e resolveu a questão de uma vez por todas (ver Hb 9:23-28).
É desse Sumo Sacerdote que precisamos! Estamos sujeitos a pecar diariamente, até várias vezes por dia; precisamos, portanto, ter a possibilidade de nos voltar para ele em busca de socorro espiritual. Como nosso Sumo Sacerdote, JESUS CRISTO nos dá a graça e misericórdia de que precisamos para não pecar. Mas, se pecarmos, ele é nosso Advogado junto ao trono de DEUS (1 Jo 2:12). Quando confessamos nossos pecados, ele nos perdoa e nos restaura (1 Jo 1:9).
A aplicação é óbvia: por que dar as costas a um Sumo Sacerdote tão adequado?
O que mais poderiamos encontrar em qualquer outra pessoa? Os homens que serviram sob a Lei de Moisés tinham fraquezas humanas e falhavam com freqüência. Nosso Sumo Sacerdote celestial é "perfeito para sempre" (Hb 7:28) e não tem qualquer mácula nem defeito. Tal Sumo Sacerdote é "perfeito para nós"! Você está se valendo desse ministério da graça?
 
UMA METÁFORA DE CRISTO - (Hb 7.1-22) -  BILBIA DA LIDERANÇA CRSTÃ - 2 EDIÇÃO - - John C Maxwell
Se os líderes falharem ao se comunicar com os outros, eles acabarão andando sós. O escritor aos Hebreus apresenta um quadro da superioridade de JESUS quando o compara a Melquisedeque. Bons comunicadores comunicam coisas que são novas ou desconhecidas, valendo-se de figuras de linguagem ou imagens que são de domínio de todos. Melquisedeque é uma dessas figuras que serviram como ricas metáforas, pois como CRISTO...
1. Sua liderança era universal e não nacional.
Ele não estava confinado ao sacerdócio de uma nação em particular.
2. Sua liderança era superior e muito acima da média.
Ele é retratado como sendo alguém superior e respeitado, a quem Abraão rendeu honras.
3. Sua liderança era fundamentada na justiça e não na auto-suficiência.
O nome deste rei significa "Rei da Justiça" de Salém (paz).
4. Sua liderança era particular e não hereditária.
Ele não se tornou líder porque nasceu na família certa ou porque tinha a herança genética certa.
5. Sua liderança é eterna e não provisória.
Ele permanecerá, como CRISTO, sacerdote para sempre.
 
 
Hebreus - SÉRIE Comentário Bíblico - SEVERINO PEDRO DA SILVA - CPAD
Porque este Melquisedeque; que era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou;
Quem era Melquisedeque? As únicas referências bíblicas sobre este personagem semita encontram-se nos trechos de Gênesis 14.18-20Salmos 110.4 e Hebreus 6.207.1,10,11,15,17,21. Pode- se ver, com base nisso, que o autor supre a discussão maior. É dito que ele era o “rei de Salém... e sacerdote do DEUS Altíssimo”, o que, combinado às passagens de Josué 18.28 e Salmos 76.2, nos mostra ter sido ele rei em Jerusalém durante o domínio dos jebuseus. Entretanto, ele aparece na interpretação de Hebreus 7.2 como “rei de justiça”. Melquisedeque saudou a Abraão, trazendo-lhe pão e vinho e o abençoando no nome do DEUS Altíssimo, quando o patriarca retornou após ter vencido Quedorlaomer, rei do Elão, e seus aliados. Ao mesmo tempo, Melquisedeque recebeu de Abraão dízimos dos despojos. A significação profética de Melquisedeque é claríssima. Salmos 110 apresenta a divindade do Messias ligada à ordem deste personagem contemporâneo de Abraão. No entanto, a obscuridade de Melquisedeque tem levantado um série de conjeturas, algumas delas nada mais que fantasias.
Alguns dizem ser o ESPÍRITO SANTO que teria aparecido na terra sob essa forma, visto que, ele não consta em nenhuma genealogia como nos é dito a respeito de DEUS e de CRISTO (Lc 3.23,38). Outros dizem ter sido uma manifestação de CRISTO antes da encarnação, no Antigo Testamento. Mas isso é absurdo, pois teríamos de aceitar o seu governo em Jerusalém antes dos tempos testamentários. Para alguns estudiosos, no entanto, Melquisedeque teria sido encarnação de alguma outra elevada personalidade celeste. Outros afirmam que ele seria Sem, filho de Noé, o que é opinião comum entre vários escritores judeus, especialmente no Targum. Outras opiniões afirmam que ele teria sido um monarca cananeu, da descendência de Cão. E outros, ainda, consideram-no um ser como Adão, diretamente criado por DEUS, e que literalmente não teria ascendência humana. Também há opiniões que o identificam com Jó ou com algum outro personagem do Antigo Testamento. Todas essas conjeturas não têm base em que se possa confiar; assim, necessariamente, a identificação de Melquisedeque deve ser procurada por outro prisma.
 
