Lição 5 - Dons de Elocução

  Lição 5 - Dons de Elocução 
  LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm  
 
     
 
TEXTO ÁUREO “Se alguém falar, fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o poder que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS CRISTO, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!” (1 Pe 4.11)  
 
   
 
 VERDADE PRÁTICA Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de CRISTO.
 
     
 
Leitura Diária Segunda - Jo 17.17 A Palavra de DEUS é a verdade Terça - 1 Tm 4.14 Não despreze o dom de DEUS Quarta - 1 Co 14.3 Os objetivos do dom de profecia Quinta - 1 Co 14.32 Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons Sexta - 1 Co 14.22-25 Sinais para os fiéis e para os infiéis Sábado - 1 Co 12.31 Buscar os dons com zelo   LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 Coríntios 12.7,10-12,- 14.26 32 I Coríntios 12.7 - Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é CRISTO também. 1 Coríntios 14.26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. 28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS. 29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. 32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.   OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Analisar biblicamente o dom de profecia. Compreender o dom de variedade de línguas. Valorizar o dom de interpretação de línguas.   PALAVRA-CHAVE - Elocução: Ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras.   Comentários meus, com base na vida prática de dois grandes avivamentos ocorridos entre 1992 e 1995, em Imperatriz - MA, nas congregações Monte Tabor e Monte Hermom, da Igreja Evangélica Assembleia de DEUS, dos quais participei ativamente dos dois - Ev. Henrique - Atualmente muitos dons têm operado através da igreja de Imperatriz devido a um culto realizado às quartas-feiras, em todas as 160 congregações e também na quinta-feira, no templo central, denominado culto de adoração. Em sua igreja existe oportunidade para que O ESPÍRITO SANTO se manifeste? Oram por doentes e enfermos? Expulsam demônios? Profetizam? Oram por batismos no ESPÍRITO SANTO toda semana? Paulo nos orienta: "Desejai ardentemente os dons"(1 Co 12.31; 14.1). "Procurai abundar nos dons" (1 Co 14.12). "Não proibais falar em línguas" (1 Co 14.39). "Não desprezeis as profecias'. O grupo que contém os últimos três dons é o de Dons de Elocução, também chamados de Dons de Inspiração, pois os crentes são inspirados pelo ESPÍRITO SANTO a dizerem alguma coisa numa ação sobrenatural. Também podem ser chamados de Dons da fala. São eles: 1- Dom de profecia, 2- Dom de Línguas, ou Variedade de línguas e o 3- Dom de interpretação de Línguas. A função primária deles é a edificação da Igreja, ou seja, fazer com que a Igreja cresça na graça e no conhecimento de CRISTO como único Salvador e Senhor. (1 Co 14.3). O dom de Profetizar é para edificar, consolar e exortar. O dom de Variedade de Línguas é para edificação própria e para edificação da Igreja, quando há interpretação, quando não há interpretação, as línguas servirão apenas para aquele que as fala ser edificado. O dom de Interpretação é para fazer com que as línguas sirvam para edificação da Igreja e também para o crente ao orar em línguas receba revelação ou mensagens diretamente do ESPÍRITO SANTO que lhe falará através das línguas e lhe dará entendimento. Todos podem e devem ter os dons do ESPÍRITO SANTO, devem desejá-los ardentemente, mas principalmente o de profetizar, pois esse dom edifica a igreja e é uma grande arma na evangelização.   I - DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de profecia? Pelo que entendemos o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens sobrenaturais, inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, podendo ser em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, ou numa língua desconhecida para quem fala e conhecida para quem ouve (caso de línguas mais interpretação), objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Os dons, inclusive o de profetizar, são movidos em nós pelo amor, a mais essencial virtude do fruto do ESPÍRITO, implantado em nós, quando nos convertemos a CRISTO (1 Co 13.2). Para que o crente seja usado nesse dom deve primeiro desejar o bem da pessoa que vai receber a profecia, pois é com esse intuito que DEUS nos usa. O Apóstolo Paulo nos exorta a não desprezarmos as profecias (1 Ts 5.20), por isso as mesmas devem passar pelo crivo das escrituras, sendo julgadas pela igreja antes de serem aceitas integralmente, pois as mensagens vêm perfeitas da parte do ESPÍRITO SANTO, mas passam pelo instrumento que é o crente. Como as profecias e as interpretações de línguas podem ser transmitidas parcialmente, integralmente ou acrescentadas pelos que as transmitem, pode haver mudança de entendimento por parte daqueles que as recebem devido a uma mudança de sentido feita pelo que foi instrumento do ESPÍRITO SANTO para a transmitir (1 Co 14.29-33; 1 Ts 5.20). Assim, quem é instrumento usado nesse dom deve evitar interpretar a mensagem recebida à sua maneira ou de maneira que o ouvinte deseja ouvir, mas entregar somente o que recebeu. Infelizmente acontece muito desse dom ser exercido fora da igreja local, sendo por isso mesmo usado de maneira errônea devido à falta de julgamento da veracidade das mensagens ai transmitidas. Alguns por dinheiro ou por fama transmitem mensagens que somente agradam aos ouvintes ou trazem mensagens de terror aos incautos que se guiam por essas mensagens. O Dom de Discernimento é muito importante nesses casos, revelando se tais mensagens vêm do que fala, ou do Diabo, ou de DEUS. "Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" 1 Coríntios 13:9 As profecias vêm para edificação, exortação e consolação (1 Co 14:3). Línguas + Interpretação = Profecia (1 Co 14:27,13).  Não devemos confundir Profeta com aquele que profetiza, pois Profeta é ministério dado por CRISTO (Ef 4.11), profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO, é dom do Mesmo. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer ou revela coisas que estão acontecendo ou aconteceram em outra parte, profecia não prediz nada. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas pouquíssimos são escolhidos para serem profetas.    Profeta Ágabo: At 21 8 Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. 9 Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam (Dom do ESPÍRITO SANTO). 10 Demorando-nos ali por muitos dias, desceu da Judéia um profeta, de nome Ágabo (Ministério dado por CRISTO a Igreja); 11 e vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.    2. A relevância do dom de profecia. “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19). Se esse dom não fosse importante para a Igreja certamente Paulo não diria o que disse em 1 Co 14.1 "(1 Co 14.1 "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar". Para que não haja desordem no culto, ou seja, quando houver num mesmo culto vários irmãos que profetizam e todos eles desejam trazer uma mensagem da parte de DEUS à igreja, Paulo orienta então que haja no máximo, durante um mesmo culto, dois ou três irmãos que profetizem, sendo que um deve esperar pelo outro, assim um profetiza, depois outro e depois outro (1 Co 14.29-31). Essas profecias deveriam ser julgadas de acordo com a Palavra de DEUS, de acordo com a santidade e honestidade daqueles que as transmitiam e pela sua veracidade comprovada pelos que as receberam (1 Co 14.29). Por que as profecias devem ser julgadas? Por que podem vir de três fontes distintas: DEUS, o homem ou o Diabo. Exemplo: Pode alguém chegar na igreja e dizer que a doença que um membro tem é para que ele não se desvie do evangelho - isso, com certeza, é uma mensagem satânica, pois JESUS já levou nossas doenças e enfermidades na cruz, ELE não vai devolver isso para nós. Pode alguém, na igreja, dizer sobe a briga de um casal e sua separação sendo que ela já tenha ouvido de uma vizinha esse fato ocorrido e está tentando se passar por alguém usado em profecia, trazendo uma mensagem que não é nem do diabo e nem de DEUS. Graças a DEUS, pode também alguém trazer mensagens da parte de DEUS para edificação, exortação ou consolação. Não desprezeis as profecias. 1 Tessalonicenses 5:20 - A igreja tem perdido muito pela falta das profecias que foram praticamente banidas da igreja por falta de quem as julgue, por falta de líderes experientes nos dons. O apóstolo Paulo dava muito valor às profecias - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. (1 Timóteo 4:14) Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia; (1 Timóteo 1:18) - As profecias são ótimas ferramentas na evangelização. - De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22.   3. Propósitos da profecia. Os principais propósitos da profecia são a edificação da Igreja e a evangelização. A Igreja não pode ser guiada pelas profecias, mas deve ouvir as profecias e julgá-las para que haja uma sábia direção de DEUS em auxílio à obra de DEUS e uma união por parte dos membros da Igreja. A igreja que ouve e julga as profecias é mais propensa a evitar e combater o pecado entre seus membros. Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado (Provérbios 29:18). Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é julgado; 1 Coríntios 14:24 - Esta declaração de Paulo nos leva a crer que as profecias são excelentes ferramentas para evangelização, pois os segredos do coração das pessoas são revelados provocando neles a certeza de que DEUS está entre nós. "os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós" - 1 Coríntios 14:25.
os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós.

1 Coríntios 14:25
  II - VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de variedades de línguas? O dom de Línguas ou de Variedade de Línguas como o nome mesmo diz, são línguas inspiradas sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO para que, através das mesmas possamos ser edificados, para que possamos transmitir mensagens de DEUS aos homens e para que adoremos e glorifiquemos a DEUS. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Ora, quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5 (Grifo nosso). Observação importante - Todo crente batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas e pode e deve falar nessa língua a vida toda, principalmente para orar pela sua própria edificação, mas nem todos que são batizados e falam em línguas todos os dias possuem o Dom de Línguas. A língua que falamos ao ser batizados é para nosso uso próprio e nos acompanha em toda nossa jornada de fé aqui na Terra, só findando quando formos arrebatados ou morrermos. ...falam todos em línguas (têm todos o dom de línguas - grifo nosso)? interpretam todos? 1 Coríntios 12:30b. As línguas foram profetizadas por Isaias e trazem refrigério àqueles que as falam. - Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir. Isaías 28:11-12 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.

Isaías 28:11-12   Todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO podem falar em línguas espirituais, podem oram em línguas, podem ser edificados quando oram em línguas, podem intercalar sua pregações falando em línguas, podem cantar em línguas e até profetizar em línguas, porém nem todos recebem o Dom de Variedade de Línguas.   Quem tem o Dom de Línguas pode falar 4 tipos de línguas diferentes: 1-Línguas do batismo (para edificação própria - o crente pode falar nela a vida toda) 2- Língua para falar com estrangeiro - Língua conhecida pelo ouvinte e não pelo que a fala. Exemplo maior em Atos 2, onde os apóstolos falaram na língua dos estrangeiros. 3- Língua para Intercessão - Não são palavras expressadas, mas gemidos de intercessão (Rm 8; ). 4- Línguas para serem interpretadas - Podem ser interpretadas pelo mesmo que as fala ou por outrem. Quem ora em línguas deve orar para poder interpretá-las. Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13)   2. Qual é a finalidade do dom de Variedade de Línguas? As línguas são úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração"  (Efés. 5:19, Colos. 3:16). Todo crente deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida aqui na Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em línguas) Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o que está falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha espiritual. ORAR BEM - Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1 Coríntios 14:14a) O apóstolo Paulo dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de línguas ao coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos. 1 Coríntios 14:18. Na igreja devemos evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida por todos. Paulo diz que enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara que todos ouçam e para que todos sejam edificados. Não se deve proibir falar em línguas, mas educar aqueles que falam - Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. 1 Coríntios 14:39   De DEUS = Mensagem de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa que tem três fins: 1- Edificação = Fazer com que siga fazendo a Obra de DEUS. 2- Exortação = Fazer com que desperte e anime para fazer a Obra de DEUS. 3- Consolação = Fazer com que a tristeza não abata a pessoa, porque DEUS está presente e assistindo e ajudando em tudo. O dom de profecia não tem elemento preditivo, ou seja, não tem a função de dizer o futuro.   3. Atualidade do dom. Aqueles que dizem que as línguas eram manifestações do ESPÍRITO SANTO somente para a época dos primeiros apóstolos devem assumir uma posição firme sobre isto (os Cessacionistas), pois estão afirmando que toda nossa geração está sendo usada por demônios ou usando de falsidade quando falamos em línguas. Com certeza sabemos que eles estão equivocados, pois essas manifestações do ESPÍRITO SANTO eram comuns até mesmo entre os pais dessas denominações tradicionais que negam a atualidade dos dons do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente posso afirmar que estão debaixo da ação de demônios que os cegam. São claras a manifestações do ESPÍRITO SANTO em nossos dias, basta ligar um aparelho de TV ou acessar a internet ou visitar qualquer igreja pentecostal. Se o apóstolo Paulo diz que os dons são de utilidade para a Igreja, quem somos nós para dizermos em contrário?   Exemplo de dom de línguas no Novo Testamento - Atos 2.3, 4, 8 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 8 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (grifo nosso). Exemplo no Antigo Testamento - "Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números 11:26 Segundo alguns eruditos em Hebraico o significado de "profetizavam" aqui neste texto pode ser "falaram em línguas desconhecidas". Veja também Daniel 5:25-28 - Daniel leu uma mensagem escrita na parede do palácio.   III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 1. Definição do dom. É a capacitação sobrenatural dada pelo ESPÍRITO SANTO ao crente para que possa entender uma mensagem dada em línguas espirituais (línguas estranhas). Pode ser dado ao mesmo que fala em Línguas para serem interpretadas ou a outro que irá interpretá-las - Não é tradução, mas interpretação. O crente ouve a palavra em línguas e as interpreta sobrenaturalmente, por uma capacitação do ESPÍRITO SANTO. Em parte entendemos e em parte profetizamos (1 Co 13.9). Esse dom deve ser buscado por todos os crentes que têm o dom de línguas, segundo Paulo (Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios 14:13). “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS” (1 Co 14.27,28). "Falar língua estranha" aqui significa falar em línguas para serem interpretadas. "Faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez" significa que aqueles que estão falando e sendo interpretados (ou eles mesmos interpretam), devem falar até serem interpretados, parando a interpretação devem falar bem baixinho a partir dai e deixar que o ESPÍRITO SANTO use outro crente para falar e ser interpretado até que não haja mais interpretação e ai começará outro a falar e ser interpretado até que cesse a interpretação. Pronto, Paulo diz que num mesmo culto ou reunião não devam falar e serem interpretados mais do que três crentes e sempre um depois do outro. "Haja intérprete" Presume-se que os crentes só falarão línguas em alta voz na igreja se houverem intérpretes ou ele mesmo as interpretar. é evidente que existem os momentos em que todos se alegram num culto legitimamente pentecostal e nesse momento todos ou quase todos falam em línguas ao mesmo tempo como louvor e adoração a DEUS (falavam em línguas e glorificavam a DEUS - Atos 10.46). Por que não podemos ficar falando alto em línguas sem interpretação, durante os cultos? Porque ninguém o entenderá e não produzirá nem almas para DEUS e nem edificação para a igreja. Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2. Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? 1 Coríntios 14:23
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente entre vós.