O historiador judeu Flávio Josefo, em sua obra Antiguidades Judaicas, fala bem pouco de Melquisedeque. A informação que temos dele é esta: “O rei de Sodoma veio até ele (Abraão) no lugar a que chamam de ‘campo real’, onde o rei de Salém, que agora é Jerusalém, o recebeu também com grandes demonstrações de estima e de amizade. Este príncipe chamava-se Melquisedeque, isto é, rei justo; e ele era verdadeiramente justo, pois sua virtude era tal que, por consentimento unânime ele tinha sido feito sacrificador do DEUS Todo-poderoso. Ele não se contentou de receber tão bem a Abraão, mas recebeu outrossim todos os seus; deu-lhes no meio dos banquetes que realizou, os louvores devidos à sua coragem e virtude e prestou a DEUS públicas ações de graças por uma tão gloriosa vitória. Abraão, por sua vez, ofereceu a Melquisedeque a décima parte dos despojos que tinha feito dos inimigos; e este os aceitou”.
a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz;
Quase todos os escritores da Bíblia têm identificado a cidade de Salém, aqui mencionada, como sendo um diminutivo poético da cidade de Jerusalém. Este lugar é mencionado paralelamente com Sião, a cidade de DEUS (SI 76.2). Também é acrescentado que ali se encontrava o “Tabernáculo do Senhor”. Josefo identificou Salém como sendo o local antigo de Jerusalém, uma espécie de comunidade que existia antes de Jerusalém. Os samaritanos vinculavam Salém com Salim, a leste de Nablus, mas essa identificação pode ter-se originado do preconceito político e da rivalidade religiosa que havia entre judeus e samaritanos. Existe uma outra interpretação que localiza Salém com Salim, que era uma cidade de Siquém, onde, segundo se diz, existem supostas ruínas do “palácio de Melquisedeque”. Em tempos remotos, Jerusalém chamava-se apenas “Jebus”, nome este mencionado por cinco vezes (Js 18.28Jz 19.10,11I Cr 11.4,5). Alguns acreditam, ainda, que Melquisedeque tenha conquistado uma parte da cidade, adicionando nesta parte por ele dominada o nome de “Salém”, ou a cidade de paz. Depois houve a junção de Jebus com Salém, quando Melquisedeque conquistou a outra parte da cidade, em poder dos jebuseus. Então, passou-se a pronunciar “Jerusalém” ao invés de “Jebus-Salém”, sua forma primitiva. Depois, com a ausência de Melquisedeque, os jebuseus voltaram a chamá-la de Jebus, nome este que perdurou até os dias de Davi, quando ele e seus homens conquistaram a fortaleza de Sião e esta passou a se chamar “a cidade de Davi” (I Cr 11.4-8).
sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de DEUS, permanece sacerdote para sempre.
O autor sagrado afirma que Melquisedeque era “sem pai, sem mãe, sem genealogia”. E acrescenta ainda: “feito semelhante ao Filho de DEUS”. As seguintes explicações sobre essa expressão são possíveis desde que usemos o raciocínio lógico e a razão natural.
Io - Na qualidade de algum elevado ser espiritual (termo este usado apenas para argumentação), ele não tinha descendência terrena;
2° - Melquisedeque teria “perdido” (mediante a morte física) seu pai e sua mãe, pelo que também estaria “sem eles”;
3o - Seu pai e sua mãe seriam figuras “desconhecidas”, pelo que também não se fez qualquer registro genealógico;
4o - Seu pai e sua mãe não tinham genealogia sacerdotal (o que parece lógico), razão pela qual não foram mencionados;
5o - Antes, Melquisedeque simplesmente não tem “genealogia registrada” nas Escrituras, etc.
No que diz respeito à genealogia, várias opiniões são também sugeridas, tais como: A genealogia de Melquisedeque era conhecida, mas não foi “registrada”.
A genealogia era conhecida, mas “propositadamente não foi registrada”, para que Melquisedeque tivesse a possibilidade de ser um “tipo simbólico” de CRISTO, em seu sumo sacerdócio.
A genealogia não foi registrada porque era desconhecida. Não havia genealogia a registrar porque Melquisedeque, na realidade, não era uma personalidade humana, etc.
Para nós, o fato de não ter pai nem mãe significa que não há registro de seus ancestrais, e que, profeticamente, Melquisedeque simboliza o divino Filho-Profeta, acerca de quem não se pode falar de qualquer linhagem terrena quando se observa sua eternidade.
Melquisedeque não tinha nem pai nem mãe sacerdotais, por isso não tinha uma genealogia como os filhos de Arão. Em outras palavras, ele torna-se um verdadeiro tipo de CRISTO, visto que “... nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio” (Hb 7.14b). O original grego indica “brotou” em lugar de “procedeu”, para indicar “... o homem cujo nome é Renovo” (Jr 23.533.15;Zc 3.86.12), título este aplicado em sentido tópico a Josué, o sumo sacerdote do tempo do cativeiro e também a nosso Senhor JESUS CRISTO.
Quão Grande Era Este - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.
Este acontecimento aqui narrado encontra-se em Gênesis 20, onde está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do DEUS Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra! E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E deu-lhe o dízimo de tudo”. O escritor sagrado da Epístola aos Hebreus exalta Melquisedeque acima de Abraão, quando diz: “... quão grande era este”. E como reconhecimento de sua autoridade, Abraão lhe deu o dízimo dos despojos, quer dizer, o melhor daquilo que Abraão tinha conquistado, que significa do “topo do monte” — expressão essa usada pelos gregos com o sentido de “o melhor” ou “mais precioso”. Os despojos eram repartidos entre os guerreiros vitoriosos, e em ocasiões especiais repartia-se também com aqueles cuja autoridade era considerada superior aos guerreiros vitoriosos. Em alguns casos, esses eram compostos não só de bens materiais, mas também de pessoas humanas (Is 42.24). Mas no episódio que marca o encontro de Abraão e Melquisedeque, somente estão em foco os despojos de bens materiais, sem nenhuma menção a vidas humanas.
E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo,
isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lomhos de Abraão.
O dízimo existe desde a criação do homem. É uma prática que tem a sua origem no reconhecimento de que tudo pertence a DEUS. A história dos povos primitivos mostra que a prática de dar à divindade uma parte das rendas é comum a toda a humanidade. Podemos observar que o justo Abel reconheceu este dever e prontamente "... trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura [uma oferta ao Senhor]” (Gn 4.4). A palavra “primogênito”, neste sentido, pode significar “primícias”, ou seja, o melhor de uma porção. Em linguagem hodierna, Abel trouxe seu dízimo ao Senhor. Noé, depois do dilúvio, parece ter seguido o mesmo exemplo. Daquilo que lhe sobrou com vida, ele trouxe uma porção para DEUS. Como não existia uma outra autoridade na terra maior que ele, então sua dádiva deu-se da seguinte forma: “E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar” (Gn 8.20). Abraão exemplifica os crentes dizimistas de todos os tempos. A menção do “dízimo”, dentro do episódio que marcou seu encontro com o monarca Melquisedeque, mostra-nos que se tratava de uma instituição mais antiga que a da legislação mosaica no Antigo Testamento (Gn 14.20Hb 7.2,4-6,9). Por aquela ocasião, todos os descendentes de Abraão (segundo a carne) pagaram dízimo a Melquisedeque, pois ele representava, por assim dizer, toda a nação (Hb 7.8,9). Pelo que também todos os descendentes de Abraão (segundo a fé) devem pagar seu dízimo a CRISTO (que cumpre o tipo simbólico de Melquisedeque), tal como o próprio Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, o monarca de Salém.
Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.
Entre o povo judeu há certo silêncio com relação à superioridade de Melquisedeque sobre Abraão. Para eles, além de DEUS, Abraão é considerado a maior autoridade no campo espiritual. Talvez por essa razão eles questionaram a JESUS quando este se apresentou como sendo o Filho de DEUS, dizendo: “És tu maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? E também os profetas morreram; quem te fazes tu ser?” (Jo 8.53) No entanto, aqui no texto em foco, o autor sagrado apresenta a majestosa autoridade de Melquisedeque sobre Abraão. Porém com uma ressalva: há um outro superior a Melquisedeque: CRISTO, que é DEUS. Abraão, como representante de DEUS entre aquelas nações mergulhadas em todo o tipo de práticas pecaminosas, jamais pensou que pudesse encontrar um outro representante de DEUS superior a ele. Por esta razão o escritor sagrado faz a seguinte declaração, quando lem
bra o encontro que se deu entre estes dois personagens — Abraão e Melquisedeque: “Considerai, pois, quão grande era este...” (v. 4).
Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
Neste versículo, o autor novamente menciona a grandeza de Melquisedeque, o rei de Salém, destacando que ele recebeu o dízimo de Abraão e também teve a autoridade divina de abençoá-lo. A bênção aqui referida não é a simples expressão
de um desejo relativo a outrem, o que pode ser feito de um inferior para um superior. Mas é a ação de uma pessoa “autorizada” a declarar as “intenções” de DEUS, conferindo boas dádivas de prosperidade a outrem. Tal ação somente tem validade quando é feita por alguém que é superior. Melquisedeque estava autorizado a abençoar o patriarca Abraão, porque era maior do que este, pois “sem contradição alguma, o menor [Abraão] é abençoado pelo maior [Melquisedeque]”. O conceito de grandeza, aqui em foco, deve ser mais subentendido como grandeza espiritual, visto que o assunto predominante neste encontro foi mais o aspecto sacerdotal do que a própria realeza de Melquisedeque, sendo mencionados ali “pão e vinho”, como também duas bem-aventuranças: uma para Abraão e outra para DEUS (Gn 14.18-20).
E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.
Algumas interpretações liberais têm procurado identificar Melquisedeque como sendo o próprio JESUS antes de sua encarnação. De acordo com estas interpretações, “... aquele de quem se testifica que vive” tornou-se expressão usada livremente entre o cristianismo logo após a ressurreição de JESUS (cf. Lc 24.5). Mas esta frase também pode ser aplicada ao sacerdote Melquisedeque, visto que o silêncio do Antigo Testamento acerca de sua morte autentica também que ele permanece como aquele de quem “se testifica que vive” (Hb 7.3). O sacerdócio levítico (com seus sacerdotes) era algo temporal e transitório. Mas Melquisedeque e seu sacerdócio, como CRISTO e seu sacerdócio, são eternos e permanentes. Isso indica claramente que tanto o sacerdócio do qual pertenciam Melquisedeque e nosso Senhor JESUS CRISTO é um sacerdócio eterno, que tem em si mesmo estabilidade permanente, para que se nomeie seus sacerdotes por meio de juramento, e não meramente por uma indicação circunstancial, como muitas vezes foi feito no sacerdócio araônico. 
E, para assim Arão, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
O autor continua com seu argumento quanto à superioridade e importância do sacerdócio e pessoa de Melquisedeque, dizendo que Levi, cuja linhagem fora escolhida para exercer o sacerdócio entre os filhos de Israel, “pagou dízimos” a Melquisedeque.
O Sacerdócio Levítico e o Sacerdócio de Melquisedeque
Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.
Levi aqui é tomado como sendo o representante de sua descendência posterior. Mas numa alegoria prospectiva, ele pagou seu dízimo a Melquideseque através de Abraão. Isto também serve de exemplo para nós, na presente dispensação. Os termos “dar, pagar, devolver, trazer, oferecer ou entregar” são usados por todos os cristãos em todo lugar em referência ao ato de dizimar. A primeira menção sobre o dízimo na Bíblia diz que deve ser “doado” (Gn 14.20), mas em Hebreus 7.9, a palavra “doar” foi substituída por “pagou dízimos”. O importante no ato de dizimar é o sentimento de gratidão que deve existir no coração daquele que se predispõe a pagar fielmente seu dízimo, de acordo com os ensinamentos das Escrituras (2 Co 9.7,8).
De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão ?
Em relação a Arão como figura de CRISTO, alguns pontos prestam-se a aplicações espirituais e outros não. O sumo sacerdote deveria ser diretamente da linhagem de Arão, o primeiro sumo sacerdote levítico. Mediante tal conceito, tinha então direito por sucessão ao sacerdócio. Em outras palavras, não era tão necessária uma nomeação; e sim, a sucessão mediante a morte do antecessor. Entretanto, o mesmo não se aplica a CRISTO. Ele foi nomeado, chamado diretamente por DEUS de “Sumo Sacerdote”, segundo a ordem de Melquisedeque. No grego, isso significa “chamar”, “nomear”, “designar para o ofício”. Por esta razão o sacerdócio de CRISTO transcende ao sacerdócio de qualquer outro personagem: humano ou mesmo celestial. Em CRISTO tanto as necessidades que existiam no sacerdócio como a vontade de DEUS quanto à perfeição foram satisfeitas — isso tanto no sentido de sucessão como no sentido de perfeição (vv. 26,28). EM SUMA, DEUS ESCOLHEU DEPOIS DE MELQUISEDEQUE A ARÃO E SUA FAMÍLIA APENAS COMO FIGURA E NÃO COMO ETERNO. JÁ O SACERDÓCIO DE JESUS É ETERNO E PERFEITO.
Porque; mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.
Devemos observar aqui que não se fala de mudança de sacerdote, para que haja mudança na Lei. O termo “mudança”, aqui, fala do “sacerdócio”, isto é, do ofício, e não da pessoa. No caso de Arão e seus descendentes, falava-se da pessoa, e não do ofício. O sacerdócio aarônico, embora tenha sido também chamado de “perpétuo” (Ex 40.15), teve seu termo com a morte de JESUS CRISTO. Doravante é instituído um novo sacerdócio, que perdurará eternamente. Seu sumo sacerdote também não terá sucessor — porque Ele vive eternamente. Ele não pertence à tribo de Levi e por extensão à família de Arão; sua geneolagia é encontrada na tribo de Judá, cuja posse e realeza foram exercidas na cidade de Jerusalém (antiga Salém), onde Melquisedeque fora rei e sacerdote (Gn 14.18Hb 7.1,2). Sua genealogia não foi encontrada, como também não podemos encontrar a genealogia de CRISTO, quando buscada do ponto de vista sacerdotal e em seu aspecto divino. Semelhantemente, ambos não tiveram antecessores e também não terão sucessores (sacerdotais), porque no sacerdócio de ambos não haverá nenhuma mudança.
Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar,
Durante o tempo chamado de “período interbíblico”, os macabeus arrogaram para si deveres sacerdotais, ignorando totalmente a regra levítica. Assim fazendo, disseram-se sacerdotes segundo a ordem de Melquisedeque, embora nunca tivesse havido uma ordem constante de sacerdotes segundo o sacerdócio de Melquisedeque. O autor deste tratado não queria fazer de JESUS nenhuma exceção dessa natureza. Antes, do princípio ao fim, demonstrou que CRISTO é sacerdote por ser o eterno Filho de DEUS, e não devido às circunstân­cias de sua humanidade. Por conseguinte, o seu sacerdócio transcende toda a questão da descendência terrena, como Melquisedeque fora reconhecido sacerdote do DEUS Altíssimo, embora nunca tivesse pertencido à ordem levítica. Portanto, no sentido humano (genealógico), tanto CRISTO como Melquisedeque pertenciam a uma ordem sacerdotal ainda desconhecida; porém, suas funções sacerdotais eram bem patentes aos olhos de DEUS (Gn 14.18-20; SI 110.4).
O Sacerdócio de CRISTO Segundo a Ordem de Melquisedeque visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.
A palavra “procedeu” é usada para indicar o nascimento do sol, o aparecimento da luz, da estrela matutina (2 Pe I.19), o levantamento das nuvens (Lc 12.54), o brotar das plantas (Is 54.4Ez 17.6). E o vocábulo utilizado em conexão com a profecia sobre o Renovo (Jr 23.5Zc 3.8). A tudo isso o autor sagrado alude para apontar JESUS como Filho de Davi, da tribo de Judá (Mt 1.1,2Lc 1.27Rm 1.3Ap 5.5). Sua descendência, naturalmente, falava de “realeza”, e não de “sacerdócio”. O autor sagrado tinha por intuito que CRISTO era “um Rei-Sacerdote”, tal como Melquisedeque, que não pertenceu à tribo de Levi, e, por conseguinte, à família de Arão, que sempre exerceu o sacerdócio, mas não a realeza. Ser sacerdote e rei ao mesmo tempo, como CRISTO e Melquisedeque eram, indicava superioridade tanto política como religiosa, qualidades estas que os dois possuíam por indicação divina.
muito mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque, se levantar outro sacerdote,
O juramento de DEUS em relação ao sacerdócio de CRISTO incluía a ordem sacerdotal de Melquisedeque. Isto queria dizer que o sacerdócio do Filho de DEUS seria superior, real e eterno, o que é descrito pelo escritor sagrado desde o início deste capítulo. CRISTO nasceu, viveu, morreu e ressuscitou dentre os mortos, mostrando-nos assim que está apto e capacitado para exercer sua função sacerdotal, eterna e permanente (SI 110.4). O fundamento do cristianismo foi a ressurreição de JESUS; se Ele não tivesse ressuscitado este não passaria de uma religião como as demais, cujos fundadores morreram e foram vencidos pelo poder da morte, não podendo ressuscitar. Mas a ressurreição de nosso Senhor foi algo mais do que isto; sua volta à vida foi a grande declaração de seu supremo poder pessoal e de sua glorificação (Jo 7.39;Rm 1.4).
que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.
A expressão usada aqui pelo autor sagrado, quando diz que o sacerdócio de CRISTO “... não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível”, deve incluir a idéia de “terreno”, “temporal”, “transitório”, em contraste com o que é “celestial” e “eterno”. Jamais iremos pensar que DEUS tenha instituído através dos filhos de Arão um sacerdócio carnal, no sentido pejorativo do termo. A regulamentação do sacerdócio araônico visava a um propósito e uma duração temporal. Já o sacerdócio de CRISTO apontava diretamente para um ofício eterno e espiritual (Hb 7.2813.8). Pensando no tempo, talvez se chegasse até mesmo a julgar que o sacerdócio de CRISTO era temporário e não eterno, visto que Ele viveu entre nós por apenas trinta e três anos. Em seguida, CRISTO ressuscitou dos mortos, e assim seu ministério divino sacerdotal jamais fora interrompido.
Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
A ordem sacerdotal de Melquisedeque foi muito importante, para que CRISTO dela participasse. Contudo, ao longo das Sagradas Escrituras e da História pouco se falou desta figura enigmática que aparece em citações tópicas em Gênesis, Salmos e Hebreus (Gn 14.18-20Sl 110.4Hb 5.6,106.207.1,10,11,15,17,21). Com exceção de Melquisedeque (porque não se menciona e não porque não tenha morrido), os sacerdotes terrenos enfrentavam a morte; assim terminava sua função sacerdotal. Eles, portanto, não tinham a capacidade de transmitir vida; eram, por assim dizer, apenas figuras e símbolos daquEle que pode transmitir vida, e “vida com abundância” (Jo 10.10). Deste, sim, pode-se testificar: “Tu és sacerdote eternamente”. Em várias passagens das Escrituras nos é dito que CRISTO seria um sacerdote eterno e não temporário. Isso indica claramente que a extensão maior de seu sacerdócio era divina, e não humana. Portanto, na sua morte não houve nenhuma mudança de comportamento em seu sacerdócio, pois Ele permaneceu o mesmo, não sofrendo nenhuma mudança, a não ser a glorificação de seu corpo, de mortal para a imortalidade perene.
Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade
Na Edição Claretiana: “Ave-Maria” (1987), lê-se este texto e o seguinte, assim: “Com isto, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade. Pois a lei nada levou à perfeição. Apenas foi portadora de uma esperança melhor que nos leva a DEUS”. Tal declaração traz o sentido de “anular”, “suprimir”, “revogar”. A Lei, em seu escopo geral, mandava fazer; mas nem sempre ensinava como fazer. Pode-se dizer que o que faltava à Lei era a administração do ESPÍRITO SANTO; mas CRISTO nos trouxe essa administração. Isso faz a diferença vital entre o primeiro e o segundo pactos. Por conseguinte, "... o fim da lei é CRISTO para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). A Lei, portanto, foi satisfeita em CRISTO, e nEle encontramos aquilo que a Lei não pode conseguir: "... o aperfeiçoamento dos santos”, conforme o poder de CRISTO o faz milagrosamente na vida daquele que nasce de novo e passa a observar cuidadosamente o ensino que vem da sua Palavra.
Um Sacerdócio Perfeito
19 (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a DEUS.
A vontade divina revelada na Lei era o aperfeiçoamento do povo escolhido, para que seguisse em qualquer tempo ou lugar o caminho da santidade que a própria Lei havia estabelecido. Então, ela lançou princípios, ensinou rudimentos, deu impulsos iniciais, prefigurando a vontade de DEUS em cada detalhe de seus mandamentos e normas. Mas nada disso levou à perfeição, já que por si mesma a Lei não provia esta perfeição. “Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, DEUS, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne [de CRISTO]” (Rm 8.3). Tal perfeição aspirada pelo homem e desejada por DEUS só poderia ser encontrada em CRISTO e por meio dEle, atingindo assim a unidade da fé, crescendo “em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO” (Ef 4.12-15).
E, visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,
A escolha de Arão foi de fato uma escolha divina. DEUS escolheu Arão para ocupar o lugar de sumo sacerdote numa nova ordem criada por Ele, visto que já existia uma outra: a de Melquisedeque. Mas com o passar dos séculos, a sucessão de sacerdotes tornou-se mais uma necessidade do que uma escolha. Por esta razão alguns foram escolhidos até mesmo fora da vontade divina, apenas porque, diante da necessidade, ou por morte, ou por doença, velhice, renuncia ou por insubordinação daquele sacerdote que ocupava o cargo, outro era indicado para o seu lugar (cf. I Rs 2.26,27,35). Em nenhum desses casos era necessário um juramento, mas apenas uma indicação. Já em relação a CRISTO, seu ofício sacerdotal foi indicado por DEUS por meio de um juramento, visto que se tratava de um sacerdote eterno, e não terreno.
mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.);
Os sacerdotes ordinários da família de Arão eram constituídos segundo os dispositivos da Lei, mas CRISTO pertence a uma outra ordem — a de Melquisedeque —, uma ordem de sacerdotes eternos, cuja nomeação é feita por meio de um juramento. Ao que parece, este juramento divino foi feito apenas em duas ocasiões: um para ordenar Melquisedeque e o outro para nomear a CRISTO. No versículo 28 do capítulo em foco é confirmado “... a palavra do juramento, que veio depois da lei”, por meio do qual “... constitui ao Filho, perfeito para sempre” como Sumo Sacerdote eterno. O juramento aqui em foco, de que CRISTO seria um sacerdote eternamente, partiu dos lábios do próprio DEUS, o que indica o caráter irrevogável desta função do Filho de DEUS no tocante ao sacerdócio. Esta glória sacerdotal concedida a CRISTO pelo Pai foi também transferida por JESUS para seus servos (Ap 1.6).
de tanto melhor concerto JESUS foi feito fiador.
O conceito gnóstico acerca de CRISTO era de que Ele era apenas uma criatura elevada entre outras criaturas; mas as Escrituras, em seu escopo geral, apresentam o Filho de DEUS como sendo uma das pessoas da Santíssima Trindade, igual ao Pai e ao ESPÍRITO SANTO em essência, poder e glória. Em seu ofício, Ele serve de garantia divina, por ser “fiador” de um melhor concerto. Ele é ao mesmo tempo a garantia de DEUS perante os homens e a garantia dos homens perante DEUS, e, por conseguinte, cumpre-se as palavras de Paulo, quando diz: “Porque há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem” (I Tm 2.5). Procurar mediadores ou medianeiras como intermediários no plano da redenção jamais levará o homem a lugar algum no tocante à redenção de sua alma, pois somente CRISTO é nossa redenção; fora de seu sacrifício qualquer outro sacrifício não tem validade alguma (cf. I Co 1.30Hb 8.6).
Um Sacerdócio Eterno
E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer,
Conforme já tivemos ocasião de expor anteriormente, os sacerdotes levíticos foram feitos sacerdotes em grande número e divididos por turnos. Em I Crônicas 24, temos 24 turnos de sacerdotes que foram organizados por Davi; dezesseis deles foram tomados dos filhos de Eleazar e oito dos filhos de Itamar. Tal necessidade de tantos sacerdotes se dava em função da necessidade de substituição, pela morte ou por um outro motivo que impedia este ou aquele sacerdote de continuar exercendo sua função. Muitas vezes algumas dessas sucessões eram mais políticas do que propriamente religiosas e, concomitantemente, com aprovação divina. Contudo, por ser CRISTO um sacerdote eterno, não há esta necessidade, pois sua ordem não requer substituto, visto ser Ele um sacerdote eterno.
mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
O sacerdócio de CRISTO é eterno, porque é exercido por alguém cuja natureza divina tem como um de seus atributos a imortalidade. Assim, o tipo de imutabilidade representado pelo sacerdócio de CRISTO, segundo o pensamento que é depreendido do contexto, deve incluir o conceito de intransmissibilidade. Nenhuma mudança será encontrada em CRISTO e nem em seu sacerdócio. Durante a era milenial, “... os sacerdotes levitas, que são da semente de Zadoque” voltarão a oferecer alguns sacrifícios e exercerão algumas funções como anteriormente, na antiga aliança. Estas ofertas terão um caráter retrospectivo, olhando para trás, para a cruz, pois as ofertas antigas eram prospectivas, olhando para adiante, para a cruz. As primeiras apontavam para sua morte — as do Milênio também apontarão para lá, mas apenas para rememorar a morte de CRISTO, e não para tirar o pecado de alguém (Ez 43.19-27).
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles.
Existe um provérbio popular que diz: “Por qualquer caminho se chega a DEUS”. ou "Todos os caminhos conduzem a DEUS" Mas isso não é verdade. Para se chegar à imediata presença de DEUS só existe “um caminho”, que é nosso Senhor JESUS CRISTO — fora dEle qualquer via de acesso ou caminho conduz à perdição (Mt 7.13). O próprio JESUS se apresentou aos homens como sendo este caminho que pode conduzir a pessoa humana à presença de DEUS, quando disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Ele sim, “pode... salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS...” Isso é possível por meio de JESUS CRISTO, porque Ele nasceu com o título de Salvador. Assim falou o anjo do Senhor quando anunciava seu nascimento: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é CRISTO, o Senhor” (Lc 2.10,11).
Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores efeito mais sublime do que os céus,
Os sacerdotes levíticos não podiam ser portadores de qualquer defeito físico. Deviam ser, portanto, um tipo de beleza. As qualidades requeridas por DEUS foram declaradas em Levítico 21.16-21: “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Fala a Arão, dizendo: Ninguém da tua semente, nas suas gerações, em quem houver alguma falta, se chegará a oferecer o pão do seu DEUS. Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou homem que tiver o pé quebrado, ou quebrada a mão, ou corcovado, ou anão, ou que tiver belida no olho, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo quebrado. Nenhum homem da semente de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; falta nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu DEUS”. Contudo, dificilmente estes sacerdotes traziam em seus corações a perfeição absoluta, interior, que se podia encontrar em CRISTO. Ele era e é: “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” e acima de tudo, “sem pecado” (Hb 4.15). (A PERFEIÇÃO ERA EXIGIDA EXTERIORMENTE E AGORA, EM CRISO, É INTERIOR).
que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois; pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez; oferecendo-se a si mesmo.
É evidente que o sumo sacerdote na antiga dispensação não oferecia sacrifício todos os dias, pois o duplo sacrifício por si mesmo e pelo povo era oferecido somente uma vez por ano no Dia da Expiação. Mas os sacerdotes ordinários ofereciam sacrifícios contínuos por si mesmos e por aqueles que pecavam; eles ofereciam diariamente dois carneiros pelo povo. Segundo Filo, nesse caso, os cordeiros eram oferecidos pelo povo, ao passo que a oferta de farinha de trigo era em favor do próprio sacerdote oficiante (Nm 28.1-8). Mas CRISTO, nosso Sumo Sacerdote eterno, substituiu esta oferta contínua pelo seu próprio sacrifício, “... oferendo-se a si mesmo” uma única vez (Hb 9.28). Efésios 4.10 fala do sacrifício completo de CRISTO, quando o apóstolo Paulo diz: “... subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”. Isto significa que sua imensidade e seu poder devem ser reconhecidos por todos tanto na esfera humana como na celestial. Esta é a confirmação das palavras de Pedro: “... havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências” (I Pe 3.22).
Porque a lei constituí sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que vejo depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
O juramento que aqui está em foco foi feito pelo próprio DEUS Pai. Ele jurou na presença de seu Filho, e talvez na presença dos elevados poderes angelicais, que JESUS seria um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (SI 110.4).
Os sacerdotes ordinários impediam que DEUS fizesse um juramento para suas nomeações, visto serem homens fracos e mortais. DEUS até pensou em fazer isso a princípio, mas depois afastou de si tal pensamento ao ver o fracasso de Eli e seus filhos. Então Ele disse: “Na verdade, tinha dito eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos” (I Sm 2.30). Devido a estas fraquezas e inconstâncias dos sacerdotes levíticos foi necessário, portanto, que DEUS constituísse a seu "... Filho, perfeito para sempre”.
 
 
Hebreus - 5.1-10 - Hebreus 7.1-28 - Comentario Biblico Moody
5:1-10. A seguir apresentam-se as qualificações para o ofício de sumo sacerdote. Arão serve de modelo, uma vez que ele foi o primeiro a servir no ofício de sumo sacerdote.
1, 2. Tomando dentre os homens para representar o homem diante de DEUS. A humanidade do sumo sacerdote é básica e essencial. Ele também é constituído, ou separado, para ministrar diante de DEUS e para os homens. Sendo homem, ele pode compreender a fraqueza humana e ministrar ao transviado e ignorante. O sumo sacerdote deve lidar com os pecadores como também representar os pecadores. Ele deve também oferecer sacrifício pelos seus próprios pecados como também pelos do povo. O quadro é de alguém totalmente envolvido como homem nas necessidades do homem.
3. As necessidades pessoais, entretanto, do sumo sacerdote constituído não foram esquecidas. Ao oferecer sacrifício pelo povo, ele também oferecia por si mesmo, apresentando suas próprias necessidades a DEUS através do sangue do sacrifício.
4. Arão, o primeiro sumo sacerdote, foi chamado por DEUS para este ofício. Ele não o procurou nem o mereceu. Foi constituído por DEUS. O destino daqueles que procuraram servir neste ofício fora da constituição divina foi devidamente ilustrado por Coré (Nm. 16:40).
5,6. Assim CRISTO foi constituído sumo sacerdote. O escritor cita o Sl. 2:7 com este sentido, "Hoje eu te constituí para o ofício de sacerdote". Ele era plenamente qualificado a exercer o ofício e não o buscou para Si. Ele foi constituído a esta posição de glória (edoxasen) por DEUS Pai.
7-10. A experiência humana de CRISTO é a que está descrita aqui. Foi uma experiência de aprendizado e imitações. Esta humilhação (Fp. 2:7) foi a Sua hora de aprender a obedecer dentro da esfera do homem. Com isto Ele tornou-se completo. Foi a Sua hora de estar na carne. A referência específica em Hb. 5:7,8 é às horas de agonia no Getsêmani. A passagem descreve angústia nas palavras forte clamor e lágrimas, orações e súplicas. O inimigo que Ele enfrentava era a morte - tanto a física como a espiritual, porque Ele foi o substituto que assumiu toda a ira de DEUS reservada para os pecadores. Seu pedido de livramento foi plenamente garantido na ressurreição, com Sua proclamação de vitória sobre a morte. Por meio desta experiência CRISTO aprendeu a obedecer, o que de outro modo não aprenderia. Literalmente, Ele aprendeu das coisas que sofreu (v. 8), que é um jogo de palavras extraído do provérbio grego emathen – epathen.
Agora perfeitamente qualificado como sumo sacerdote, CRISTO fornece a salvação eterna (soterias aioniou, v. 9), cujo aspecto eterno relaciona-se com o sacerdócio de Melquisedeque. Contrastando com Arão, Melquisedeque é um sacerdote de DEUS para sempre, assunto inteiramente desenvolvido no capítulo 7.
 
O Sacerdócio de Melquisedeque. 7:1-28.
Melquisedeque é um tipo definido de CRISTO. Tudo o que sabemos sobre Melquisedeque encontra-se em duas passagens do V.T. - Gn. 14:17-20 e Sl. 110:4. Nos dois exemplos sua posição de sacerdote de DEUS é transparente. Também a história da sua vida foi toda narrada na passagem de Gênesis. Nada mais se sabe sobre ele, e não está bem claro se a referência feita a Salém deve ser interpretada como feita a Jerusalém (Alf, IV, 125). Entretanto, não há nenhum engano em se aceitar Melquisedeque como um tipo do sacerdócio eterno de CRISTO. Este pensamento serve para abrir caminho à discussão do sistema levítico.
Leonard indica 7:1 – 10:18 como o âmago da epístola. Ele fala dela considerando-a uma seção incomparável, havendo poucos paralelos seus, se é que há, no N.T., uma vez que desenvolve a avaliação comparativa dos mediadores sacerdotais das duas alianças (op, cit., pág. 32).
A importância de Melquisedeque e o significado da comparação de Melquisedeque e CRISTO tem sido assunto de muita discussão. Opiniões sobre estas considerações variam grandemente. Cotton e Purdy (IB, XI, 660, 661) falam da "especulação de Melquisedeque" e do "método alexandrino de interpretação alegórica", a qual significa, dizem eles, "uma falta de sinceridade com o fato histórico". E ainda o comentário deles sobre a passagem prossegue destacando claramente que Melquisedeque estabelece a "validade e a dignidade do sacerdócio de CRISTO" e que Melquisedeque é "o protótipo do Filho . . . Ele (o escritor de Hebreus) apresentou provas que JESUS é o Filho; ele tinha agora de mostrar que Ele é Sacerdote".
A.B. Davidson, em seu The Epistle to the Hebrews (págs. 129,146 e segs.) discute todo o assunto do sacerdócio de CRISTO, incluindo a questão de Melquisedeque. Ele estabelece corretamente o princípio básico. Com Melquisedeque, a função do sacerdócio não implica em discussão, mas sim as pessoas envolvidas no sacerdócio. Para todos os sacerdotes o ministério é essencialmente o mesmo, sendo apenas ampliado para o sumo sacerdote em relação ao Dia da Expiação. Assim o escritor relaciona CRISTO com Melquisedeque a fim de enfatizar que CRISTO é um sacerdote eterno.
1-3. O incidente histórico registrado em Gn. 14:17-20 volta à tona. O escritor indica que Melquisedeque era um rei e sacerdote, por isso recebeu tributo de Abraão; ele foi sacerdote do DEUS Altíssimo, e portanto recebeu os dízimos de Abraão. Mais adiante ele logra o seu intento com referência ao fato de Melquisedeque ser um sacerdote de DEUS antes do sacerdócio levítico ser estabelecido. (vs. 4-6). Na porção parentética dos versículos 2, 3, nota-se o fato que Melquisedeque não tem registro de genealogia ou sucessão. Também não se menciona o seu nascimento nem a sua morte foi registrada. Sua história é de alguém que não tinha princípio de dias nem fim de existência, mas foi feito semelhante ao Filho de DEUS. Esta falta de informação a respeito do nascimento fortalece a tipologia de Melquisedeque em relação a CRISTO. Assim o Sl. 110:4 enfatiza a eternidade do sacerdócio de Melquisedeque, eis to dienekes, perpetuamente, continuamente, para sempre (Hb. 7:3).
4-14. O que significa toda esta discussão sobre Melquisedeque espiritualmente? Considerai, ou contemplai (theoreite) a grandeza daquele a quem Abraão reconheceu ser superior dando-lhe dízimos. A verdade importante é que o sacerdócio de Melquisedeque era maior do que o sacerdócio de Arão e dos levitas porque (figuradamente) este último sacerdócio oferecia dízimos a DEUS através do primeiro sacerdócio ou de Melquisedeque na pessoa de Abraão. Deste modo o menor, isto é, os levitas, é abençoado pelo superior, isto é, Melquisedeque. As implicações todas têm a intenção de demonstrar a superioridade e eternidade do sacerdócio deste último, que funcionou como sacerdote quando abençoou Abraão e (figuradamente) Arão e os levitas (que ainda iam nescer descendentes de Abraão).
Nesta seqüência discute-se a relação do sacerdócio levítico com CRISTO (vs. 11-14). JESUS não era de Levi mas de Judá. Isto O exclui da ordem dos sacerdotes sob a Lei. Sua humanidade o relacionava com a tribo de Judá, e portanto (v. 13) Ele não era qualificado no plano humano para servir no altar como sacerdote, pois Moisés não pronunciou nenhuma palavra concedendo autoridade ou função sacerdotal a Judá.
15-28. A pergunta técnica se CRISTO era ou é um sacerdote responde-se por si mesma porque Ele é de outra ordem sacerdotal. Esta ordem adjudicou-se superior em todos os pontos ao sacerdócio levítico, e esta ordem é eterna.
16. O poder de vida indissolúvel (akatalytos) não aparece em nenhum outro lugar do N.T.
18-20. A Lei de Moisés mencionada na frase se revoga a anterior ordenança foi ab-rogada ou posta de lado porque CRISTO é o sacerdote de DEUS selado com um juramento (Sl. 110:4).
22. CRISTO é o fiador (engyos) de que o juramento divino será cumprido nas promessas e garantias da nova aliança.
23-28. CRISTO continua para sempre e não está sujeito à morte. A sepultura foi derrotada. Ele pode portanto salvar totalmente, completamente e até o fim, isto é, eternamente, qualquer um que invocá-Lo. Do mesmo modo Sua intercessão pelos Seus não tem fim. Estes ministérios são garantidos pelo Seu próprio caráter (santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores), Suas funções (como sacrifício expiador), e Seu relacionamento.
 