1 Coríntios 14:24-25
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente entre vós.

1 Coríntios 14:24-25
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado

1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado

1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado 1 Coríntios 14:23-24.   2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? São semelhantes e até um pode substituir o outro. A diferença maior é que no dom de profecia a mensagem sobrenatural do ESPÍRITO SANTO é dada na língua do ouvinte enquanto que nano dom de línguas é dada a mensagem do ESPÍRITO SANTO em línguas desconhecidas para o que fala e para o que houve, havendo necessidade de um interprete para que a mensagem seja válida para a pessoa a quem foi direcionada a ouça e entenda. Estevam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que “não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas para serem interpretadas, ao passo que a profecia não depende de outro dom para produzir a edificação de alguém”.   Exemplo de interpretação no Antigo Testamento:
Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.

Daniel 5:25-28
- Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas. Daniel 5:25-28. Daniel leu aquela língua desconhecida e a interpretou (veja que é interpretação, não é tradução - uma palavra pode significar muita coisa).   CONSIDERAÇÕES FINAIS:   1 Dons, só depois do batismo com o Espírito Santo.(vaso vazio não transborda) 2 O senhorio é de Cristo (cabeça do corpo) 3 Para glorificação de Deus (o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS) 4 Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante (santificação) 5 Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS (nada de orgulho). 6 Todos os dons são para os outros só um para nós, linguagem de oração. (língua em que fomos batizados para orarmos em línguas) 7 Dom de Variedade de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem. (Língua do batismo é para oração - deve ser falada todo dia) Fim dos meus comentários - Ev. Luiz Henrique.   Resumo da Lição 5 - Dons de Elocução I - DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de profecia? 2. A relevância do dom de profecia. 3. Propósitos da profecia. II - VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de variedades de línguas? 2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? 3. Atualidade do dom. III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 1. Definição do dom. 2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?   SINOPSE DO TÓPICO (1) - O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3). SINOPSE DO TÓPICO (2) - O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12. SINOPSE DO TÓPICO (3) - O dom de interpretação de línguas é imprescindível para que todos sejam edificados.   Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.38. Estudaremos nesta lição os dos dons de elocução. Neste grupo estão relacionados o dom de profecia, variedade de línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.10). O dom de profecia - Em 1 Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de profecia. O apóstolo incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê? Seria este dom superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a edificação do Corpo de CRISTO, pois o dom de profecia tem como propósitos a edificação, a exortação e consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir este dom? Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia "é aquele dom especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de DEUS à sua igreja" (ou à alguém- acréscimo nosso) . Ao conceder o dom da profecia, DEUS não faz distinção entre homem e mulher. Felipe, o evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9). Variedade de línguas (1Co 12.10) - O dom de variedade de línguas é diferente das línguas estranhas como evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO. Segundo a Bíblia, as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1 Co 14.22). Quem possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes dizendo que eles estavam "falando ao ar" (1 Co 14.9), pois ninguém era edificado. As línguas estranhas continuam sendo um sinal divino para a igreja atual e não deve ser desprezado, todavia quem já possui este dom deve buscar interpretar as línguas. Interpretação de línguas - É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo ESPÍRITO SANTO, que torna o crente capaz de interpretar, na sua própria língua, aquilo que foi dito pelo crente em línguas estranhas (ou por ele mesmo - acréscimo nosso). Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao uso deste dom (1Co 14.27,28). Se não há interprete a vontade de DEUS não é revelada e a igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de interpretação complementa o dom de profecia ou a substitui. Os dons de poder são para os crentes atuais. Os dons são atuais, contemporâneos, úteis e necessários".   COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO Se o homem, e, muito mais, o crente, não zelar pela comunhão com DEUS, o pecado destrói a comunicação com o Senhor. Mas, no seio da igreja cristã, DEUS comunica-se com seus servos, através da leitura da Bíblia; através de seus mensageiros, pregadores, ensinadores e líderes, visando sua edificação. De modo sobrenatural, o Senhor usa pessoas, com os dons especiais de expressão verbal, ou de elocução, para transmitir sua vontade, orientações, exortações e direção divina. Pelo dom de profecia, DEUS supre aquilo que a mensagem costumeira não consegue alcançar. Quantas vezes, no meio da congregação, um servo ou uma serva de DEUS, que tem esse dom, levanta-se e entrega uma mensagem de exortação, de alerta, ou de edificação para toda a comunidade presente. Via de regra, a profecia autêntica provoca alegria e glorificação a DEUS. Em outras ocasiões, o dom de variedade de línguas é usado por DEUS, com interpretação, para confortar a igreja ou, equivalendo a uma profecia (com interpretação), consolar ou edificar o seu povo. Infelizmente, nos tempos presentes, percebe-se que muitas igrejas, ditas pentecostais, substituíram a adoração viva e cheia da presença do ESPÍRITO SANTO, por um tipo de liturgia social, em que palmas e danças tomam o lugar da glorificação a DEUS. Os dons espirituais são esquecidos, ou nunca procurados. Vemos que a adoração a DEUS, em glórias, aleluias e em línguas estranhas, é muito mais eloquente para a adoração individual e coletiva. E, quando o dom de variedade de línguas é praticado, com interpretação, é de grande valor para a igreja. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 53-54. «.. .edificando...» No original grego, essa palavra era usada para indicar a ereção literal de edifícios, conforme se vê em Mat. 2:41 e Marc. 13:1,2. Porém, também era usada metaforicamente, no sentido de edificação espiritual, como um meio de desenvolvimento espiritual. (Ver também I Cor. 8:1, onde essa palavra é explanada. E outras referências onde essa palavra reaparece são I Cor. 10:23; 14:4,17; Rom. 15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício qualquer é levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo contínuo de edificação e aprimoramento, assim também se dá no caso da alma humana, ou mesmo da comunidade de almas remidas. Torna-se necessário um desenvolvimento gradual; porquanto nenhum crente se aperfeiçoa imediatamente, e nem de maneira fácil. A profecia é o dom espiritual que mais contribui para o nosso desenvolvimento em CRISTO, para nossa transformação moral em CRISTO, para nossa transformação metafísica à imagem de JESUS CRISTO. Por essa razão é que o dom profético se reveste de tanta importância. De fato, de alguma maneira, todos os dons espirituais visam exatamente esse propósito, o desenvolvimento espiritual do crente, segundo a imagem moral e metafísica de CRISTO, conforme aprendemos em I Cor. 12:7. «.. .exortando...» No sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é direito, e não para que se faça o que é mal. Essa palavra pode significar «exortação» (ver Fil. 2:1), «consolo» (ver II Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II Cor. 8:4), ou mesmo a combinação de exortação e consolo, que também é «encorajamento» (ver Heb. 6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para que se faça o que é correto e próprio. A maioria dos intérpretes entende que aqui se deve compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento». Assim sendo, mediante o dom da profecia, o indivíduo pode ser encorajado, exortado, consolado, sujeito a uma súplica, porquanto compreende o que se diz; e aquilo que ouve tem a energia do poder do ESPÍRITO de DEUS. Sem o acompanhamento da interpretação, entretanto, o dom de línguas não pode conseguir tal efeito; por conseguinte, as línguas formam um dom inferior ao da profecia. «...consolando...» No original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado aqui, embora essas duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais dão a entender «consolo», embora a palavra que ora consideramos significa especificamente isso. Sua forma verbal, «paramutheomai», significa «animar», «encorajar», «consolar». Por conseguinte, sua forma nominal significa «encorajamento», «consolo». Há uma outra forma nominal dessa palavra que também significa «encorajamento», «consolo» ou «alívio». (Ver Sófocles, El. 129; Thu. 5, 103, 1; Epigr. Gre. 951,4; Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183; 7,392). Muitas são as aflições e as tristezas pelas quais devem passar todos os crentes. Pode-se observar facilmente, na experiência humana, que os crentes não são poupados, em qualquer sentido, da tristeza geral e das dores que afligem a humanidade em geral. No entanto, em CRISTO, mediante o dom da profecia, há alívio para tais sofrimentos. Ouvimos falar acerca da providência de DEUS, de seu amor e cuidado, de seu propósito, e a mente do crente é levada a compreender assim o propósito da agonia, bem como a esperança relativa ao futuro, quando toda a adversidade será finalmente eliminada, e quando a própria morte física (o pior dos males físicos) houver de ser tragada na vitória. Ora, o falar em línguas, sem a ajuda da interpretação, não pode realizar isso, não pode consolar, fortalecer, encorajar. Por isso é que o dom de línguas é inferior à profecia. Por esses motivos é que a profecia, no dizer de Findlay (in loc.), «...serve para melhor edificar a igreja cristã, para estimular a vontade dos crentes e para fortalecer o espírito cristão». «Edificação, ânimo, encorajamento, conforme a necessidade de cada um». (Shore, in loc.). CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 216. I - DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de profecia? Deve-se considerar que a profecia, bem como outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, é absolutamente necessária nos dias presentes. Concluir que os dons, os carismas, os milagres, sinais e prodígios, foram apenas para os dias dos apóstolos, é querer reduzir o poder e a ação do ESPÍRITO SANTO a uma matriz teológica, acadêmica e intelectualizada, que não se coaduna com as afirmações da Palavra de DEUS. 1. O QUE É DOM DE PROFECIA? O dom de profecia é um dom especial, em que seu portador transmite uma mensagem para a igreja ou para alguém, na inspiração do ESPÍRITO SANTO. Não pode ser uma mensagem humana, pessoal da parte do que a transmite, mas é falada numa linguagem humana. É necessário ter cuidado com as distorções que podem ocorrer na transmissão da mensagem profética, na igreja de hoje. Segundo Raymond Carlson, “A profecia, no Novo Testamento, que difere de uma pregação comum, é uma manifestação sobrenatural, dada para edificação, exortação e consolação. Através de 1 Coríntios 14.30, entendemos que o dom nos é dado por revelação através do ESPÍRITO”. A profecia não pode acrescentar nada à Bíblia. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 54-56. A profecia é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7. Ainda que nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrenatural, não devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de pregar o Evangelho.   O apóstolo Paulo adverte os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo enumera: a. Porque “o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação... O que profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.     “Edificação”, “exortação” e “consolação” são os três elementos básicos da profecia, são a razão de ser e de existir desse dom. É evidente que isto contraria a crença tão popular entre nós, de que o principal elemento da profecia é o preditivo (predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo quanto o  Novo Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas das quais já se cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão de cumprir. No entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo da profecia é relativamente o menor.   Observação minha - Ev. Henrique - O dom usado para predizer alguma coisa é a Palavra de Sabedoria, onde o atributo de DEUS ,onisciência, está sendo revelado a respeito do futuro. Quem é usado nesse dom é o Ministério Profeta e não o que tem dom de profecia, pois esse dom é para edificação, exortação e consolação e não para predizer alguma coisa. Os profetas recebiam muito da mensagem futurística e as escreviam, em sua maioria.       b. Porque ‘‘se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.     Há algo mais que precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o seu uso na Igreja hodiemamente:     Devido a possíveis abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está sujeito a análise e a consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo: “...falem dois ou três profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29. Paulo arremata suas advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”, 1 Co 14.37.   O dom de profecia não deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2 Tm 2.16), a fim de que a Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57. Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.   