 
A. JESUS ​​SUPERIOR EM SUA SEMELHANÇA a Melquisedeque ( 7: 1-10 ) - Comentário Bíblico Wesleyano
1  Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do DEUS Altíssimo, que se encontrou com Abraão regressava da matança dos reis, e o abençoou, 2  a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3  sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de DEUS), permanece sacerdote para sempre.
4  Agora, considere quão grande era este, a quem Abraão, o patriarca, deu o dízimo dentre os melhores despojos. 5  E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem de tomar os dízimos do povo de acordo com a lei, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão: 6  . mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas 7  Mas, sem qualquer disputa o menor é abençoado pelo maior. 8 e aqui os homens que morrem recebem dízimos; mas há um, aquele de quem se testifica que vive. 9  E assim, dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, é quem paga o dízimo; 10  porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Melquisedeque saiu ao encontro.
O registro de Melquisedeque é encontrado em Gênesis capítulo 14 . Há súbita e misteriosamente ele aparece, anda pelo palco de tempo, e depois desaparece por trás da cortina de obscuridade humana, sem deixar qualquer registro de sua genealogia ou posteridade. E ele não é mencionado novamente nas Escrituras, com a exceção de uma única referência messiânica no Salmo 110: 4 , até que o autor leva-o diante de sua posição obscura nos arquivos hebreu, escovas a poeira das páginas de seu registro, e claramente expõe o seu verdadeiro significado a esses cristãos hebreus. Os judeus haviam dado pouca atenção ou importância a Melquisedeque em suas crenças religiosas e ensinamentos. Este é expressamente devido ao fato de que eles foram tão amplamente cego, por sua concepção materialista da grosseiramente e obsessão com a vinda do reino Messiânico, para o verdadeiro significado espiritual da pessoa e da missão do Messias, de quem Melquisedeque era o protótipo perfeito.
O autor apresenta de forma simples e direta de Melquisedeque com as palavras, ... este Melchiedek [era], rei de Salém, sacerdote do DEUS Altíssimo (v. 1a ). O autor aqui retoma o tema da superioridade pessoal cristos "para esse personagem antigo, aplicando o princípio da superioridade de CRISTO para o sacerdócio levítico. Isso ele faz, no entanto, por um dispositivo muito sutil e eficaz. Ele introduz no argumento da personagem de Melquisedeque, que ele usa para demonstrar sacerdócio incomparavelmente superior de CRISTO. Melquisedeque é aqui considerada como um personagem histórico cuja inclusão no relato de Gênesis foi projetado para prefigurar ou tipificar, em vários aspectos importantes, o sumo sacerdócio do futuro Messias, JESUS CRISTO. É evidente que o autor assim entendida e interpretada Melquisedeque como ele o encontrou em Gênesis 14 e Salmo 110: 4 .
É ainda evidente que Melquisedeque era um adorador sincero e sacerdote do DEUS verdadeiro, o DEUS Altíssimo , e que ele era como antes de sua reunião com, ou o conhecimento de, Abraão. Assim, sua fé religiosa e prática, embora essencialmente idêntica com a adoração a Jeová de Abraão, foi, no entanto, bastante independente da fé de Abraão, tanto na sua origem e prática. Como ele surgiu como uma fé no DEUS verdadeiro, como ele foi cercado pelo paganismo bruto dos cananeus, não é mais misterioso do que a origem do Senhor adoração de Abraão em seu ambiente grosseiramente pagão e idólatra em Ur dos Caldeus. Na verdade, o relato de Gênesis descreve a chamada de Abraão da idolatria por DEUS, ao passo que a origem da fé de Melquisedeque é passado em silêncio. A diferença pode ser explicada de forma satisfatória para por o propósito do autor. Como o pai da raça e da religião judaica, era absolutamente necessário que a vida de Abraão ser dado um tratamento mais completo no registro bíblico. Como específica e exclusivamente o tipo de sumo sacerdócio de CRISTO, que era completamente desnecessário e, na verdade, teria sido supérfluo ter concedido o mesmo tratamento completo a Melquisedeque como foi dada a Abraão. Apenas os detalhes da vida e da fé de Melquisedeque estão incluídas no registro como se relacionam com o propósito do autor em prefigurando o sumo sacerdócio de JESUS CRISTO. Esses detalhes são breves, mas extremamente significativa.
Primeiro , Melquisedeque era rei de Salém . Se Salem está a ser identificada com Jerusalém, ou se a palavra refere-se a uma cidade em tudo, é de menor importância do que o fato de que a própria palavra significa "paz". Por conseguinte, aponta principalmente para o caráter de Melquisedeque, em vez de um lugar . Nenhuma cidade, em qualquer lugar ou tempo poderia ter sido ou poderia ser uma cidade de paz, cujo governo foi ou não é caracterizada pela paz. Onde quer que um governante ou o governo é caracterizada por e dedicado à paz as pessoas regidas vai colher os benefícios da paz.
Na verdade, parece bem possível que a sabedoria divina propositadamente deixou os fatores históricos e geográficos de registro de Melquisedeque na obscuridade. Como um tipo de caráter e função do sumo sacerdócio de Melquisedeque de CRISTO, e não a sua localização ou a história, foram todos importantes. Para prefiguram CRISTO corretamente em seu ofício sacerdotal, Melquisedeque não pôde ser localizada geograficamente. A disposição dos antigos hebreus e posteriores judeus foi sempre para localizar e institucionalizar a sua fé religiosa. Ao fazer isso eles restrito e abafou a sua fé, perdendo assim a sua vitalidade e privando os gentios de seus benefícios de poupança destinados. Cinco vezes antes da vinda de CRISTO, DEUS foi obrigado a espalhar o Seu povo de Jerusalém e da Judéia entre os gentios, a fim de preparar o mundo para a vinda do Messias (cf. Gal. 4: 4 ). Em resposta à afirmação da mulher samaritana, localizando o culto judaico e samaritana, JESUS declarou que havia chegado o tempo quando o verdadeiro culto do verdadeiro DEUS não podia mais ser localizado, mas que "DEUS é espírito" e Ele deve ser adorado "em espírito e em verdade "( João 4: 19-26 ). Estevão foi o primeiro dos pós-pentecostais cristãos a compreender o princípio das verdadeiras características espirituais e universais da religião cristã, e para liberar a nova fé de seu encarceramento por trás das barras de ferro do materialismo legalista judaica. Na verdade, esta universalidade espiritual da fé cristã estava implícita na totalidade da vida de CRISTO, os ensinamentos, e de trabalho, como também na revelação do Antigo Testamento, e foi explicitada na Grande Comissão ( Mat. 28: 18-20 ; cf. Atos 1: 8 ). No entanto, ele permaneceu por Estevão para compreender seu significado e passá-lo para o grande apóstolo Paulo ( Atos 7: 37-38 , 44 , 48-50 ; 8: 1 , 4 ). Este fato lhe custou a vida, mas libertou o evangelho para a divulgação mundial.
Por 200 anos, durante a Idade Média, os cruzados cristãos lutaram os sarracenos para recuperar deles lugares sagrados da Palestina para que pudessem consagram conchas vazias, quando deveriam ter sido anunciar o evangelho da paz para as nações da terra.
Melquisedeque, rei de paz , representado, não é um lugar, mas uma pessoa, a pessoa divina, o "Príncipe da Paz" ( Isaías 9: 6. ).
Em segundo lugar , o nome de Melquisedeque , o autor de Hebreus afirma, meio, quando interpretado, Rei de justiça (v. 2 ). A mesma interpretação que foi aplicada a Melquisedeque como Rei of Salem deve aplicar aqui. A importância atribui ao seu personagem como rei de justiça , e não para qualquer cidade ou localidade particular. Ele era sacerdote do DEUS Altíssimo , como será presentemente observado, em virtude do fato de que ele era rei de paz e Rei de justiça . Mais uma vez, seu caráter e título como Rei de paz dependiam seu caráter e título como Rei de justiça . A justiça é sempre e em todo o estado de paz. A paz nunca pode obter na ausência de justiça. O profeta compreendeu este princípio em relação à justiça nacional e declarou que
os ímpios são como o mar agitado; por isso não pode descansar, e as suas águas lançam de si lama e sujeira. Não há paz, diz o meu DEUS, para os ímpios ( Is. 57: 20-21 ).
Outro profeta do Antigo Testamento viu e declarou que a injustiça nunca pode produzir a paz, mas que ele deve sempre, pela sua própria natureza, perpetuar-se: "Os ímpios procederão impiamente; e nenhum dos ímpios entenderá "( Dan. 0:10 ). Paulo escreveu a totalidade de sua carta aos cristãos de Roma para que os distribuíssem, e todo o mundo, o fato de a justiça de DEUS, revelado em CRISTO em relação à totalidade do pecado humano e condenação divina, a justificação, santificação e glorificação final do homem redimido. A justiça de DEUS foi a própria essência do conceito hebraico de Jeová. E a Sua justiça sempre exigiu justiça de Seus súditos nos momentos éticos mais claras de pensamento religioso hebraico (cf. Sl. 15: 2 ; 84:10 ; . Mq 6: 8 ). Assim, Melquisedeque era de necessidade , rei de justiça , a fim de ser rei de paz e sacerdote do DEUS Altíssimo .
Agora, a questão pode ser legitimamente perguntou: O que tem tudo isso a ver com a introdução de Melquisedeque para esta carta aos cristãos hebreus? A resposta é óbvia. O autor é com o objetivo de apresentar e demonstrar aos leitores CRISTO como superior a todos os personagens notáveis ​​do Antigo Testamento.
Assim, Melquisedeque é apresentado como Rei de justiça para mostrar que ele era um tipo de "Rei Justo" JESUS CRISTO, que estava por vir. A justiça é a característica essencial do reino de CRISTO (cf. Sl 71:19. ; Isa. 9: 7 ; 32: 1 ; Hebreus 1: 8-9. ). Foi só quando Ele veio com a autoridade do Rei justo dos céus ( Mt 28:18. ) que ele poderia estabelecer sua afirmação de ser o "Príncipe da Paz" ( Isaías 9: 6. ) e se qualificar para redimir o homem a DEUS e tornar-se seu grande Sumo Sacerdote.
Em terceiro lugar , o autor trata da consideração de que Melquisedeque era sacerdote do DEUS Altíssimo . É isso que o autor está mais preocupado com, e para o qual tudo o mais é subsidiária em seu argumento. Quais são as características do sacerdócio de Melquisedeque, e como eles se relacionam com o sumo sacerdócio de CRISTO?
Quatro coisas são ditas de Melquisedeque pelo autor, os quais incidem sobre o seu sacerdócio como ele prenuncia o sumo sacerdócio de CRISTO.
Em primeiro lugar , por ocasião do retorno de Abraão da guerra com os reis, Melquisedeque saiu e abençoou-o (v. 1b ). O significado deste ato é evidente. Sob a economia hebraico, a menor foi sempre o destinatário, e quanto maior a conferrer de bênçãos.Em linguagem simples o autor significa dizer que por este ato Abraão reconheceu Melquisedeque para ser seu superior em relação a DEUS.
Em segundo lugar , Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque o melhor dos despojos de sua vitória na guerra (v. 2 ). Mais uma vez, o significado deste ato é clara. Ao dar o décimo do melhor dos despojos de guerra a Melquisedeque, Abraão reconheceu-o tanto como o sacerdote do DEUS Altíssimo , e também como o seu próprio superior em sua posição oficial religiosa.
No terceiro exemplo, o autor descreve de Melquisedeque, de acordo com o relato do Gênesis, como sendo sem antepassados ​​ou posteridade, sem registro genealógico, e como atemporal, no sentido de ter nem princípio de dias nem fim de vida (v. 3 ) . Esta passagem tem sido um enigma para muitos, principalmente por causa das influências ofuscantes de raciocínio literalista e temporalistic. Quando ele é mantido em mente que o objetivo do autor é apresentar Melquisedeque como o tipo de sumo sacerdócio de CRISTO, as dificuldades de interpretação, em grande parte desaparecer. A esta luz, as designações simplesmente significar (1) que Melquisedeque como sacerdote do DEUS Altíssimo foi único no seu dia em que ele não veio a partir da linha sacerdotal de Levi, que ainda não nasceu, nem de qualquer outra linhagem sacerdotal, e que ele não estabeleceu nenhuma linhagem sacerdotal, e assim ele não tinha filhos ou a família, depois dele, que eram sacerdotes. Também não era o seu nome escrito em nenhum registro genealógico sacerdotal. Em "que esse sacerdócio não descansar em seu pedigree, ele está em contraste enfático com os sacerdotes." Assim, ele levantou-se, em relação ao verdadeiro DEUS, como "um padre ilha" no meio de um mar de paganismo antigo. Essa afirmação não tem qualquer referência à sua descendência física ou posteridade, nem genealogia. Isso é um dado adquirido. Seu status sacerdotal só é explicado pelo autor.
Mas, Melquisedeque é dito ter tido nem princípio de dias nem fim de vida (v. 3 ). À luz da interpretação que precede essa expressão só pode significar que ele não nasceu um padre de uma linhagem sacerdotal, e, assim, o seu sacerdócio não tinha terrestre ou início humano, e ele não estabeleceu nenhuma linhagem sacerdotal, e, portanto, ele não tinha nenhuma sacerdotal crianças. Consequentemente seu sacerdócio não foi repassado para qualquer outro. Foi um compromisso sacerdotal divina especial que veio diretamente de DEUS e permaneceu nas mãos de DEUS, embora ele exerceu-o temporariamente na terra, no interesse dos homens. Como sacerdote do DEUS Altíssimo , e não na sua humanidade, Melquisedeque era eterno.
Por fim, afirma-se que Melquisedeque permanece sacerdote para sempre (v. 3b ). Esta afirmação tem um duplo significado. Em primeiro lugar, refere-se ao que foi explicado apenas como seu único dado por DEUS posse como sacerdote do DEUS Altíssimo .Mas o significado mais profundo da expressão é que o seu sacerdócio era apenas a sombra antes do sumo sacerdócio de CRISTO JESUS, em que o "típico" sacerdócio de Melquisedeque encontrou sua contraparte real e realização. Assim, uma vez que CRISTO era DEUS e, consequentemente, seu sumo sacerdócio era desde toda a eternidade para toda a eternidade, o "sacerdócio sombra" de Melchizedek elenco pelo sacerdócio real de CRISTO foi por necessidade tão eterna quanto o real, que lançou a sombra, embora a sombra era elenco, mas por um breve tempo na terra entre os homens.
Quando os princípios acima referidos são apreendidas e compreendidas, todos os itens enumerados anteriormente a respeito de Melquisedeque cair em suas respectivas relações. Assim, a bênção de Melquisedeque sobre Abraão (v. 1b ) simplesmente significa que CRISTO como prenunciado ou tipificada por Melquisedeque é maior do que Abraão e toda a economia religiosa judaica de que Abraão foi o pai ( João 8:44 ), uma vez que a maior abençoa o menor. Mais uma vez, quando Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque, ele estava reconhecendo que o Sacerdócio divina alta de CRISTO, como previsto no sacerdócio de Melquisedeque, era maior do que ele, ou a nação, ou o seu sacerdócio levítico que ele foi fundador. Também não é necessário supor que Abraão pessoalmente apreendido e compreendido o significado completo de tudo o que devia estar acontecendo entre Melquisedeque e ele próprio. É o suficiente para saber que ele estava agindo em obediência a um plano divino e propósito que iria encontrar o seu desenrolar final no grande esquema da redenção humana de DEUS e através do Seu Filho JESUS CRISTO.
O terceiro fator simplesmente prefigura o fato de que CRISTO não nasceu de uma linhagem sacerdotal humano, e que Ele não estabeleceu qualquer linha, uma vez que Ele era sem posteridade humana. Descendência humana judaica era patrilinear, não matrilinear. Portanto descendência genealógica foi contado através da linha dos machos. Neste sentido nascimento virginal de CRISTO isenta-Lo de paternidade humana. Desde sua mãe, Maria, não era de uma linhagem sacerdotal judaica, Sua alta descida Priestly não podia ser rastreada através dela. Consequentemente Sacerdócio de CRISTO na terra, mas era uma visitação temporário com o propósito de redimir o homem, depois que ele retornou ao céu, onde seu sumo sacerdócio continua diante do trono de DEUS para o homem para sempre. Assim, o propósito divino, sumo sacerdócio de CRISTO foi por toda a eternidade (cf. João 1:29 , 36 ) para toda a eternidade (cf. João 1: 1-14 ; Heb 1: 2. , 10-12 ). Withal CRISTO está incomparavelmente superior a Abraão e judaísmo em razão do fato de que seu sumo sacerdócio é a realidade de que Melquisedeque da era apenas a sombra sobre a terra por um pouco de tempo antes da aparição de CRISTO entre os homens como o DEUS-homem-e, como Sumo Sacerdote eterno do homem.
Tudo o mais nessa passagem é projetado para ilustrar e fazer cumprir os fatores que já foram tratadas.
 
B. JESUS ​​SUPERIOR EM SUA ATEMPORALIDADE ( 7: 11-24 )
O autor volta-se agora o seu interesse a uma consideração específica, que surgiu a partir de seu tratamento de sacerdócio de JESUS como sendo da ordem de Melquisedeque, ou seja, a eternidade ou atemporalidade desse sacerdócio. Isso é definido em contraste com a temporalidade do sacerdócio levítico. Ele passa a tratar este último em primeiro lugar.
1. A levítico sacerdócio é Temporal ( 7: 11-12 )
11  Agora, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? 12  Para o sacerdócio sendo mudado, não é feito de necessidade de uma mudança também da lei.
A palavra-chave nesta passagem é a perfeição . O objetivo central do sacerdócio era trazer o adorador a uma verdadeira comunhão com o DEUS justo e santo. Aqui reside todo o propósito e significado da redenção, e da existência humana em si. O pecado separa o homem do DEUS santo. Somente pela remoção do pecado pode o homem ser restaurado à comunhão com DEUS em Sua santidade. O principal objetivo do sacerdócio era trazer o homem para perto de DEUS e mantê-lo lá (cf. Heb. 4: 14-16 ). Isso só poderia ser feito por meio de uma solução adequada para o pecado que capacitar o homem a manter uma comunhão constante e desobstruída com DEUS. Havia três razões pelas quais o sacerdócio levítico era inadequada para esta realização, por que ele não poderia fazer os homens perfeitos.
Em primeiro lugar , o sacerdócio levítico foi estabelecido sobre homens pecadores que precisavam diária ... para oferecer sacrifícios, primeiramente por ... [seus] próprios pecados (v. 27a ). Uma vez que eles se foram, mas os homens que estavam sofrendo de uma doença mortal, para os quais não tinham achado o certo e permanente cura, eles foram incapazes de oferecer qualquer certa e permanente cura para a doença do pecado que afligiu aqueles a quem eles ministravam.
Em segundo lugar , o seu sacerdócio foi instituído pela lei de um mandamento carnal (v. 16 ). Assim, eles eram funcionários nos termos da lei e desempenharam as suas funções de acordo com os mandamentos da lei. Mas a lei nunca foi projetado para salvar o homem do pecado. Seu objetivo era fazer com que o pecado evidente e condená-la. Ele foi projetado para ser um oficial desertor para liderar o homem pecador a CRISTO para que pudesse salvá-lo (cf. Gal. 3:24 , 25 ). Mas, em si, a lei não tinha poder de salvar. Só podia condenar o pecado, mas não poderia libertar o homem do pecado. Portanto, o sacerdócio levítico, funcionando como o fez sob a lei, era totalmente inadequado para fazer os homens perfeitos, isto é, para remover o pecado e estabelecer homem em uma relação de comunhão perfeita e permanente com o santo DEUS (cf. Hb 9.: 11-14 ). Quando a lei não conseguiu fazer os homens perfeitos, foi anulado ou cancelado (v. 18 ). Mas o cancelamento da lei do sacerdócio levítico automaticamente cancelado o concerto que foi baseada na lei. Este homem esquerda sem esperança, a menos que outra e melhor sacerdócio deve ser estabelecido para tomar o lugar de um revogada.
Em terceiro lugar , a lei foi insuficiente para tornar os homens perfeita, pois foi transitória. Ela consistia de homens que serviram durante um período de tempo e depois morreu. Os seus membros iam e vinham. Eles não poderiam de forma ininterrupta e permanentemente representam homens diante de DEUS no altar. A sucessão foi mudando constantemente por causa da morte. Portanto, não poderia haver representação ininterrupto do homem pecador diante do altar de DEUS. A cadeia foi quebrado com a morte de cada sacerdote. Por isso, DEUS prevista uma nova e permanente sacerdócio para o homem pecador em Aquele que era, segundo a ordem de Melquisedeque, mesmo JESUS. Desde, então, DEUS mudou o sacerdócio levítico do que um segundo a ordem de Melquisedeque, não havia necessidade de uma mudança na lei que rege o sacerdócio (v. 12 ). O sacerdócio levítico foi estabelecido perante a lei, e, em seguida, a lei do sacerdócio foi instituído para regulamentá-la. Mas agora que o sacerdócio foi mudado, a lei que regulamenta o ex ordem sacerdotal já não estar em vigor-lo deve ser mudado para acordo com a nova ordem. Esta lei aplicada não só para as qualificações e serviço do sacerdócio levítico, mas também para as suas ofertas a DEUS pelos pecados dos homens.Assim, a lei da oferta pelos pecados também foi alterado. Tudo isso exigiu uma melhor sacerdócio e uma melhor ( perfeito sacerdote) projetado para fazer o que o sacerdócio levítico e oferta não poderia fazê-estabelecer homem em uma comunhão perfeita e ininterrupta com o DEUS santo.
2. O sacerdócio de CRISTO é eterno ( 7: 13-24 )
13  . Porque aquele, de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar 14  Pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá; tribo da qual Moisés nada falou acerca de sacerdotes. 15  E o que dizemos é ainda muito mais evidente se à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, 16  aquele que foi feito, não depois da lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder de uma vida sem fim: 17  por isso é testemunhado dele ,
Tu és sacerdote para sempre
Após a ordem de Melquisedeque.
18  Pois há uma disannulling de o mandamento anterior por causa de sua fraqueza e inutilidade 19  (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e uma propositura no logo a seguir uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de DEUS. 20  E na medida em queé não sem a prestação de juramento 21  (para eles de fato foram feitos sacerdotes sem juramento, mas este com juramento por aquele que disse dele:
O Senhor jurou e não se arrependerá:
Tu és sacerdote para sempre);
22  por tanta também vos JESUS foi feito fiador de uma melhor aliança. 23  E os que foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, 24  mas ele porque ele permanece para sempre, tem o seu sacerdócio imutável .
Tudo o que o autor desta epístola predicado da inadequação do sacerdócio levítico ele agora predicados, explícita ou implicitamente, da adequação do sumo sacerdócio de JESUS CRISTO. Assim, ele apresenta três argumentos principais, neste contexto, a adequação do sacerdócio de CRISTO para tornar os homens perfeito diante do DEUS santo.
O primeiro argumento é estabelecida sobre a identidade ea singularidade do próprio sacerdote: ele ..., pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar (v. 13 ). O autor deixa claro que CRISTO, humanamente falando, não estava em ascendência sacerdotal de Arão ou a tribo levítico. Em vez disso, diz o autor, nosso Senhor procedeu de Judá (v. 14 ), e, continua ele, Moisés nada falou acerca de sacerdotes (v. 14 ) em relação à tribo de Judá. Em outras palavras, nenhum sacerdote nunca veio da tribo de Judá. Esta declaração implica em duas coisas. Primeiro, humanamente falando, CRISTO nasceu da tribo de Judá, e não de Levi. Portanto Seu sacerdócio é bastante independente da linhagem sacerdotal levítico judaica. Em segundo lugar, uma vez que a tribo de Judá foi independente da linhagem sacerdotal judaica e uma vez que nenhum sacerdote nunca veio de Judá, portanto ofício sacerdotal de CRISTO era totalmente independente, tanto da tribo sacerdotal de Levi e da tribo não-sacerdotal de Judá, apesar de seu humano descida foi através de Judá. A importação do argumento é que, desde ofício sacerdotal de CRISTO não foi de qualquer linhagem humana, foi então, necessariamente, diretamente de DEUS.
À luz do argumento exposto, o sacerdócio de CRISTO é divino, como era, foi um sacerdócio perfeito que não exige que ele a oferecer sacrifício a DEUS por seus próprios pecados diários antes que Ele pudesse fazer sacrifício pelos pecados do povo, como era exigido dos levitas sacerdotes (vv. 26-27 ).
Em segundo lugar , o sacerdócio de CRISTO não foi estabelecida por lei de um mandamento carnal (v. 16 ), como foi o sacerdócio levítico, mas pelo poder de uma interminável [indissolúvel] vida (v. 16b ). Sacerdócio de CRISTO surgiu a partir do fato de que Ele era o Filho eterno de DEUS (v. 28 ). Como tal, Seu sacerdócio foi estabelecida por um juramento por ele [DEUS] que diz de ["até"] ele [CRISTO], O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre ( Sl 110: 4. ) . Agora, como é o caso do juramento de DEUS estabelecer Sua promessa feita a Abraão ( Heb. 6:13 , 14 , 17 , 18 ), dos quais prometem sacerdócio de CRISTO foi o cumprimento final, de modo que o autor nos assegura, sacerdócio eterno de CRISTO foi criada por O juramento de DEUS, na qual jurou por si mesmo, uma vez que Ele podia jurar por não maior. Assim como a promessa foi criada a Abraão, de acordo com o costume judaico de duas ou três testemunhas ( N1. 35:30 ), neste caso o próprio DEUS promissor e, em seguida, jurando por sua suprema autoridade, para que o sacerdócio de CRISTO foi estabelecida. Assim sacerdócio de CRISTO trouxe uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de DEUS (v. 19b ), porque foi estabelecida sobre a inalterável promessa de DEUS , e não em uma aliança incerta. O autor chama isso de "um acordo melhor (mais forte)" (ANT), na verdade, a promessa divina. Consequentemente sacerdócio de CRISTO foi maior do que o Levítico.
No terceiro lugar, a permanência, ou everlastingness e imutabilidade, de sacerdócio de CRISTO é apresentado em contraste com a natureza transitória e flutuante do sacerdócio levítico. Sua morada sacerdócio por um tempo e, em seguida, terminou com a morte, e, assim, outro tomou o cargo vago como foi previsto pela lei que rege o sacerdócio levítico. Sacerdócio de CRISTO foi, no propósito divino, desde toda a eternidade, e se estende por toda a eternidade, apesar de ter sido exercido, mas temporariamente na Terra durante os "dias de sua carne." Neste Melquisedeque havia prenunciado Ele em seu sacerdócio típico. No sacerdócio de CRISTO houve uma sucessão contínua e ininterrupta em que Ele sempre conseguiu Si mesmo: Tu és sacerdote para sempre, (. vv 21b , 24). A palavra do juramento, que veio depois da lei [e substituiu a lei], appointeth Filho, para sempre aperfeiçoado ( 28b ). Aqui, novamente, o sacerdócio de CRISTO é maior do que os levítico em razão de sua permanência como defronte temporalidade deste último.
C. JESUS ​​SUPERIOR na sua intercessão SACERDOTAL HIGH ( 7: 25-26 )
25  Por isso também ele é capaz de salvar perfeitamente os que chegaram até DEUS por meio dele, porquanto vive sempre para interceder por eles. 26  Para tal sumo sacerdote se tornou nós, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;
O escritório de intercessão e obra de CRISTO como o crente Grande Sumo Sacerdote é apresentado pelo autor de Hebreus em cinco aspectos.
Em primeiro lugar , a base , ou fundação, de seu ofício sacerdotal alta e função é encontrado no antecedente da palavra Portanto . Tudo o que se passou antes, incluindo Sua imutabilidade, eternidade, filiação divina, singularidade e sua identificação com aordem de Melquisedeque constituem qualificações de CRISTO pela sua alta função sacerdotal de intercessão e função em nome do crente.
Em segundo lugar , a eficácia de alta Priestly intercessão de CRISTO é sugerido por palavras do autor, ele é capaz de salvar totalmente [completamente]. Quando o pecador penitente encontra CRISTO na Sua Cruz, ele é perdoado, libertos do poder do pecado e de Satanás, e reconciliados com DEUS. Esta é, no entanto, mas o início de sua salvação. A partir desta salvação inicial, ele deve ir para a limpeza, testes, crescimento, maturação e perfeição (cf. Hb 6: 1-3. ). A partir de seu encontro com CRISTO no perdão na cruz o seu caso é tomado pelo Salvador, que agora se torna sua alta intercessor Priestly, representante ou advogado diante do trono do Pai ( 1 João 2: 1 ; . Rom 8:34 ; Hb. 9 : 24 ). O extremo ou a salvação "completo" que efeitos CRISTO em sua alta obra sacerdotal de intercessão significa não uma, mas muitas coisas. Ele inclui o elemento de tempo e, portanto, implica a universalidade da Sua salvação para a humanidade em todas as gerações da raça humana a partir da queda até o fim dos tempos. Ele inclui o elemento localidade , e, portanto, oferece esperança aos homens em todos os lugares, na prisão ou em liberdade, sob governos democráticos livres ou no interior dos Estados totalitários ditatoriais. Ele inclui o elemento condicional e oferece esperança para os homens na saúde ou na doença, na pobreza ou na abundância, em cativeiro ou em liberdade, na ignorância ou na sabedoria, no escuro ou na luz. Ele inclui o elemento perfeição e garante o crente de uma salvação completa ou aperfeiçoada através da intercessão mediadora de CRISTO (cf. Heb. 6: 1 ; 12: 22-24 ).
Em terceiro lugar , as condições de alta Priestly intercessão de CRISTO para o homem diante do Pai se restringem a eles que chegaram até DEUS por meio dele . Sua entre cessory serviço está disponível a todos que irão recorrer a ele. CRISTO está à destra de DEUS, eo crente deve aproximar-se Dele lá para receber "ajuda em tempo de necessidade." A misericórdia ea graça são retidos de ninguém quando eles vêm para o trono de DEUS por meio de seu grande Sumo Sacerdote JESUS CRISTO ( Hb . 04:16 ). Recusar-se a vir a Ele é que perder os benefícios de Sua intercessão sacerdotal. Para tentar se aproximar do Pai por qualquer outro meio ou forma é um insulto para o Filho de DEUS, e isso constitui um esforço inútil por parte do homem (cf. João 10: 1 , 10 ; 14: 6 ; Atos 4:12 ).
Quarta , a garantia de alta Priestly intercessão de CRISTO é apresentado: porquanto vive sempre para interceder por eles . A vida de CRISTO é eterna (cf. João 11:25 ; . 1 Tm 6:16 ), e o autor de Hebreus deixaria claro que Sua principal função é a de intercessão mediadora diante do trono de DEUS no céu para o homem na terra. Na linguagem comum, pode-se dizer que "CRISTO vive-se agora para uma coisa: a rezar ao Pai celestial para os homens na terra." O principal objetivo de todos sacerdócio é apresentar os homens da terra a DEUS no céu em comunhão espiritual ininterrupta. Aqui CRISTO não está a fazer oferta. O que ele fez de uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo na cruz para DEUS para o homem. Em Sua alta intercessão sacerdotal Ele está fazendo uma apresentação contínua de Si mesmo ao Pai em favor do homem em razão da sua oferta concluída na cruz.
Em quinto lugar , a qualificação de CRISTO como homem de intercessão Grande Sumo Sacerdote são delineadas: Para um sumo sacerdote tal convém a nós (vs. 26 ).
Uma tradução apropriadamente torna as palavras desta passagem de abertura, "[Aqui está] o Sumo Sacerdote [perfeitamente adaptado] às nossas necessidades" (ANT.). JB Phillips torna abruptamente ele: "Aqui é o Sumo Sacerdote que precisamos. Um homem que é santa, imaculada, sem mancha, fora do alcance do pecado e levantou para os próprios céus. "Moffatt traduz", tal era o Sumo Sacerdote para nós, santo, inocente, imaculado, exaltado acima dos céus. "Weymouth traduz ", um sumo sacerdote tal como este foi exatamente adequado para a nossa necessidade." E outra versão moderna declara sucintamente, "tal sumo sacerdote, de fato, se encaixam no nosso estado" (NEB).
Quando Ele é bem compreendida, não pode haver dúvida de que CRISTO qualifica totalmente para atender todas as necessidades de todos os homens como sumo sacerdote diante de DEUS em seu nome.
Ele está aqui delineado como o Sumo Sacerdote ideal. CRISTO, como Sumo Sacerdote, se encaixa perfeitamente às necessidades espirituais e morais de todos os homens (cf. Tit. 2: 1 ; 02:10 Heb. , 17 ). A designação santos pontos de uma só vez a sua natureza divina. Vincent afirma que este termo é usado somente de DEUS, e nunca da excelência moral do homem (cf. Atos 02:27 ; 08:35 ). Se não fosse o santo DEUS, Ele não poderia qualificar-se para trazer os homens para perto de DEUS. Paulo descreve DEUS como o "Rei dos reis e Senhor dos senhores ... habita em luz que nenhum homem pode inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver "( 1 Tim. 6:15 , 16 , NVI). Na verdade, se não fosse para as características humanas de CRISTO, Ele não poderia se qualificar para trazer os homens para perto de DEUS. Percebendo isso muito bem, o autor passa a descrever as características humanas de CRISTO. Como DEUS, Ele é santo . Como homem Ele é inocente , ou inofensivo e livre de malícia e ofício (cf. Rom 16:18. ), e imaculada (cf. 1 Ped. 1: 4 ). Em seu caráter, mas não em suas associações, Ele é separado dos pecadores (cf. Rom. 6:10 ). Agora, como quando Ele estava na terra, Ele "recebe pecadores, e come com eles" ( Lucas 15: 2b , KJV), ou salva os homens pecadores e recebe-los em sua comunhão sagrada. Se sua natureza divina ligada a Ele para DEUS, Sua natureza humana ligada a Ele para o homem. Foi só quando o homem-DEUS, verdadeiro DEUS e verdadeiro homem, que CRISTO JESUS poderia qualificar-se para tornar-se homem Grande Sumo Sacerdote. Ele se despojou de sua glória divina (cf. Jo 1: 5 ) em Sua humilhação, e tomou a forma e natureza do homem na Encarnação, para que pudesse sofrer a morte para o homem (cf. Fl 2: 5-8. ). Agora, porém, com a Sua obra terrena concluída, Ele é exaltado à mão direita do Pai em Sua natureza redimida divino-humano, e feito mais sublime do que os céus (cf. Fl 29-11. ). Ele foi "feito um pouco menor do que os anjos para o sofrimento da morte ... que ele ..., provasse a morte por todos" ( Hb 2: 9. , KJV), mas agora é exaltado acima dos anjos, como ele é feito mais que os céus , que são o habitat dos anjos. Assim, Ele é exaltado à mão direita de DEUS para se tornar intercessor do homem. CRISTO é superior como Sumo Sacerdote para qualquer terreno sumo sacerdote da ordem levítico.
D. JESUS ​​SUPERIOR EM SEU sacrifício perfeito ( 7: 27-28 )
27  que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois para os pecados do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo. 28  Para o appointeth lei sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, appointeth Filho, para sempre aperfeiçoado.
As imperfeições dos sacrifícios levíticos exigiu suas repetições diárias. Deles foram sacrifícios de animais que nunca poderia remover o pecado ( Heb. 10: 4 ). Eles não poderia fazer mais do que servir como sombras que apontavam para o verdadeiro sacrifício de DEUS na pessoa de Seu Filho, que ainda estava para oferecer a Si mesmo na Cruz. Consequentemente, a sua repetição oft ( diária ) foi necessária para lembrar as pessoas da vinda do Redentor que, como o homem-DEUS faria uma oferta de Si mesmo uma vez por todas que iria tirar o pecado (cf. João 1:29 ).
DEUS não poderia de si mesmo redimir o homem do pecado. O homem não poderia se redimir do pecado. Por isso, era necessário que um homem tão verdadeiramente como Ele era verdadeiramente DEUS deve em DEUS-homem Sua pessoa sacrificar-se na Cruz para a redenção do homem pecador. Este CRISTO tornou-se, e isso fez CRISTO. Uma vez que Ele era "provasse a morte por todo homem" ( Heb. 2: 9b ) na cruz, sacrifício divino-humana de CRISTO foi adequado para a redenção de toda a raça humana (cf. João 3:16 ). Qualquer outro sacrifício, a partir daí, não só teria sido supérfluo, mas um insulto a DEUS e de Seu Filho JESUS CRISTO, como tal sacrifício implicaria que era melhor que o dele. Consequentemente o sacrifício de CRISTO foi adequada ( Isa. 53:11 ) e final, uma vez por todas . Assim, o sacrifício de CRISTO foi superior aos sacrifícios levíticos.
Da mesma forma sumo sacerdócio de CRISTO era supremo, porque Ele só poderia oferecer a DEUS um sacrifício suficiente para tirar o pecado do homem, o eterno sacrifício de Si mesmo. Por esta razão, Ele, como de DEUS Filho , foi nomeado homem Grande Sumo Sacerdote, que a nomeação foi confirmada pelo juramento de DEUS. CRISTO é, em seguida, Sumo Sacerdote para sempre (v. 28b ).
Em seu trono nos céus, CRISTO fez Sua decisão de ir à Terra para redimir o homem. Na Sua Cruz no Calvário Ele fez a oferta de sacrifício supremo de si mesmo a DEUS em lugar do homem. Na mão direita do Pai em alta Ele faz alta intercessão sacerdotal para o homem. Em Seu assento julgamento final Ele vai sentar-se no julgamento sobre o homem que rejeita a oferta de Sua Alta serviço sacerdotal nesta vida.
 