Pode-se aceitar que nenhuma «profecia» excederá aos limites da verdade revelada nos documentos básicos registrados na Bíblia; mas a profecia pode contribuir bastante para interpretar tais verdades, além de abordar necessidades específicas da igreja local, envolvendo questões de ensino, questões morais, que pessoas menos dotadas não saberiam resolver com sucesso. Considerando-se o dom profético sob esse prisma, esse é um dom altamente desejável na igreja cristã moderna. Um crente que é usado em profecia, pois, exerce um poder imediato maior, em uma igreja local, que um pastor comum. Por isso mesmo, o pastor que, ao mesmo tempo, é usado em profecias, é um extraordinário presente para a igreja. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 188.   O crente não deve desprezar as profecias (5.20). As mensagens apostólicas eram revelatórias. Atualmente, as mensagens são expositivas. O dom de profecias era o mais importante na Igreja primitiva (I Co 14.1). Paulo disse que a profecia fala aos homens edificando, exortando e consolando (ICo 14.3). Paulo ensina que a edificação, a exortação e o consolo que emanam da Palavra não devem ser desprezados na igreja. William Hendriksen lembra que o dom de profecia era como uma chama ardente. Essa chama não deveria ser apagada ou extinta! Assim, Paulo une os dois assuntos, como se estivesse dizendo; “Ao ESPÍRITO não apaguem; aos pronunciamentos proféticos não desprezem”. Isto porque ao desprezarem as profecias estavam rejeitando Aquele que é sua fonte, o ESPÍRITO SANTO. O mesmo escritor ainda esclarece; A razão para tal descrédito das palavras proféticas pode ser facilmente percebida. Onde quer que DEUS planta trigo, Satanás semeia o seu joio. Onde quer que DEUS estabeleça uma igreja, o diabo erige uma capela. E assim também, sempre que o ESPÍRITO SANTO capacita determinados homens para operarem curas milagrosas, o diabo semeia suas “maravilhas da mentira”. E sempre que o Paracleto coloca em cena um autêntico profeta, o enganador apresenta seu falso profeta. A mais fácil - não, porém, a mais sábia - reação a esse estado de coisas é o desprezo a toda profecia. Acrescente-se a isso o fato de que os fanáticos, os intrometidos e os ociosos de Tessalônica talvez não gostassem de alguns dos pronunciamentos dos legítimos profetas, o que nos fez entender prontamente porque entre alguns membros da congregação a proclamação profética caíra em descrédito. É preciso deixar claro que não existem hoje novas revelações de DEUS fora as registradas nas Escrituras. Como disse, Billy Graham, a Bíblia tem uma capa ulterior. Ainda mesmo que um anjo viesse do céu e pregasse alguma novidade fora da Bíblia deveria ser anátema. A revelação de DEUS está contida na Escritura. Ele fala pela Escritura. Por isso, devemos restaurar a supremacia da Palavra e a primazia da pregação na Igreja contemporânea. LOPES. Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de CRISTO. Editora Hagnos. pag. 149-150.   Não desprezeis as profecias (20) Examinai tudo (21; “discerni tudo”, BJ; “usem o bom senso a todo custo”, CH; “examinai tudo cuidadosamente”, NASB; “ponham à prova todas as coisas”, NVI; cf. BAB, BV, NTLH; “julgai todas as coisas”, RA). Estas últimas três exortações na passagem equilibram as primeiras duas. O julgamento cristão, o bom senso, o exame criterioso são ações imprescindíveis na vida da igreja. Isto também é o ESPÍRITO que dá (cf. 1 Co 14.29; 12.10, onde “discernir” é um dos dons). Erdman escreve: “Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra passagem, ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser exercidos em amor, que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação das pessoas e que as pessoas que são movidas pelo ESPÍRITO reconhecerão o senhorio de CRISTO e se empenharão em promover a sua glória”.41 Retende o bem (21). Quando o trigo e o joio forem separados, retenha o trigo. Quando descobrir a falsificação pelo som do metal genuíno, mantenha o que é de valor. Ninguém jamais ficou rico apenas descartando o que é espúrio. Esta é a ilusão do crítico destrutivo. Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 400.   I Tes 5.19 “Não apagueis o ESPÍRITO!” ESPÍRITO SANTO é fogo! Será que ainda estamos conscientes disso, nós que consideramos a sã doutrina como marca essencial da verdadeira igreja e temos tanta predileção pela sua temperatura amena? A instintiva e apaixonada aversão de Lutero contra todo “entusiasmo”, que tornou ainda mais difícil e negativo seu encontro com todo tipo de movimentos complicados na época da Reforma, fez da preocupação com “fanatismo” um traço fundamental das igrejas evangélicas. Sempre que há um fogo flamejando, tememos imediatamente o nefasto incêndio que ameaça o edifício da igreja. Por essa razão é típico para a histórica eclesiástica evangélica que os novos movimentos nela nunca foram saudados com alegria, mas sempre foram inicialmente alvos de suspeita e combate. “Apagar” fogo questionável aparece como uma das principais tarefas da direção da igreja e da teologia. Paulo, porém, adverte justamente de forma oposta: “Não apagueis o fogo do ESPÍRITO SANTO!” Logo já deve ter havido uma tendência nessa direção na jovem igreja – uma constatação surpreendente para nós. Talvez era essa a tendência naquela parcela da igreja, que via com preocupação a conduta inquieta e agitada dos “desordeiros”, aos quais a exortação de 1Ts 4.11 se dirigia em particular e contra os quais 2Ts investe de forma ainda mais incisiva. Nesse caso teríamos aqui de fato um paralelo com acontecimentos da época da Reforma. Mas então é particularmente digno de nota que justamente pessoas como Paulo e seus colaboradores não tirem aquelas conclusões temerosas que impregnaram nosso sangue, mas advertem aquele grupo crítico da igreja contra todas as tentativas de “apagar”! Também aqui Paulo foi novamente capaz de unir coisas aparentemente contraditórias: “Empenhai tudo para serdes tranquilos” e “Não apagueis o ESPÍRITO”. Nada pode ser mudado na natureza de fogo do ESPÍRITO, e o fogo procura e precisa queimar. Quando se ignora isso, obtém-se aquele “ESPÍRITO SANTO” cuja existência é apenas postulada dogmaticamente, mas não mais experimentada pela igreja de forma viva e irrefutável. Aquele efeito e dom do ESPÍRITO que para Paulo sempre foi o mais importante e digno de ser conquistado (1Co 14.1; o “amor” não constitui dom do ESPÍRITO, mas fruto do ESPÍRITO! – Gl 5.22) é o propheteuein, o “profetizar”. Conforme 1Co 14.24s propheteuein na igreja também é, sobretudo, o dom de ver e denunciar com força penetrante as condições essenciais de pessoas. Dependendo de cada caso, essas palavras também podem ter sido associadas a anúncios de juízos divinos e manifestações divinas da graça. Tais “profecias” também havia em Tessalônica. Novamente parece que nelas também podem ter emergido críticas na igreja. Ainda que agora já lancemos um olhar prévio sobre a segunda carta, capazes de deduzir dela consequências para a realidade na época da primeira, podem ter sido manifestadas várias “profecias” que começavam a clamar “por meio do ESPÍRITO” (2Ts 2.2): “O dia do Senhor chegou!”