Abraão, Melquisedeque e o Novo Rei de Sodoma - Gên. 14:17-24 - Comentário Neves de Mesquita
O verso 10 nos diz que o rei de Sodoma caiu nos poços de betume, mas, na volta de Abraão, o novo rei veio ao seu encontro. Logo que os reis invasores se retiraram, nada mais natural que o povo espalhado pelas montanhas se reunisse e elegesse novo rei e procurasse restaurar os estragos. E é esse novo rei que foi saudar Abraão, na volta de sua campanha. Pode ser que o rei que tinha caído no poço tenha conseguido Sair, mas a narrativa parece indicar que morreu ali. O encontro deu-se no vale de Sedim, que depois passou a ser chamado "vale do rei", perto de Jerusalém, onde Melquisedeque reinava (II Sm. 18:18).
Além do rei de Sodoma, outro personagem ilustre foi saudar Abraão pela brilhante vitória. A este rei deu o general Abraão o dízimo de tudo, e o resto entregou ao rei de Sodoma, tirante a parte que cabia aos seus tirados. Para si, nada tirou Abraão, para que não se dissesse que tinha enriquecido à custa dos reis vencidos. Ele tinha direito inegável a uma parte, assim como Aner e os outros dois aliados, e ninguém o poderia censurar por isso, mas como não tinha ido à guerra por espírito ambicioso, nada quis para si. Não precisava, embora este não fosse o ponto envolvido, não quis que se dissesse que tinha enriquecido à custa da batalha. ESPÍRITO mais nobre é difícil encontrar. Os que o acusam de receber presentes no Egito, por causa de sua mulher, devem saber que a honra e dignidade de Abraão podem ser provadas neste caso. Era rico, mas licitamente.
Melquisedeque soube da batalha, o veio abençoar e receber os dízimos.
Quem Era Este Melquisedeque?
Pergunta difícil de responder. O salmista (Sal. 110:4) refere-se a ele, mas não nos diz quem era e donde veio.
Um pesado silêncio e um profundo mistério envolvem este grande personagem. Muitos querem que seja Sem, outros Cão, outros Jafé. Não podia ser qualquer destes, tanto pelo espaço de tempo que mediou do tempo em que viveram à época de Abraão, como pela declaração de Hb. 7:3, de que não tinha pai nem mãe, isto é, pai e mãe conhecidos.
Outros, querem que seja CRISTO, no seu estado de pré-encarnação, mas esta teoria está em conflito com o Sal. 110:4 e com o teor geral das Escrituras, que fazem CRISTO e Melquisedeque duas personalidades distintas e dois sacerdotes também distintos, um prefigurado no outro. Uma coisa não pode ser prefigurada em si mesma. Quem era, pois, esse homem? Um anjo? Não. Do pouco que sabemos dele, cremos que era um homem pio que permanecia fiel à religião de Noé, ou ao primitivo monoteísmo e neste caráter era um sacerdote como Jetro, sogro de Moisés.
Historicamente, segundo Josefo, era rei de Salém, que depois se e tornou Jerusalém. Parece ser o rei dos jebusitas, descendentes do terceiro filho de Cão (Gên. 10:16), que habitaram em Jerusalém até ao tempo de Davi (11 Sm. 5:6), tendo Josué deles feito tributários (Js. 11:3), na tomada da Palestina. A palavra Jerusalém deriva-se de Jebus e Salém. Este nome foi dado à cidade depois da conquista de Davi. Na conquista de Canaã, o nome do rei era Adoni-Zedeque, que significa "senhor de justiça" ou "rei de justiça". É interessante notar uma cidade de origem camita (Cão) com história tão profundamente religiosa. A coleção das cartas encontradas em Tel-Amarna, no Egito, contém algumas escritas pelo rei de Salém ou Salaim ao rei do Egito, pedindo socorro contra os invasores Haburi (hebreus), nas quais ele declara ser rei eleito por DEUS, e cujo reinado não teve princípio e nem teria fim. Parece haver a crença de que o primeiro rei da terra tinha sido posto por DEUS mesmo, fato de que se orgulhavam bastante.
Seja qual for o grau de verdade que haja em toda esta tradição, é fato que Melquisedeque era um destes reis e sacerdotes, parecendo, assim, comprovar a pretensão de que a nação jebusita tinha tido uma sucessão de monarcas cuja origem se perdia nas brumas do passado e cuja continuação criam ser de aprovação divina. Anima pensar que entre uma tribo que não era de linhagem semita e no meio de uma degradação religiosa profunda, se encontrasse um rei com foros sacerdotais bíblicos e uma vida genuinamente religiosa. Com estes requisitos de rei-sacerdote, foi ao encontro de Abraão, o abençoou, e este lhe deu os dízimos de tudo que tinha tomado na batalha, o reconhecendo maior que si mesmo. Tal sacerdócio, na pessoa de um filho de Cão, parece ser uma violação dos direitos semitas, que eram, segundo a profecia de Noé, os "abençoados de Jeová"; e mesmo a familiaridade que parece existir entre os dois personagens denuncia afinidades raciais, ao mesmo tempo que era impossível que da raça amaldiçoada se destacassem um ou mais homens piedosos do caráter de Melquisedeque. Por outro lado, podia ser semita, ainda que governando um povo camita. O autor da Carta aos Hebreus descreve este ilustre personagem como não tendo pai nem mãe, nem princípio de dias, nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de DEUS (Hb. 7:3). Esta linguagem refere-se ao ofício da pessoa e não à pessoa mesma. Como homem, tinha pai e mãe, princípio e fim de dias, mas, corno sacerdote, não tinha genealogia. Primeiro, porque de quem tinha recebido o ofício, não se sabe; seria para ele mesmo difícil saber quem tinha sido o seu predecessor, se é que o teve. Segundo, não houve certo tempo quando o sacerdócio de Melquisedeque começou. Neste caráter, foi semelhante a CRISTO. Era um tipo, tanto no reinado, como no sacerdócio. Humanamente mesmo, não sabemos quem eram seus pais, se Sem, Cão, Jafé ou qualquer outro homem. Aparece, assim, ocasionalmente, e desaparece do mesmo modo, deixando sua individualidade envolta em mistério. Nada sabemos do seu princípio nem do seu fim. Encarado por estes dois lados, é uma figura sem princípio nem fim, verdadeiro tipo de CRISTO.
(Sobre a existência de povos monoteístas, chamo a atenção do leitor para as notas antes oferecidas. Não se sabe ao certo se Melquisedeque era monoteísta, mas, se era sacerdote do DEUS Altíssimo, não podia ser politeísta. Há dois elementos importantes neste fato e também no de Reuel, sogro de Moisés: Não somente o monoteísmo era uma verdade, mas ainda mais, a existência de sacerdotes, que oficiavam cultos monoteístas).
Antes de passar ao capítulo 15, convém consignar aqui algumas palavras de crítica aos esforços de alguns sábios tendentes a negar a historicidade das narrativas deste capítulo. A escola racionalista alemã Graaf-Welhausen reduziu todo o conteúdo desta maravilhosa história a mito e, diga-se de passagem, fez época por algum tempo, até que a Arqueologia teve oportunidade de mostrar que Moisés não só sabia o que estava dizendo, mas sabia ser história verídica.
Negava-se a possibilidade de uma guerra como a que é descrita aqui, por causa da distância e das condições em que ela se feriu. Não era possível, diziam, a vinda de exércitos de tão longe, por falta de estradas e outras coisas indispensáveis.
Hoje, porém, sabe-se que havia até correspondência postal regular entre a Palestina e a Babilônia, e que havia uma estrada ao longo do Eufrates, entre os dois países. Dizia esta escola que Anrafel e seus companheiros eram personagens mitológicas, como outras que a Bíblia menciona. Hoje, este Anrafel da Bíblia vive em todo o seu esplendor nos documentos descobertos na Assíria e na Babilônia e que ornam os museus da Europa e da América. Foi no reinado deste homem que foi publicado o célebre código de leis, conhecido nos círculos arqueológicos como Código de Hamurabi ou Hamurapi. O Anrafel da Bíblia e o Hamurabi da história caldaica são, incontestavelmente, o mesmo personagem. Não seria preciso usar argumentos silogísticos para provar que, se um personagem é histórico, os outros o são também, visto serem contemporâneos e fazerem parte da mesma narrativa. Mas o Quedorlaomer, chefe da expedição, também nos fala pelas suas conquistas e vitórias.
Noldek e Driver, além de muitos outros, pretendem mostrar que os nomes arqueológicos não são os mesmos da Bíblia, mas uma das maiores autoridades do assunto, o Prof. Sayce, afirma que Anrafel e Hamurabi são uma e a mesma pessoa.
Outra dificuldade a vencer é o fato de que estes poderosos, reis destroçaram muitos outros reinados, e Abraão, com os seus 318 servos e alguns aliados, os venceu numa só noite. Não nos devemos admirar disto. Em primeiro lugar, não esperavam uma desforra desta natureza. Para ele não havia possibilidade de um ataque e, portanto, não estavam apercebidos para tal coisa. A segunda razão é que os soldados, depois de uma expedição tão prolongada e penosa, deviam não só estar exaustos, mas reduzidos. Abraão cercou-os de noite e fácil lhe foi destruí-los. Ao mesmo tempo não sabemos quantos soldados faziam parte do exército dos seus aliados, mas somente os que Abraão sozinho pôde arregimentar. É bem possível que os reis invasores não conhecessem tão bem como Abraão o caminho por onde estavam voltando e que tomados de surpresa, à noite, desconhecendo a qualidade de inimigo que tinham pela frente, se apavorassem e fugissem. - Conquanto seja difícil tal situação, ninguém tem o direito de afirmar que ela não é verídica.
Outra dificuldade é o aparecimento de Melquisedeque de uma forma toda misteriosa. De fato, ele aparece e desaparece bruscamente. Todavia, o papel que tinha a fazer, o fez. Nada tinha com a questão entre os reis do Oriente e os da Palestina, mas ao mesmo tempo sentiu que devia louvar o gesto de um que, nada tendo também com o assunto, a não ser a libertação de seu sobrinho, se aventurou a perder toda a sua casa. Foi um ato de verdadeiro heroísmo e desprendimento. Isto incitou o sacerdote de DEUS a vir aplaudi-lo. Demais, quem sabe que outras relações existiam entre Abraão e Melquisedeque? Moisés não prometeu dizer-nos tudo que sabia e que tinha acontecido. Limitou-se a relatar o suficiente.
Afirmar que Melquisedeque é uma personagem mítica ou alegórica é precário diante da documentação que temos hoje sobre a existência do reino em Salém. Tanto o que nós sabemos quanto o que os próprios salemitas sabiam da origem do seu reino é bastante para nos convencer de que, se Melquisedeque não é uma personagem histórica, não há história em coisa alguma e tudo se pode reduzir a mito.
Cremos que este homem viveu e reinou porque a Bíblia o diz e porque a História o confirma. O mesmo argumento usado para com Melquisedeque tem sido usado para Abraão, Isaque, Jacó e outros. Tem-se procurado reduzir tudo a mito, mas hoje nenhum homem imparcial negará a loucura destes inimigos da revelação.
Alguma coisa de importante do ponto de vista doutrinário ocorre aqui: a doutrina do dízimo. De onde veio este costume, que se encontra em prática até entre o povo que não era da família escolhida? Melquisedeque recebeu, e Abraão deu. Tanto um como o outro conheciam bem este costume. Aliás, muitos anos depois, encontramos Jacó praticando a mesma coisa.
A mesma pergunta poderia ser feita acerca do sacerdócio fora da família escolhida e antes de Arão ser chamado ao ofício sacerdotal. O dízimo foi incorporado na lei, mas existia antes de ser oficializado. Estas e outras coisas são fundamentais na economia divina e não são produto de uma ou outra dispensação.
 
 
Lição 11 - Melquisedeque Abençoa Abrão - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis
Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 14.12-20
12 - Também tomaram a Ló, que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda e foram-se. 13 - Então, veio um que escapara e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão. 14 - Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. 15 - E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. 16 - E tornou a trazer toda a fazenda e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua fazenda, e também as mulheres, e o povo. 17 - E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei. 18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do DEUS Altíssimo. 19 - E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; 20 - e bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu­lhe o dízimo de tudo.
 
 
 
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:Quem foi Melquisedeque?
Melquisedeque era rei de Salém e sacerdote do Senhor. É um tipo de CRISTO.
Qual o significado de seu nome?
Melquisedeque traz este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Descreva o sacerdócio de Melquisedeque.
Melquisedeque foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote. No texto bíblico, ele é identificado como sacerdote do DEUS Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu ministério plenificou-se.
Por que JESUS é sacerdote, de acordo com a ordem de Melquisede?
Porque JESUS é anterior a Abrão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e maior que todos eles. Melquisedeque serve como tipo de CRISTO, cujo sacerdócio e jamais terá fim.
 
Comentários de vários autores de Livros com algumas correções do Ev. Luiz Henrique
Melquisedeque no Antigo Testamento
E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do DEUS Altíssimo. Gênesis 14:18
Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Salmos 110:4
 
Gn 14.18 E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do DEUS Altíssimo.19 E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;20 e bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo. 21 E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as almas e a fazenda toma para ti.22 Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao SENHOR, o DEUS Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra,23 e juro que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão;24 salvo tão-somente o que os jovens comeram e a parte que toca aos varões que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua parte.
 
Melquisedeque no Novo Testamento
Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:6
Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:10
Onde JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 6:20
Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abrão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; Hebreus 7:1
Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. Hebreus 7:10
De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Hebreus 7:11
E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote, Hebreus 7:15
Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 7:17
Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque, Hebreus 7:21
 
Hb 7.1 Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abrão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 a quem também Abrão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de DEUS, permanece sacerdote para sempre.4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abrão deu os dízimos dos despojos.5 E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abrão. 6 Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abrão e abençoou o que tinha as promessas.
 
Ceia de pão e vinho refere-se a fazer aliança. Melquisedeque faz aliança com Abrão (Tudo o que eu como vai para meu sangue e sangue é vida, agora minha vida se torna sua e sua vida se torna minha).
Interessante. Melquisedeque um sacerdote do DEUS altíssimo, embora fosse Cananeu. Não por coincidência JESUS era descendente de uma Cananéia (Raabe).
JESUS herdou de Melquisedeque tanto a posição de sacerdote como também de rei, pois estava em Abrão que fez aliança com Melquisedeque (Na aliança tudo o que é seu é meu e tudo o que é meu é seu). Herdou a posição de rei também por parte de pai (adotivo) José, esposo de Maria, que era descendente do rei Davi (por isso se alistou em Belém).
Veja estudo sobre Aliança - muito importante.
 
A bíblia nos mostra homens à parte de Israel e que eram homens de DEUS. Exemplo: Jó (Jó era sacerdote na sua família - orava incessantemente por sua família), Melquisedeque e Jetro (ambos sacerdotes de DEUS).
Hb 7.1 Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e   s a c e r d o t e  do DEUS Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abrão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; (grifo meu)
Ex 3:1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro,   s a c e r d o t e  em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de DEUS, a Horebe. (grifo meu)
Também Enoque, Noé, etc... Homens que adoravam a DEUS, mantinham estreita comunhão com DEUS, embora e não fossem israelitas ainda.
 
Melquisedeque não tinha família registrada na Bíblia e nem dia de nascimento e nem dia de morte, pois é um tipo de JESUS CRISTO e DEUS queria que esse desconhecido se tornasse rei como JESUS CRISTO, sacerdote como JESUS CRISTO, rei de paz como JESUS CRISTO (veja que ele não foi à guerra, antes orou para que Abrão vencesse), rei de justiça como JESUS CRISTO, abençoador como JESUS CRISTO; mas é evidente que Melquisedeque era um homem que tinha pai e mãe e nasceu e morreu, apenas não tinha registro disso em parte alguma. 
 
LIÇÃO 5 - A Lição de Melquisedeque - 03/11/2002
 
DIVIDA A CLASSE EM DOIS GRUPOS E PEÇA PARA QUE FALEM SOBRE:
A= DIFERENÇA ENTRE O SACERDÓCIO LEVÍTICO E O DE CRISTO 
B= DIFERENÇA ENTRE A VELHA E A NOVA ALIANÇA
 
G R U P O    A
          G R U P O    B
Sacerdócio Levítico
Sacerdócio de CRISTO
Sacerdote imperfeito
Sacerdote perfeito
Sacrifício imperfeito
Sacrifício perfeito
Tabernáculo terreno
Tabernáculo celestial
Ordem de Levi
Ordem de Melquisedeque
Sombra
Real
  
ANTIGA Aliança
NOVAAliança
Escrita em pedras
Escrita nos corações
Lei
Graça
Condicional
Incondicional
Passageira
Eterna
Defeituosa
Sem defeito
 
 
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Pergunte a seus alunos:
Por que a Bíblia diz que o sacerdócio de CRISTO é “segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 6.20)? Em que sentido Melquisedeque pode ser comparado a CRISTO? Possíveis respostas:
a) O rei-sacerdote - O salemita é apresentado como precursor de CRISTO que une na sua pessoa as honras duplas da realeza e do sacerdócio.
b) A exegese etimológica do nome Melquisedeque (rei da justiça) e do seu título (rei de paz) indica o Messias, cuja pessoa e ministério se caracterizam pela justiça (Is 32.1; Jr 23.5; Ml 4.2; 1 Co 1.30) e pela paz (1 Cr 22.9; Zc 9.10; Ef 2.14,15). Estas duas graças se encontram em CRISTO, de modo perfeito.
c) Melquisedeque exercita o sacerdócio em total independência de árvore genealógica sacerdotal. Em função de as Escrituras não registrarem a sua genealogia e de nada dizerem a respeito do seu começo e fim, Melquisedeque serve como tipo do CRISTO eterno, cujo sacerdócio nunca terminará (Hb 7.24,25).
 
INTRODUÇÃO:
No desenvolvimento da história de Abrão pode-se perceber a mão divina dirigindo os passos do patriarca. Apesar de algumas fraquezas, ele foi capaz de realizar proezas pela fé baseado na providência e soberania de DEUS. Depois da guerra dos reis no vale do Jordão, dois deles encontraram-se com Abrão: os reis de Sodoma e de Salém. Os dois tinham interesses distintos. O rei de Sodoma queria apoderar-se do povo e das riquezas que se encontrava sob o comando de Abrão, enquanto que o rei de Salém, Melquisedeque, queria abençoá-lo. É justamente deste último que se ocupa a lição de hoje. Melquisedeque, pelas suas características, prefigura CRISTO, o Sacerdote Eterno.
I. ABRAÃO E O REI DE SODOMA
1. Uma proposta perigosa (Gn 14.17,21-24). (Gn 14.5-10). (Gn 14.17). 
O rei de Sodoma tentou fazer uma aliança com Abrão que esquivou-se sabiamente sabendo que o santo não se une com o profano; o limpo de coração e de mente não se une com o ímpio.
Infelizmente estamos vendo isso hoje com as músicas que são do Diabo e as letras de DEUS; Os Crentes que são de DEUS unindo-se com políticos do Diabo;  Crentes que se casam com descrentes, etc...
Só existe uma solução: A volta para a palavra de DEUS e para a oração. 
1 Ts 4.7 Porque DEUS não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação (separação do mundo).
2 Co 6.14 14 Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? 15 Que harmonia há entre CRISTO e Belial? Ou que parte tem o crente com o incrédulo? 16 E que consenso tem o santuário de DEUS com ídolos? Pois nós somos santuário de DEUS vivo, como DEUS disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu DEUS e eles serão o meu povo. 17 Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; 18 e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. 
2. Um espólio tentador e comprometedor (Gn 14.21). (Gn 14.22,23). Ler Mt 16.26. (Gn 14.13,22-24). Gênesis 15.1: “Não temas Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”. Ver também Hb 11.9,10.
O rei de Sodoma queria que Abrão ficasse com os despojos de guerra, mas Abrão servo do DEUS Altíssimo não se contaminou com as riquezas ganhas em guerra e através de alianças com ímpios, antes confiou que DEUS o faria prosperar de maneira honesta e em paz consigo mesmo e com DEUS.
Estamos assistindo a uma verdadeira quermesse nas Igrejas onde os santos vão às ruas atrás de descrentes para arrecadarem fundos para construírem ou para fazerem festas; também estão fazendo comércio dentro dos templos, vendendo CD e livros; estão aceitando dinheiro de políticos corruptos em troca de votos. DEUS está vendo tudo isso e tomará as devidas providências, para isso só precisa encontrar crentes fiéis que se levantem contra o pecado.
Dt 12.26 Somente tomarás as coisas santas que tiveres, e as tuas ofertas votivas, e irás ao lugar que o Senhor escolher;
Dt 23.18 não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu DEUS por qualquer voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu DEUS.
Is 1.13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias ... não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene!
3. O perigo da aliança com o mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de DEUS permanece para sempre” (1 Jo 2.15-17). (1 Jo 5.19; Lc 13.16; 2 Co 4.4; Gl 1.4). (Lc 17.28), a Imoralidade (Gn 18.20), a Soberba (Ez 16.49) e o Egoísmo (Ez 16.49) - DEUS nos livre destes terríveis pecados! II. ABRAÃO E O REI DE JUSTIÇA
1. Diferenças entre o rei de Sodoma e o rei de Salém (Gn 14.18,21).
 
Rei de Sodoma
Rei de Salém
Bera
Melquisedeque
Tributário (pagava impostos a Quedorlaomer)
Recebia Dízimos
Idólatra
Adorava Somente a DEUS
Possuía Genealogia
Sem Pai e Nem Mãe
Visão Material
Visão Espiritual
Governava a cidade da prostituição 
Governava Jerusalém
Queria ser Abençoado por Abrão
Abençoou Abrão
Queria Guerrear
Queria a Paz 
Veio para fazer Aliança entre DEUS e o Diabo
Veio Fazer Aliança com DEUS
Veio para ser Servido
Veio para servir Pão e Vinho
Rei de Injustiça
Rei de Justiça
Apenas rei
Rei e Sacerdote

2. Abrão abençoado pelo rei de Salém (Gn 14.18-23). Melquisedeque significa “rei de justiça”, mas também “rei de paz”, por ser rei de Salém (em hebraico “paz”), Hb 7.1,2. 
Na verdade toda vez que aparece o pão e o vinho a Bíblia quer se referir à Aliança feita entre duas partes.
REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão. 
 Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
 
III. MELQUISEDEQUE, UM TIPO DE CRISTO
“Melquisedeque (Hb 7.1). Melquisedeque, contemporâneo de Abrão, foi rei de Salém e sacerdote de DEUS (Gn 14.18). Abrão lhe pagou dízimos e foi por ele abençoado (vv.2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma prefiguração de JESUS CRISTO, que é tanto sacerdote como rei (v.3) O sacerdócio de CRISTO é “segundo a ordem de Melquisedeque” (6.20), o que significa que CRISTO é anterior a Abrão, a Levi e aos sacerdotes levítico, e maior que todos eles.
“Sem pai, sem mãe (Hb 7.3). Isso não significa que Melquisedeque, literalmente, não tivesse pais nem parentes, nem que era anjo. Significa tão somente que as Escrituras não registram a sua genealogia e que nada diz a respeito do seu começo e fim. Por isso, serve como tipo de CRISTO eterno, cujo sacerdócio nunca terminará.Vivendo sempre para interceder (Hb 7.25). CRISTO vive no céu, na presença do Pai. (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores, individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo 2.1). 
(1) Pelo ministério da intercessão de CRISTO, experimentamos o amor e a presença de DEUS e achamos misericórdia e graça para sermos ajudados em qualquer tipo de necessidade (4.15; 5.2), tentação (Lc 22.32), fraqueza (4.15; 5.2), pecado (1 Jo 1.9; 2.1) e provação (Rm 8.31-39). 
(2) A oração de CRISTO como sumo sacerdote em favor do seu povo (Jo 17), bem como sua vontade de derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (At 2.33) nos ajudam a compreender o alcance do seu ministério de intercessão (ver Jo 17.1). 
(3) Mediante a intercessão de CRISTO, aqueles que se chegam a DEUS (i.e., se chega continuamente a DEUS, pois o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua) pode receber graça para ser salvo ‘perfeitamente’. A intercessão de CRISTO como nosso sumo sacerdote é essencial para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça e misericórdia e ajuda que nos são outorgadas através daquela intercessão, nos afastaríamos de DEUS, voltando a ser escravos do pecado e ao domínio de satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa esperança é aproximar-nos de DEUS por meio de CRISTO, pela fé (ver 1 Pe 1.5).”
1. Uma tipologia especial. Melquisedeque era rei e ao mesmo tempo sacerdote (Gn 14.18). Na Epístola aos Hebreus no capítulo 5.5-10, o autor destaca os ofícios de JESUS como sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, o que o faz superior a Arão e todos os sacerdotes levíticos. A Bíblia registra que Melquisedeque não tem genealogia ou família (Hb 7.1-3).
2. CRISTO, um rei perfeito em justiça. Melquisedeque é chamado “rei de justiça” porque ele exercia justiça. JESUS, o Messias, é o rei justo num sentido único (Jr 23.6; 33.16; Ap 19.11; Sl 110). 
3. CRISTO, um sacerdote eterno. Ler com reflexão Hebreus 5.6; 7.1-3). O sacerdócio de CRISTO, do qual o de Melquisedeque era tipo, é eterno e imutável (Hb 5.6). Está escrito que Ele vive (isto é, que Ele ressuscitou) para interceder pela sua igreja (Hb 4.14-16).Qual o papel de CRISTO?
 1. “Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo”. Não obstante estar CRISTO assentado à destra de DEUS, e tendo concluído sua obra, quando do seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois entrou no SANTO dos Santos.
 2. O que CRISTO faz nos céus. Abrindo um pouco o véu da eternidade, a Bíblia revela-nos algo sobre o trabalho de CRISTO nos céus. De lá, Ele controla todas as coisas, tanto as que estão nos céus, quanto as que estão na terra, no universo, enfim. Ele está assentado “à destra da majestade”, “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (1.3). É muita coisa!
 Em relação a nós, diz a Bíblia, que “ele está à direita de DEUS, e também intercede por nós” (Rm 8.34b). Há milhões de crentes, orando todos os dias, em todos os lugares, em todas as mais de 6.900 línguas conhecidas, e JESUS está ouvindo essas orações na maioria delas, e intercedendo por nós. Glória a DEUS! JESUS contempla todos os seus servos e trabalha em favor deles. (Leia Is 64.4.)
 3. Constituído por DEUS (vv.2-4). JESUS, como Sumo Sacerdote constituído por DEUS, no céu, exerce seu trabalho no verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor, e não pelo homem. O antigo tabernáculo, montado no deserto, deixou de existir. Sua exuberante glória desapareceu. Salomão construiu o majestoso templo, que substituiu o tabernáculo (2 Cr 7.1,11). Mais tarde, esse templo foi destruído e substituído por outro, que também desapareceu. Mas o tabernáculo celeste, no qual CRISTO está, é eterno e indestrutível. 
 