. O grupo sensato da igreja se defendia com razão contra tal “fanatismo”. Mas tirava disso diretamente a conclusão genérica a que se chegou na época da Reforma: de nada valem todas essas “profecias”. E agora é novamente muito grandioso e importante que Paulo – que neste caso específico dava toda razão à crítica! – não concorda simplesmente com isso: “muito bem! O melhor é que vocês deem fim a todo esse profetismo!”, mas pelo contrário adverte: “Não menosprezeis as profecias.” Apesar de tudo prevalece, e precisa prevalecer, o cumprimento da promessa de Joel por ocasião de Pentecostes: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos” (At 2.17). É preciso que vigore o anseio de pessoas como Moisés: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta!” (Nm 11.29). Apesar de todas as difíceis e amargas experiências da igreja de DEUS até nos nossos dias, isso precisa continuar assim! O fogo do ESPÍRITO precisa queimar e enviar suas chamas, do contrário restará tão-somente lava endurecida, da qual os teólogos fabricam suas peças doutrinárias. I Tes 5. 21s Todavia: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de maldade.” Novamente a palavra apostólica unifica questões opostas. Quando pessoas produzem percepções através do ESPÍRITO SANTO e anunciam atos divinos, será que resta aos ouvintes somente uma coisa: a sujeição obediente? “Assim diz o Senhor” - será que neste caso ainda podemos “julgar”? Porventura os profetas da antiga aliança não exigiram de rei, sacerdote e povo a aceitação incondicional da palavra? No AT com razão! Mas na igreja de JESUS não apenas os “videntes” possuem o ESPÍRITO SANTO, mas todos, ou seja, também os ouvintes das profecias! Justamente porque na nova aliança não apenas ditos proféticos isolados são inspirados pelo ESPÍRITO, mas todo o coração está continuamente repleto dele, os ditos divinos já não aparecem mais tão inequivocamente destacados ao lado dos pensamentos e sentimentos humanos. Vimos anteriormente que para o NT todo falar dos crentes deve ser “palavra de DEUS”. Nesse caso, porém, pode ocorrer com uma maior facilidade do que no AT que os “profetas” involuntária e desavisadamente mesclem dádivas do ESPÍRITO e ideias próprias, coisas espirituais e psíquicas. Por isso na nova aliança também há uma necessidade bem maior do que na antiga de “examinar as profecias”. Portanto, o caminho genuíno passa exatamente no meio termo entre menosprezo e supervalorização! Quando, enfim, a igreja de JESUS em todo o mundo se recuperará a atitude de, por puro medo do “fanatismo”, não apagar constantemente o ESPÍRITO, sendo por isso pobre de fogo, vigor e dons? Quando ela deixará de ser refém acrítica de todo movimento que parece possuir algo “vivo”, e será realmente capaz de ouvir e julgar?! O resultado de um exame é sempre duplo. Coisas boas, valiosas são destacadas. Agora “retende-o”! Não permitais que a palavra ouvida seja apenas agitação de uma hora, mas acolhei-a em vossa vida e vosso serviço. Em contraposição, “abstende-vos de toda forma de maldade”. A palavra não autêntica, oriunda de nossa própria natureza, sempre pode ser reconhecida pelo fato de que também possui em si algo de nossa natureza maligna. Aqui nossa resistência precisa ser implacável. Tão logo surgir algo indisciplinado ou amargo, sem amor ou egoísta, a igreja precisa declarar seu não, até mesmo quando isto alega resultar do ESPÍRITO, sendo apresentado com entusiasmo e exigências. Talvez possamos dar mais um passo e ver “o” maligno, o diabo, por trás do mal. Então também Paulo já teria contado com a possibilidade de que o inimigo tentaria penetrar na igreja mesclando coisas más e perigosas à proclamação. No presente contexto a admoestação teria o seguinte sentido: reconheçam o inimigo, o maligno, em qualquer configuração e disfarce, justamente também no disfarce especialmente devoto e santo! Rejeitai-o com a mesma determinação com que acolheis o bem. Evidentemente essa obrigação de examinar e discernir não é fácil. Seria muito mais belo se pudéssemos aceitar sem preocupação e com alegria tudo o que penetra em nossos ouvidos no âmbito da igreja. Mas isso não acontece de acordo com nossos desejos e nossa comodidade. Os tessalonicenses não conseguem se furtar à verdadeira situação e à consequente tarefa sem conjurar graves ameaças à vida da igreja. E nós tampouco o podemos. Werner de Boor. Comentário Esperança I Carta aos Tessalonicenses. Editora Evangélica Esperança.   2. A relevância do dom de profecia. ERROS A SEREM EVITADOS NO USO DO DOM DE PROFECIA 1) Usar a profecia para guiar a igreja A mensagem através do dom de profecia tem como finalidade: “exortação, edificação e consolação” (1 Co 14.3). Não tem por objetivo guiar ou direcionar a administração da igreja local. 2) Usar o dom de profecia como um “oráculo” Tendo em vista a finalidade da profecia, não é correto o crente só fazer as coisas se consultar um profeta. A profecia é para o proveito da igreja e não de domínio particular. 3) Usar o dom de profecia como fonte de doutrina A fonte por excelência de doutrina é a Palavra de DEUS. Nenhuma profecia pode acrescentar ou retirar o que já foi revelado nas Sagradas Escrituras. 4) Usar o dom de profecia de forma descontrolada O dom de profecia deve ser usado, na igreja, com decência e ordem. Diz Paulo: “Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40). Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 59-61. I Cor 14.1. A profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa dois verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) “indica uma ação interminável, enquanto ‘procurai com zelo’ realça a intensidade e não a continuidade da ação”. O amor deve ser buscado com persistência, mas também é correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a profecia. A discussão sobre o lugar da profecia e do falar em línguas termina com um notável princípio. A adoração é essencial para edificar o corpo de CRISTO, mas, às vezes, a adoração que busca ou enfatiza de forma exagerada a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO pode chegar a ser caótica e confusa. Aqui o princípio de Paulo é importante: Faça-se tudo decentemente e com ordem (40). Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 348-349; 353-355. 3. Propósitos da profecia. Como todos os demais dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais da parte de DEUS para a Igreja de JESUS CRISTO. Só deve ser usado de forma correta, com base na Palavra de DEUS. “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7) ou proveitoso para a igreja. De maneira bem clara e até didática, o dom de profecia tem três finalidades básicas, em proveito da igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3). 