RESUUMO
A) QUEM ERA MELQUISEDEQUE - A Bíblia não provê detalhes sobre a pessoa de Melquisedeque; daí haver muitas especulações a seu respeito. 
1. Era rei de Salém. 
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho...” (Gn 14.18a; Hb 7.1); “e este era sacerdote do DEUS Altíssimo” (Gn 14.18). Esta é a primeira referência bíblica a Melquisedeque. Ele aparece nas páginas do Antigo Testamento, quando foi ao encontro de Abrão, após este haver derrotado Quedorlaormer, rei de Elão, e seus aliados. Salém veio a ser Jerusalém após a ocupação da terra prometida por DEUS a Abrão e seus descendentes (Gn 14.18; Js 18.28; Jz 19.10). Rei de Salém que dizer “rei de paz” (v.2b). 
2. Era sacerdote do DEUS Altíssimo. 
“...e este era sacerdote do DEUS Altíssimo” (Gn 14.18b; Hb 7.1). As funções de rei e sacerdote conferiam-lhe grande dignidade perante os que o conheciam. Estas duas funções são relembradas em Hb 7.1: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo...”. 
3. Era de uma ordem sacerdotal diferente. 
Estudiosos da Bíblia supõem que Melquisedeque pertencia a uma dinastia de reis-sacerdotes, que tiveram conhecimento do DEUS Altíssimo pela tradição oral inspirada, transmitida desde o princípio, quando a religião era única e monoteísta e que conservava a esperança do Redentor da raça humana, conforme Gn 3.15. Ele não pertencia à linhagem sacerdotal arônica, proveniente da tribo de Levi. 
4. Recebeu dízimos de Abrão (Hb 7.2). I
sto nos mostra que a instituição do dízimo remontava ao período bem anterior à Lei. Esse fato indica “quão grande” era Melquisedeque (v.4). Ele abençoou Abrão, como detentor das promessas (vv.5,6). 
5. Era rei de justiça (v.2). 
Como um tipo de CRISTO, Melquisedeque tinha as qualidades de um rei justo e fiel. 
6. Sem genealogia (v.3). 
O texto afirma ter sido Melquisedeque “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida...”. O que o sacro escritor quer dizer é que não ficou registrada sua ascendência e sua descendência, bem como os dados referentes a sua morte. Pelo contexto, entende-se que ele era um homem com características especiais diante de DEUS. 
 B) A MUDANÇA DO SACERDÓCIO E DA LEI
1. O novo e perfeito sacerdócio (v.11b). 
O sacerdócio levítico era imperfeito (v.11a). Nele, os sacrifícios, as ofertas, o culto e a liturgia, eram apenas sombra do verdadeiro sacerdócio, que veio por CRISTO. O sacerdócio de CRISTO, não da ordem de Arão ou de Levi, mas “segundo a ordem de Melquisedeque”, trouxe a perfeição no relacionamento do homem com DEUS. O primeiro sacerdócio, com suas imperfeições, não era capaz de salvar, mas CRISTO como Sumo Sacerdote, mediante o seu próprio sangue deu-nos acesso a DEUS, garantindo-nos a salvação plena. 
2. Mudança de lei (v.12). “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”. Com CRISTO, de fato, houve uma mudança não só do sacerdócio, mas também da lei. Antes, era a lei da justiça, a lei das obras. Com CRISTO, veio a lei da graça, a lei do amor. 
3. A lei era ineficaz. 
“O precedente mandamento”, ou seja, a antiga lei, foi “ab-rogado por causa de sua fraqueza e inutilidade” (v.18). Ab-rogar quer dizer anular, cessar, perder o efeito, revogar. Foi o que aconteceu quando CRISTO trouxe o evangelho, ab-rogando a antiga lei, a Antiga Aliança. 
C) O SACERDÓCIO PERPÉTUO E PERFEITO DE CRISTO
1. JESUS trouxe salvação perfeita (v.25). 
Os sacerdotes do antigo pacto pereceram (v.23). O sacerdócio arônico foi constituído por centenas de sacerdotes, que se sucediam constantemente, visto que “pela morte foram impedidos de permanecer”. Os sacerdotes arônicos apenas intercediam pelos homens a DEUS, mas não os salvavam. JESUS, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós, como nos assegurou uma perfeita salvação por seu intermédio (v.25; Rm 8.34). JESUS garante salvação plena (Jo 5.24), sem depender de um suposto purgatório ou de uma hipotética reencarnação. 
2. JESUS, sacerdote perfeito (v.26). 
A Palavra de DEUS indica aqui as qualificações de CRISTO, que o diferenciam de qualquer sacerdote do antigo pacto. “Porque nos convinha tal sumo sacerdote”: 
a) SANTO. 
O sacerdote do Antigo Testamento teria que ser santo, separado, consagrado. Até suas vestes eram santas (Êx 28.2,4; 29.29). Contudo, eram homens falhos, imperfeitos, sujeitos ao pecado. JESUS, nosso Sumo Sacerdote, era e é santo no sentido pleno da palavra. 
b) Inocente. 
Porque nunca pecou, JESUS não tinha qualquer culpa. Ele desafiava seus adversários a acusá-lo (Jo 8.46). 
c) Imaculado. 
O cordeiro, na antiga Lei, tinha que ser sem mancha (Lv 9.3; 23.12; Nm 6.14). JESUS, como o “Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), não tinha qualquer mancha moral ou espiritual. 
d) Separado dos pecadores. 
JESUS viveu entre os homens, comeu com eles, inclusive na casa de pessoa de baixa reputação, como Zaqueu, mas foi “separado dos pecadores”. Ele não se misturou, nem se deixou influenciar pelo comportamento dos homens maus. 
e) Feito mais sublime do que os céus. T
al expressão fala da exaltação de CRISTO, como dele está predito na Bíblia: “Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a DEUS” (Rm 14.11). 
f) Ofereceu-se a si mesmo, uma só vez (v.27). 
Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento necessitavam de oferecer sacrifícios, muitas vezes, primeiro por eles próprios e, depois, pelo povo. Mas JESUS, por ser imaculado, sem pecado, não precisou fazer isso por si. Tão-somente ofereceu-se num sacrifício perfeito, uma vez, pelos pecadores.
 
CONCLUSÃO - Na verdade, o ministério sacerdotal de CRISTO, Ele o exerce em parte através dos seus santos. A Igreja verdadeira é uma geração real e sacerdotal em meio de uma geração corrompida (1 Pe 2.9; Ap 1.6).
Somos representantes de CRISTO, na terra. Portanto exerçamos nosso sacerdócio de maneira tal a não comprometermos o reto caminho para DEUS, nem fechando demais a porta e nem enlarguecendo-a, pois
a porta é JESUS e ELE não se molda aos costumes mundanos, antes os condena. Hb 7.26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus.
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
14:1-24. A guerra dos reis, e o encontro com Melquisedeque.
Pela primeira vez, os fatos bíblicos se coordenam expressamente com a história externa. Mas o centro de gravidade continua o mesmo, e se vê Abrão “ no” mundo mas não ” do” mundo; pronto para lutar por uma causa justa como bom parente (v. 14) e bom aliado (13, 24), mas vigilante quanto à sua vocação (20-24). É uma instrutiva seqüência ao cap. 13, com a vantajosa parte de Ló rapidamente perdida, mas os escassos recursos de Abrão são eficientes e sua estrutura moral se eleva ainda mais. O capítulo tem características próprias e marcas de grande antiguidade.
1-12. A derrota de Sodoma e a captura de Ló. 
O curso dos acontecimentos segue o padrão, muitas vezes repetido no Velho Testamento, de um grupo de diminutos estados desafiando o seu soberano e incorrendo logo em punição.
Os nomes soam com tom de veracidade com relação aos seus vários países, mas todas as tentativas feitas para identificá-los com maior precisão têm fracassado. Anrafel, nome semita, não é claro equivalente verbal de Hamurabi, como se pensava outrora. O nome Ario - que é hurriano, ou horeu, Quedorlaomer segue o paradigma dos nomes elamitas, e “ Tidal” é mui certamente Tudhalia, nome adotado por vários reis heteus; mas quatro contemporâneos que tinham estes nomes não puderam ser identificados ainda.
Das cinco cidades rebeldes, somente a última escaparia da catástrofe do capítulo 19. Os dois primeiros nomes reais são, e com muita propriedade (talvez mudando a sua ordem), compostos de “ mal” e “ mau” .
Preservando o nome e a descrição de um vale daí por diante submerso (como parece) no Mar Morto, o registro dá fascinante evidência de sua antiguidade.
5-7. A minuciosa digressão feita para narrar a ação movida contra estas tribos fronteiriças (cf. Dt 2:10-12,20) sugere enfaticamente que estamos lendo um extrato do registro da campanha dos vencedores, que tinham outras questões para resolver além das de Sodoma.
“ Ora o vale de Sidim era um poço de betume atrás do outro” . A região do Mar Morto é rica de minérios, e nos tempos romanos o mar era conhecido como Asphaltites, devido aos blocos de betume com freqüência vistos flutuando em sua superfície, principalmente na área sul. Esses blocos podem ser objetos deveras volumosos. 
Manre, Escol e Aner somente neste capítulo são revelados como nomes próprios ou, mais provavelmente, como nomes de clãs. Tinham feito uma “ aliança” 14 (AV, RV: confederados; RSV, AA: “ aliados” ) com Abrão mediante juramento, isto é, aliança de lealdade mútua. O v. 24 mostra que eles honraram o seu compromisso.
A palavra traduzida por homens dos mais capazes (AV: “ his trained servants” , “ seus servos treinados” ), hamkãw, que não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia, veio à luz nos textos execratórios egípcios do período em foco, indicando os membros das forças dos oficiais de comando, exatamente como nesta passagem.
15,16. O sucesso de Abrão, obtido com tão pequeno contingente, é visto com ceticismo por von Rad, por exemplo, que parece passar por alto não só os aliados de Abrão mas também a surpresa e a confusão que, num nível puramente natural, reforçariam um ataque noturno bem planejado (repartidos), possivelmente apenas contra um grupo de escolta na retaguarda das forças principais. E os recursos invisíveis de Abrão teriam sido inferiores aos de Gideão?
17-24. Abrão, Melquisedeque e o rei de Sodoma.
 Começa para Abrão a batalha mais dura, pois há profundo contraste entre os dois reis que vieram encontrar-se com ele. Melquisedeque, rei e sacerdote, nome e título expressando a esfera do direito e do bem (ver Hb 7:2), oferece-lhe, para celebração, algo singelo da parte de DEUS para satisfazê-lo, pronuncia uma bênção em termos gerais (frisando o Doador, não a dádiva), e aceita custoso tributo. Isso tudo só tem sentido para a fé. Por outro lado, o rei de Sodoma faz uma bela oferta em termos comerciais. Sua única desvantagem também só é perceptível à fé. A esses benfeitores rivais, Abrão expressa o seu Sim e o seu Não, negando-se a comprometer a sua vocação.
Tal clímax mostra o que de fato estava em jogo neste capítulo de acontecimentos internacionais. A luta dos reis, as longas fileiras dos exércitos e os despojos de uma cidade constituem a pequena guinada no rumo da narrativa; o ponto crucial é a fé ou a falácia de um homem.
Da distância em que nos encontramos, podemos ver que este julgamento nada tem de artificial. Maior é a dependência disto do que da mais retumbante vitória ou do destino de qualquer reino.
Derrota (RSV) é tradução mais precisa do que massacre (AV, RV). Literalmente é “ o ferimento” (ver AA: “ ferir” ). O vale de Savé (c/. 2 Sm 18:18), evidentemente bem próximo de Jerusalém, foi o cenário, não da batalha, mas do encontro que está para ser descrito.
18,19. Salém é Jerusalém; sobre esse nome, “ paz” , e o de Melquisedeque, rei de justiça, ver Hb 7:2. A união do rei e o sacerdote em Jerusalém haveria de levar Davi (o primeiro israelita a sentar-se no trono de Melquisedeque) a entoar cânticos sobre um "Melquisedeque" mais grandioso que havia de vir (SI 110:4).
DEUS Altíssimo Çèl ‘elyôn). O que quer que esse título significasse para os predecessores e sucessores de Melquisedeque,para ele significava o verdadeiro DEUS, em certa medida auto-revelado, como suas palavras subsequentes mostram. Em todo caso, o dizimo de Abrão (c/. Hb 7:4-10) e a junção que fez o nome Yahweh (Senhor, 22) com a expressão usada por Melquisedeque, DEUS Altíssimo, decidem a questão. Este título é empregado freqüentemente nos Salmos.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
 
Comparação do Sacerdócio de CRISTO com o de Arão - Extraído do livro Depois do Sacrifício,
de  Walter A. Henrichsen, Editora Vida, 1985, pág. 54.
QualificaçõesArãoCRISTO
Escolhido dentre os homens (5.1)Da tribo de LeviEncarnado
Oferece pelos pecados (5.1)Muitos sacrifícios (5.1)Perfeito sacrifício (5.9)
Condói-se dos pecadores (5.2)Era pecador (5.3)Capaz de salvar (5.9)
Chamado por DEUS (5.4)Da linhagem de Arão (5.4)Segundo a ordem de Melquisedeque (5.10)
 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
 Bíblia Amplificada
 Bíblia Católica Edições Ave-Maria
 Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell
 Bíblia de Estudo Aplicação pessoal - CPAD
 Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:Sociedade Bíblica do Brasil, 2006
 Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
 Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
 BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
 Biblia NVI
 Bíblia Reina Valera
 Bíblia SWord
 Biblia Thompson
 Bíblia VIVA
 Bíblia Vivir
 Bíblias e comentários e dicionários diversas da Bíblia The Word
 Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001,
 Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
 Comentário Bíblico - John Macarthur
 Comentario Biblico Moody
 Comentário Bíblico Wesleyano
 Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge"
 CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
 Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
 Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
 Dicionário Strong Hebraico e Grego
 Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD
 Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
 Enciclopédia Ilúmina
 Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 Gênesis - Comentário Adam Clarke
 GÊNESIS - Introdução e Co<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PL9TsOz8buX1_f7FmZsPzc4z0CgcbOvKDj" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> 
mentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
 Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
 Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
 Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
 Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
 Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes
 Revistas antigas - CPAD
 Série Cultura Bíblica - Vários autores - Vida Nova
 Tesouro de Conhecimentos Biblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro:Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
 VÍDEOS da EBD na TV, da LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm -- www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
 Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - W. W. Wiersbe Expositivo