1) Edificação Assim como um edifício de pedras é edificado pouco a pouco, com a união dos elementos materiais, com a argamassa própria, da mesma forma, os crentes em JESUS são “edifício de DEUS” (1 Co 3.9). A formação espiritual de um discípulo de JESUS começa com a conversão, mas não para no discipulado inicial. Deve continuar por toda a vida. Pouco a pouco, o ensino da Palavra e da doutrina do Senhor vai construindo o caráter cristão no crente. Mas, às vezes, é necessária uma mensagem especial ou específica para alguém ou para toda a congregação. E aí que DEUS usa um profeta para transmitir uma mensagem da parte de DEUS, visando corrigir ou colocar “no prumo”, ou “no nível”, alguma área da edificação espiritual. 2) Exortação Exortar tem o sentido de “chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar. Deriva da palavra grega parakalao, que tem o sentido de confortar, inspirar, defender e guiar. Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). Uma mensagem profética ajuda a entender como aplicar a Profecia Maior, que é a Bíblia Sagrada, para os dias presentes, quando surgem problemas, situações e circunstâncias, que não existiam, quando a mensagem bíblica foi escrita. Sem o ensino da Palavra de DEUS e da mensagem profética, há uma tendência para a ocorrência de desvios de conduta e distorções perigosas no meio das igrejas locais. Diz Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” (Pv 29.18a). 3) Consolação O ESPÍRITO SANTO é chamado de “O outro Consolador” (cf. Jo 14.16). Ele é o parakleto prometido por CRISTO. Por isso, também usa o dom de profecia, para transmitir mensagem de consolação aos servos de DEUS. Já vimos que o verbo parakaleo (gr.) significa consolar, confortar. E o que podemos ver em Barnabé, amigo de Paulo (At 4.36; ver Rm 15-4,5; 1 Co 14.3; 2 Co 1.3,4-7)). Consolação vem deparaklesis (gr.) e tem o sentido de “consolar”, “dar alegria”, dar “paz”. Paulo diz que todos os crentes podem profetizar (se DEUS conceder tal dom), visando a consolação da igreja: “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados” (1 Co 14.31 — grifo nosso). MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 3. pag. 1089-1090.   III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 1. Definição do dom. Já vimos que o dom de línguas propicia mensagens de edificação para quem o possui e que, para a edificação da igreja, necessita de interpretação. E isso é possível, através do dom de interpretação de línguas.   1. O QUE É O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS O pastor Antônio Gilberto ensina que “É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”.13 O dom de línguas prescinde do dom de interpretação de línguas, para que seja útil para a edificação da igreja.Paulo deu precioso ensino à igreja de Corinto sobre o uso dos dons. Ao que parece, o dom de línguas era muito usado, mas sem o necessário equilíbrio espiritual e emocional. Esse dom deve andar lado a lado com o dom de línguas, no seio da igreja cristã. São “dons geminados”. Gordon Chown diz que “A interpretação é tão milagrosa quanto a própria Língua — e isto quer dizer que quem possui o Dom de Línguas não vai procurar decifrá-la com a mente, mas sim, pede e recebe a Interpretação da mesma fonte divina de onde surgiu a Língua”.14 Isso não quer dizer que o dom de interpretação de línguas é outro tipo de dom de profecia. A profecia é autossuficiente em sua ação para quem a ouve. O dom de interpretação de línguas depende da mensagem em línguas, para que tenha eficácia. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 68.   Observação minha – Ev. Henrique – Só há interpretação para a língua específica do dom de línguas. Não há interpretação da língua falada como evidência do batismo. O crente pode falar em língua que recebeu no batismo a vida inteira e mesmo assim nunca receber o dom de línguas. Por isso mesmo Paulo pergunta: Falam todos em diversas línguas? Ou seja: têm todos o dom de línguas? A resposta óbvia é não. Todos podem e devem ser batizados no ÉSPÍRITO SANTO, mas nem todos terão o dom de línguas.   Interpretação das línguas     O dom de interpretação de línguas é o único cuja existência ou função depende de outro dom - a variedade de línguas. Consequentemente, não havendo o dom de variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas.     “Interpretação” aqui não é a mesma coisa que tradução. A interpretação geralmente alonga-se mais que a simples tradução.     O dom de interpretação de línguas revela o poder, a riqueza, a soberania e a sabedoria de Deus. Por certo que este dom não implica em que haja algum tipo de conhecimento do idioma por parte do intérprete.     A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o é o próprio dom de variedade de línguas. Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD. I Cor 14. 27. Línguas privadamente faladas não são incluídas nestas instruções paulinas. Um crente pode falar em línguas consigo mesmo quanto tempo quiser, quando ele sentir a necessidade de tal louvor de sua alma a Deus. Na igreja, entretanto, mesmo quando se encontra presente o intérprete, Paulo limitava tal exercício a duas pessoas, ou quando muito, a três. Mas essa regra não parece tão severa quando verificamos, no vigésimo nono versículo, que ele estabelece o mesmo regulamento para os profetas. Portanto, Paulo não subestimava as «línguas interpretadas»; antes, situava-as em pé de igualdade com a profecia, pelo menos no que concerne ao número de pessoas envolvidas em cada reunião. A passagem de 1 Cor. 14:5 parece indicar um total pé de igualdade entre a profecia e as línguas interpretadas, porque, nesse caso, a «edificação» é dada através das línguas. No entanto, o vigésimo segundo versículo deste capítulo parece indicar que Paulo favorecia a profecia acima das línguas interpretadas. Devemos meditar que Paulo, ao assim instruir aos crentes, não «apagava ao Espírito» (ver I Tes. 5:18-20), conforme alguns o têm acusado; porque há limite às instruções que alguém pode absorver numa única reunião. Outrossim, precisamos reconhecer que há limite para o «período de atenção» de qualquer indivíduo, embora alguns possam estender por mais tempo esse período. Um culto exageradamente longo pode resultar em dano. Não seremos ouvidos por muito falar. A necessidade de intérprete também elimina qualquer possibilidade de dois ou três falarem em línguas ao mesmo tempo, porquanto isso criaria total confusão, visto que, nesse caso, um mínimo de quatro pessoas estaria participando do culto, ao mesmo tempo. O dom de interpretação de línguas mui provavelmente é mais raro que o do falar em línguas, e bastaria essa raridade para limitar a atividade das línguas; sem a interpretação, em uma igreja que estivesse obedecendo às instruções de Paulo à risca, não se ouviriam línguas. Somente nas ocasiões em que intérpretes «bem conhecidos», «experientes» e «comprovados» estivessem presentes é que seriam exercidas as línguas. E, nessas ocasiões, dois ou três poderiam usar o dom de línguas. O fato de que as línguas podem e devem ser assim limitadas, mostra-nos que esse dom também é controlado pela inteligência, sobre quando deve ser exercido; pois, do contrário, Paulo não teria podido estabelecer qualquer regra, e nem alguém seria capaz de antecipar como o Espírito de Deus pode mover homens a falarem «involuntariamente». «...sucessivamente...» Paulo proíbe o falar em línguas em massa, todos ao mesmo tempo, mas apenas uma pessoa de cada vez. Cada qual teria sua oportunidade; e isso é uma outra evidência que as línguas são controladas pela inteligência, pelo menos usualmente; caso contrário, como poderia um homem, que estivesse prestes a irromper em línguas, refrear-se de modo a não interferir na manifestação de outrem? I Cor 14. 28. Não há que duvidar que essa era a instrução mais difícil de ser obedecida que Paulo apresentou aos coríntios; seja como for, porém, certamente foi difícil eles abafarem suas atitudes de vangloria, no uso desse dom, a fim de obedecerem às injunções apostólicas, em qualquer aspecto dessas instruções. A menos que esteja presente um intérprete, as línguas não devem ser usadas na igreja. Isso não impediria o largo uso desse dom, em casa; pois, nesse caso, a alma do crente pode ser edificada, e Deus pode ser glorificado, mesmo que a mente nada aproveite em seu entendimento. Mas, visto que a «edificação» é a razão mesma pela qual os dons espirituais existem na igreja, as línguas devem ser limitadas a fim de atender a essa exigência; e só poderão fazê-lo quando acompanhadas de interpretação. No original grego, a gramática é um pouco obscura aqui, parecendo dar a entender que o intérprete deve manter-se calado; mas devemos compreender aqui a existência de um sujeito oculto, na frase. Assim sendo, o que se entende da frase grega é que, não havendo intérprete, «...aquele que fala em línguas deve...» permanecer calado. «...falando consigo mesmo...» No original grego, encontramos aqui uma expressão enfática. O crente fala apenas para «si mesmo», comungando com o Senhor em seu coração, como que em êxtase, sem a necessidade da presença de um intérprete. Mas essa «comunhão» não deve ocorrer nos cultos públicos, como se um indivíduo, arrebatado em êxtase, se separasse do resto da congregação para ter o seu culto particular. Antes, tal exercício deve ser feito somente em casa. Embora outra coisa possa ser compreendida, essa é a única forma de instrução que faz sentido. Os cultos públicos visam a edificação da congregação inteira, e com essa finalidade é que devem ser efetuados. Essa mesma forma de falar em línguas, em voz alta, para o próprio indivíduo, faz parte inerente do significado do próprio verbo, que significa «falar audivelmente», ou, pelo menos, esse é o seu sentido quase exclusivo. No dizer de Findlay (in loc.): «A instrução de falar no coração, sem ruído, seria contrária ao sentido do verbo ‘lalein’ (falar), e, de fato, contrário à natureza de uma ‘língua’». CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 227-228.   Observação minha – Ev. Henrique – falar consigo mesmo significa falar bem baixinho para não atrapalhar o vizinho de banco que quer escutar a mensagem pregada, ou ensinada, ou a interpretação de outro que está sendo usado. O crente pode orar em línguas ao lado de sua esposa, na cama, à noite, e a esposa nem saber que ele estava orando. A altura da voz é regulada pelo que fala – ninguém é obrigado a falar alto em línguas.   a) A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a Deus, cada parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino), a doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma linguagem que não era geralmente conhecida), a revelação, a interpretação da língua - tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja. b) Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas estranhas em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando muito, três. Tal restrição eliminaria a confusão e a frustração que poderiam ocorrer se a maior parte do culto fosse dedicada a tais atividades. c) Devem falar um de cada vez (14.27b). Além do limite do número de pessoas que podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta restrição iria eliminar a confusão gerada por várias pessoas falando ao mesmo tempo em um culto público. d) Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação. De acordo com Morris, esta restrição “nos mostra que não devemos pensar que as línguas eram o resultado de um irresistível impulso do Espírito Santo que levava os homens a fazer um discurso em êxtase e desorganizado. Se eles preferissem, poderiam manter silêncio, e isso é o que Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões”. Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 353.   2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Como é óbvio o que o nome diz, a finalidade principal é a interpretação da mensagem, transmitida à igreja, através do dom de línguas. No culto pentecostal, deve haver sabedoria e humildade no uso dos dons. Não é comum haver quem tenha os nove tipos de dons. Normalmente, o Espírito distribui “a cada um como quer”. Quanto mais dons houver numa igreja local, maior será sua edificação espiritual. A Palavra de Deus é a fonte primária e mais importante para a edificação do crente. Mas, como vimos, os demais dons também contribuem para a edificação da igreja. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag.69.   Dom de profecia - A mensagem é dada na língua do ouvinte, não há necessidade de intérprete. Dom de interpretação de línguas - A mensagem é dada em línguas espirituais ou estranhas e necessita de um intérprete ou o mesmo que a fala deverá interpretá-la para que o ouvinte a entenda.   INTERPRETAR, INTÉRPRETE O substantivo "intérprete" (gr. diermeneutes, a pessoa que explica totalmente ou interpreta) é usado no NT apenas em 1 Coríntios 14.27,28. O verbo dessa raiz ocorre em 1 Coríntios 12.30; 14.5,13,27. No cap. 14, Paulo instrui que o falar em línguas em uma assembleia da igreja deve ocorrer de uma maneira ordeira, mas somente quando houver um "intérprete" presente, pois somente então isso será edificante. Aquele que fala em línguas deve orar para que ele mesmo possa interpretar (v.13). Um dos propósitos do dom de línguas era que um inconverso pudesse ouvir a mensagem em seu próprio idioma, como aconteceu com aqueles que estavam presentes no Pentecostes (At 2.8), e depois ouvi-la interpretada por um outro que não conhecesse aquela língua. Isto seria, portanto, um milagre duplo, contudo um milagre que correspondesse especificamente ao ouvinte. No AT, José atuou como um intérprete (do heb. pathar) de vários sonhos (Gn 40-41). Daniel convenceu Nabucodonosor de sua habilidade, dada por Deus, de fornecer a interpretação (aram. p'shar) ou a explicação do sonho do rei, primeiramente dizendo ao rei o que este viu no sonho (Dn 2.5-45). Posteriormente, Daniel revelou a interpretação do sonho de Nabucodonosor da grande árvore que havia sido derrubada (4.8-27), e da escritura na parede do palácio de Belsazar (5.12-28). A palavra pesher, "interpretação" (Ec 8.1), tornou-se o termo padrão para as explicações, ou comentários, dos livros canônicos do AT pelos membros da comunidade de Qumrã. R. A. K. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 979. ELABORADO: Pb Alessandro Silva e Ev. Luiz Henrique   RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm