LIÇÃO 4, AMÓS, A JUSTIÇA SOCIAL COMO PARTE DA ADORAÇÃO



LIÇÃO 4, AMÓS, A JUSTIÇA SOCIAL COMO PARTE DA ADORAÇÃO

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos

Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO

 
 
TEXTO ÁUREO
"Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus" (Mt 5.20). 
 
 
VERDADE PRÁTICA 
Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira adoração a DEUS.  
 
 
LEITURA DIÁRIA 
Segunda - Pv 14.34 A justiça social exalta as nações
Terça - Pv 19.17 Quem ajuda o pobre empresta a DEUS
Quarta - Is 1.13-15 O sacrifício e o estado espiritual do adorador
Quinta - Rm 15.26,27 A espiritualidade do trabalho social 
Sexta - 2 Co 9.8,9 DEUS abençoa quem socorre os pobres
Sábado - Tg 1.27 Socorrer os necessitados é parte da adoração
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23
Amós 1.1 - 1 As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
 2.6-8 - 6 Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos. 7 Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo nome. 8 E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado.
5.21-23 - 21 Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me dão nenhum prazer. 22 E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. 23 Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos.
 
 
 

Amós

O profeta Amós é distinto de Amós, pai do profeta Isaías (Is. 1:1: os dois nomes são de grafia diferente no hebraico). O livro fornece-nos bastante pormenores sobre sua vida. Natural de Técua, aldeia situada a uns 8 km ao sul de Belém, tirava o seu sustento do pastoreio de rebanhos e do cultivo de sicômoros, cujos frutos constituíam o alimento da gente pobre (Am. 1:1;7:14). Corriam os tempos dos longos e prósperos reinados de Ozias, em Judá (cf. 2 Rs 15:2.5) e de Jeroboão II, em Israel (783-743 a.C.), que davam à nação poder e riqueza de que há muito tempo não gozava. Daí que a própria religião auferia vantagens, pela abundância das vítimas imoladas nos altares e pela pompa dos ritos. Mas ficaram prejudicadas a moral e a piedade sincera, os costumes pioravam, e os israelitas, deslumbrados pela prosperidade, caminhavam alegres e inconscientes para a ruína. Crescia, para infelicidade deles, o poderio assírio. Nesta altura, o humilde pastor de Técua sente-se chamado a pregar o arrependimento aos desavisados, revelando aos culpados os castigos iminentes. E ei-lo a percorrer, vaticinando, as cidades de Israel. Enfrentou corajosamente a oposição dos sacerdotes de Betel, o principal santuário do reino (Am 7:10-17)
Acima dos méritos literários estão a elevação de pensamento, a doutrina moral e religiosa. O monoteísmo ético puro atinge o auge. O DEUS de Israel não é somente o único verdadeiro DEUS, criador e governador de todo o Universo, mas por sua santidade essencial é também o autor e guarda zeloso de uma lei moral, cuja observância ele exige de todos os povos, e pune o delito onde quer que sua onisciência o descubra. A escolha especial e gratuita do povo de Israel não é nenhum privilégio sob este aspecto (3:2, 9:7-10. Para lhe tributar as honras á que tem direito, é necessária antes de mais nada a santidade de costumes, sem a qual nada valem os atos dum culto cerimonioso e os sacrifícios de numerosas vítimas (5:21-24). Amós condena a moleza, o luxo, a ambição (6:4-6, 8:5-7), e também com mais energia e maior freqüência, a injustiça e a crueldade para com o próximo, seja ele quem for, a opressão dos pobres.
 
A temática social está fortemente presente em todas as partes do Antigo Testamento: a Lei (Pentateuco), os Profetas e os Escritos. A base da ética social bíblica é o caráter de DEUS. DEUS se apresenta ao povo de Israel como um DEUS justo e misericordioso, que atenta para os sofredores (Jr 9.24; Sl 68.5-6; 103.6; 146.7-9). Acima de tudo, DEUS é gracioso e misericordioso para com Israel, amando-o, escolhendo-o, libertando-o do cativeiro, conduzindo-o pelo deserto, dando-lhe a terra prometida, suprindo todas as suas necessidades (Dt 4.37; 7.6-8; 8.4,7-10,15-16; Ex 20.2). E assim como DEUS tratou Israel, ele quer que os seus filhos tratem uns aos outros (Lv 19.9-10,33-34; Dt 10.17-19). Isso faz parte da aliança que DEUS firmou com Israel e da lei associada com essa aliança.

Israel é continuamente exortado a praticar a justiça e a misericórdia, como na conhecida passagem de Miquéias 6.8 (ver também Jr 22.3; Os 6.6). Outra motivação inculcada é o amor ao próximo (Lv 19.18). DEUS demonstra um interesse especial pelos elementos mais frágeis e vulneráveis da sociedade, tais como o órfão, a viúva, o pobre, o enfermo, o deficiente físico e o estrangeiro (Lv 19.10,13-15). A ética do Antigo Testamento está centrada na generosidade e na solidariedade. Toda a criação e seus recursos pertencem a DEUS e devem servir para o sustento de todos, não para que alguns tenham excesso e outros tenham falta do mínimo necessário para a sua subsistência. Os filhos de DEUS devem ser bons mordomos das dádivas de DEUS, utilizando-as sabiamente e repartindo-as com os outros.

A Lei contém diversos mecanismos pelos quais a solidariedade social deveria ser praticada em Israel. Alguns exemplos notáveis são a respiga, mediante a qual parte do produto da terra devia ser propositalmente deixada para os necessitados (Lv 23.22; Dt 24.21; Rt 2.7,15); o ano sabático, ano de descanso da terra a cada sete anos, quando tudo que crescesse espontaneamente estaria disponível a todos indistintamente (Lv 25.1-7,20-22); e o ano do jubileu, a cada cinqüenta anos, no qual todas as propriedades retornavam aos seus donos originais e os escravos eram devolvidos a suas famílias (Lv 25.8-17,23-27). O argumento de DEUS na última passagem é “a terra é minha” e “vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (v. 23; ver também o v. 55).

A mensagem social mais enfática do Antigo Testamento está contida nos profetas do século oitavo antes de CRISTO (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias). Essa mensagem adquiriu uma conotação “política” ao denunciarem energicamente os males sociais do seu tempo, como a opressão e a injustiça praticadas pelos poderosos contra os necessitados. Ninguém pode ler as passagens desses profetas e continuar afirmando que os cristãos nada têm a ver com os problemas sociais do seu país. Alguns textos significativos são os seguintes: Isaías 1.17,23; 3.14-15,18-23; 5.7-8; 58.5-10; Oséias 10.12; Amós 2.6-7; 4.1; 5.12,24; 8.4-6; Miquéias 2.1-2; 6.8. No entanto, a ênfase do Antigo Testamento como um todo é positiva e construtiva: não somente deixar de praticar o mal e denunciar a injustiça, mas fazer o bem ao próximo concretamente.
 
CRISTO e os apóstolos mantiveram implicitamente a mensagem social do Antigo Testamento. A ética de JESUS preserva e torna mais exigentes os requisitos da Lei, revelando a sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). A prática do bem deve estender-se também aos que não pertencem à família de DEUS (Mt 5.43-45; 6.1-4). Essas passagens mostram que as motivações dos discípulos de CRISTO devem ser a imitação de DEUS e a reverência para com ele. Outra motivação fundamental é o amor altruísta expresso no serviço desinteressado e até mesmo sacrificial, conforme exemplificado pelo próprio CRISTO (Mc 10.45; Jo 13.12-15).

CRISTO proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça e da misericórdia (Mt 5.6-7; 19.21; 23.23), especialmente através de suas parábolas (Mt 25.34-40). Acima de tudo, ele exerceu misericórdia, socorrendo continuamente os sofredores (Mt 4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). À semelhança do Antigo Testamento, JESUS insistiu que meras palavras e atos externos de religiosidade não são suficientes na vida com DEUS (Mt 7.21-23), e sim os frutos, a prática da fé (vv. 16-20,24).

O Evangelho de Lucas dá uma ênfase especial aos sofredores, aos excluídos, aos membros mais frágeis da sociedade, como as mulheres, as crianças, os enfermos e outras categorias. Diversas parábolas e episódios do ministério de JESUS que revelam o seu interesse pelos marginalizados são exclusivos do terceiro evangelho (o filho da viúva de Naim: 7.11-15; a mulher com hemorragia: 8.43-48; o bom samaritano: 10.29-37; o filho pródigo: 15.11-24; os dez leprosos: 17.11-19). Outro tema importante para Lucas é pobreza e riqueza (1.52-53; 4.18-19; 6.20-21,24; 12.13-21; 14.12-14; 16.19-31).

Como era de se esperar, a temática social continua presente no outro livro atribuído a Lucas. Atos dos Apóstolos mostra como a vida da comunidade cristã original era caracterizada pelo compartilhamento dos bens de modo igualitário – o chamado comunismo cristão primitivo (2.42-47; 4.32-35). Ainda que esse não fosse um modelo para todos os tempos e lugares, apontava para a importância da solidariedade e generosidade entre os seguidores de CRISTO. O discurso de Pedro na casa de Cornélio destaca a prática da misericórdia no ministério de JESUS (10.38).

Muito cedo a igreja sentiu a necessidade de estruturar as suas atividades caritativas através da eleição de homens especialmente voltados para esse mister, aqueles que a tradição considera como os primeiros diáconos (6.1-6). A instituição do diaconato passou a ser um eloqüente testemunho da preocupação da igreja com a assistência aos necessitados (Fp 1.1; 1 Tm 3.8-13). Esta última passagem suscita a interessante possibilidade de que também houvesse diaconisas na igreja primitiva (ver ainda Rm 16.1-2). Parece claro que pelo menos as viúvas de mais idade desempenhavam um importante papel nessa área (1 Tm 5.9-10).
O apóstolo Paulo, com toda a sua conhecida ênfase na evangelização, também demonstra nítida preocupação com a beneficência cristã. Um tema que ocupa bastante espaço em algumas de suas cartas foi a oferta levantada por ele junto às igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém (1 Co 16.1-4; 2 Co 8.1-9.15; Rm 15.25-28; At 24.17; Gl 2.10). A seção prática de suas epístolas contém muitos ensinos sobre o serviço cristão e exortações ao mesmo (Rm 12.8,13,17,20; 1 Co 11.22; 12.28; 16.15; Gl 6.2,9-10; Fp 4.10-19; 1 Ts 4.9-12; 2 Ts 3.6-15; 1 Tm 6.17-19; Tt 3.8). As epístolas gerais igualmente possuem diversos preceitos nessa área (Hb 13.1-3; 1 Pe 4.9-10; 1 Jo 3.17-18). A carta de Tiago, devido ao ser caráter prático e seu teor veterotestamentário, aborda a temática social de modo muito insistente (1.9-11,27; 2.1-7,15-17; 5.1-6).

Devido às circunstâncias difíceis em que viviam os primeiros cristãos, o Novo Testamento dá mais ênfase ao serviço cristão voltado para os irmãos na fé. Mas fica implícito que a prática de beneficência devia aplicar-se também aos de fora. A história da igreja mostra que foi exatamente isso que os cristãos fizeram, desde o princípio. (http://www.mackenzie.br/7150.html-Alderi Souza de Matos)
 
1.1 AMÓS. O profeta Amós morava em Judá - o Reino do Sul, mas sua mensagem foi dirigida a Israel - o Reino do Norte. Era um leigo piedoso que ganhava a vida como boieiro e cultivador de sicômoros (cf. 7.14). DEUS o chamou para entregar uma mensagem de juízo a Israel, e dar à nação uma advertência final. Seu ministério foi levado a efeito entre 760-750 a.C. Outros profetas que, provavelmente, ministraram neste período foram Jonas e Oséias.
 
2.6 TRANSGRESSÕES DE ISRAEL. Tendo dirigido sua atenção aos pecados dos vizinhos de Israel, Amós chega ao apogeu, e passa a enfocar as iniqüidades e a conseqüente condenação de Israel. Ao invés de seguirem a palavra de DEUS, os israelitas maltratavam os pobres (vv. 6,7), viviam de forma imoral (v. 7) e corrompiam a adoração ao Senhor (vv. 7,8). Noutros trechos do livro, fica claro que eles se opunham ao ministério dos verdadeiros profetas (cf. 7.10-17).
 
5.21-27 DESPREZO AS VOSSAS FESTAS. DEUS odeia os freqüentes rituais eclesiásticos e o louvor dos que, embora professem ser crentes, buscam os prazeres do mundo.
(1) DEUS deseja a adoração e o louvor somente dos que procuram viver uma vida piedosa.
(2) A hipocrisia religiosa é abominação diante de DEUS, e trará condenação especial aos que a praticam (ver 1 Co 11.27)
 
JUSTIÇA
"Deixa estar por enquanto, porque assim nos convêm cumprir toda a justiça" (Mt 3.15)
Estudo produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira, professor de Antigo Testamento da FaTeo
(http://www.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/deixa-estar-por-enquanto-porque-assim-nos-convem-cumprir-toda-a-justica)
 
Preâmbulo
A intenção deste estudo é conhecer o significado de "justiça" no Bíblia. Pretendo começar pelo Novo Testamento (NT). As seis citações, abaixo mostradas, pertencem ao NT, e o conceito de "justiça" nelas mostrado, não parece adequar com a definição secular, conforme o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, publicado pela Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001: "Justiça é o caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito com o que é justo; princípio moral em nome do qual o direito deve ser respeitado".
Evidentemente que o conceito secular de justiça também se encontra nos escritos do NT. Jesus e os seus discípulos estão sempre em confronto com o conceito secular de justiça e lei. Assim: Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles (Mt. 6.1)
Na reportagem sobre o julgamento de Jesus, no Sinédrio, Mateus não cita a palavra "justiça", talvez, porque o conceito que ele possuía não se assemelhava ao dos juízes a serviço do Império Romano (conforme Mt 26.57-68).
Eis alguns textos do NT que mostram um conceito diferente do secular:
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça... (Mt 6.33)
Porque nele a justiça de Deus se revela de fé para a fé, conforme está escrito: 'o justo viverá da fé (Rm 1.17)
Por conseguinte, assim como pela falta de um só resultado a condenação para todos os homens; do mesmo modo, da obra de justiça de um só, resultou para todos os homens justificação que traz a vida. (Rm 5.18)
... como imperou o pecado na morte, assim também imperasse a graça por meio da justiça, para a vida eterna, através de Jesus Cristo... (Rm 5.21)
... segue a justiça, a fé, a caridade, a paz com aqueles que, de coração puro invocam o nome do Senhor. (2Tm 2.22)
 
Conclusão 1:
1. Através destes textos do NT, percebe-se que a palavra "justiça" está próxima de termos como:
Reino de Deus, fé, fidelidade, justificação que traz vida e vida eterna, amor e paz.
 
2. Os textos bíblicos mencionados não identificam a "justiça" com tribunal, lei, julgamento, condenação, prisão etc.
 
3. Diante desta constatação, surge uma questão: qual é a origem desse conceito que Jesus e todo o NT apresentam? Certamente no AT.
O conceito de "justiça" no Antigo Testamento (AT)
O primeiro conceito de "justiça" vem do mundo secular. O interesse na "justiça", na Bíblia, tem sua origem nas exigências pela justiça social e política, bem como pelos direitos humanos. A Bíblia, como um todo, não nega a importância dessas demandas, porém reinterpreta os objetivos da "justiça", para dar-lhe um novo significado.
Diante dessa tarefa de resignificar o tradicional conceito de "justiça", faz-se necessário uma pergunta: "Qual é a base do AT para a reformulação do conceito de 'justiça'?"
 
Tentativa de resposta (em três itens):
  • A experiência de fé que o povo bíblico adquiriu na história. As normas e preceitos, contidos no Pentateuco (ou melhor, Torá que significa "instrução", "ensino divino"), são pautas para a formação e constituição de um povo.
  • Desde a origem, o povo bíblico experimentou o amor e a bondade de Deus, no seu dia-a-dia. A agressão, a violência, a opressão são termos desagradáveis na descrição da história bíblica. As leis substantivas e básicas que o Pentateuco/Torá contém estão baseadas na história da salvação: Eu sou Javé teu Deus que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão (Ex 20.2).
Assim, as normas que seguem têm que ser lidas e obedecidas em razão do Senhor ter salvo o povo hebreu da escravidão.
  • É interessante observar que o Pentateuco/Torá não contém somente leis. A maior parte dos cinco primeiros livros da Bíblia é constituída de narrativas. As narrativas, como a história de Moisés, embora sem a linguagem legal, constituem-se, na verdade, normas de conduta para o povo. Elas são formas pedagógicas para instruir o povo.
  • O povo bíblico foi formado e educado em torno dessa história da salvação. A celebração da Páscoa reforçou a memória dessa história. Nessa celebração, não havia lugar para ódio, mas salvação. Portanto, o povo foi educado em torno de experiências históricas que o levaram a mudar o seu modo de fazer justiça. O critério da justiça não mais era a lei escrita por seres humanos, mas o caráter do Deus que salva, perdoa e oferece oportunidade de uma nova vida.
O conceito de "justiça" no livro de Salmos
O livro de Salmos possui a maior ocorrência, de toda Bíblia, dos termos "justiça" e "direito". Em se tratando do hinário do Templo, usado nas celebrações comunitárias, é surpreendente esta constatação. O culto, no AT, estava intensamente preocupado com a justiça. Os salmos bíblicos mostram inúmeros exemplos de como o povo bíblico entendia a "justiça". É importante notar que as palavras "justiça" e "direito" estão sempre próximas dos termos "amor", "bondade", "fé/fidelidade", "paz" entre outras. Eis algumas demonstrações.
Disciplina, instrução - torah
O Senhor é bom e correto, e Ele ensina o caminho aos pecadores. Ele encaminha os pobres conforme a justiça, direito. (Sl 25.8-9).
Integridade - tom
Eis a história de Noé: Noé era um homem justo, íntegro...e andava com Deus (Gn 6.9)
Foi-te anunciado, ó homem, o que é bom, o que Senhor exige de ti: que pratiques o direito, amar a bondade e caminhar humildemente com o teu Deus. (Mq 6.8)
Paz, vida plena - xalom
Amor e verdade se encontram, Justiça e paz se abraçam da terra germinará a verdade e a justiça se inclinará do céu o próprio Senhor dará a felicidade e a nossa terra dará o seu fruto. A justiça caminhará à sua frente e com seus passos traçará um caminho. (Sl 85.11-14)
Bondade, misericórdia - hesed
O Senhor realiza atos justos fazendo justiça a todos os oprimidos... O Senhor é compaixão e graça, lento para a cólera e cheia de bondade. (Sl 103.6 e 8)
Compaixão - rahum
Difundirão a lembrança da tua bondade imensa e aclamarão a tua justiça. O Senhor é piedade e compaixão; lento para a cólera e cheio de amor; O Senhor é bom para todos, Compassivo com todas as suas obras. (Sl 145.7-9)
Fé, verdade - emet
Tens um braço poderoso, Tua mão é forte e tua direita elevada. Justiça e direito são a base do seu trono, amor e verdade precedem a tua face, Senhor. (Sl 89.14-15)
Fidelidade, lealdade - emunah
O justo viverá por sua fidelidade. (Hab 2.4). Não escondi tua justiça no fundo do meu coração, falei da tua fidelidade e de tua salvação; não ocultei o teu amor e a tua verdade à grande assembléia. (Sl 40.11)
 
Conclusão 2:
1. Há um ditado latino que espelha bem a justiça secular: "Dura é a lei, mas é a lei". Nota-se nesse ditado a inflexibilidade e dureza da lei e sua aplicação. A Bíblia não define assim sua justiça.
 
2. A tradução do termo hebraico torah por "lei" é indevida. O substantivo torah vem da raiz verbal yarah que quer dizer lançar, ensinar, instruir. O Salmo 19.7-9 lança mais luzes sobre o significado de Torá.
A Tora de Javé é perfeita, faz a vida voltar; o testemunho de Javé é firme, torna o sábio simples. Os preceitos de Javé são retos, alegram o coração; o mandamento de Javé é claro, ilumina os olhos. O temor de Javé é puro, estável para sempre; as decisões de Javé são verdadeiras e justas igualmente.
Nota-se que a Torá/lei do Senhor não é dura e inflexível. Pelo contrário, é tão perfeita que faz a vida voltar; é firme e torna o sábio simples, alegra o coração, ilumina os olhos. Por quê? A resposta está no critério do julgamento divino: amor, bondade etc.
 
3. Assim se desvenda o mistério nas palavras de Jesus para João Batista: Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça. (Mt 3.15). A missão básica de Jesus Cristo não foi estabelecer um tribunal para julgar e condenar as pessoas.
 
 
AMÓS - BEP - CPAD
Esboço
Introdução (1.1-2)
I. Oito Oráculos de Julgamentos às Nações (1.3—2.16)
A. Damasco (1.3-5)
B. Gaza (Filístia) (1.6-8)
C. Tiro (Fenícia) (1.9,10)
D. Edom (1.11,12)
E. Amom (1.13-15)
F. Moabe (2.1-3)
G. Judá (2.4,5)
H. Israel (2.6-16)
II. Três Mensagens Proféticas a Israel (3.1—6.14)
A. O Pecado de Israel Torna-o Réu do Juízo Vindouro (3.1-15)
B. A Corrupção de Israel Está em Todos os Níveis (4.1-13)
C. O Justo Castigo de Israel Será a Destruição e o Exílio (5.1—6.14)
1. O Cântico da Morte (5.1-3)
2. Israel Recusa-se a Buscar ao Senhor (5.4-17)
3. A Religião Pervertida de Israel (5.18-27)
4. Repreensão e Ais contra Israel (6.1-14)
III. Cinco Visões da Retribuição Vindoura pelo Pecado (7.1—9.10)
A. Visão dos Gafanhotos Devoradores (7.1-3)
B. Visão do Fogo Consumidor (7.4-6)
C. Visão do Prumo (7.7-9)
D. Parêntese Histórico: Amazias e Seu Castigo (7.10-17)
E. Visão de um Cesto de Frutos de Verão (8.1-14)
F. Visão do Senhor Julgando (9.1-10)
Epílogo: Restauração Futura de Israel (9.11-15)
 
Autor: Amós
Tema: Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado
Data: Cerca de 760-755 a.C.

Considerações Preliminares
O profeta Amós exerceu o seu ministério em Israel no século VIII a.C., e foi contemporâneo de Jonas e Oséias. Ele revela quatro fatos importantes a respeito de si mesmo em 1.1: (1) Era boieiro e cultivador de sicômoros em Tecoa, aldeia de Judá, situada a cerca de 20 km ao sul de Jerusalém (ver 7.14). (2) Ele “via” suas mensagens (i.e., tinha visões proféticas; cf. 7.1,4,7; 8.1,2; 9.1) a respeito de Israel, o Reino do Norte. Embora fosse leigo e não tivesse o status de profeta, nem por isso deixou de ser chamado por DEUS para profetizar à rebelde Israel (cf. 7.14,15). Seu nome significa “carregado” ou “carregador de fardos”. (3) O ministério de Amós, em Israel, foi desempenhado durante o reinado de Uzias, em Judá, e Jeroboão II, em Samaria. O reinado de ambos coincide com o período que vai de 767 — 753 a.C. O mais provável é que Amós tenha profetizado entre 760-755 a.C. (4) Ele profetizou durante os dois anos que antecederam o terremoto. A arqueologia apresenta diversas evidências que provam a ocorrência de um terremoto de grandes proporções, nesse período, em várias localidades de Israel, inclusive Samaria. Passados duzentos anos, Zacarias faria menção ao mesmo terremoto (Zc 14.5), fornecendo-nos mais um indício da enormidade da catástrofe. A referência ao cataclismo por Amós sugere que o profeta o considerava uma confirmação da sua mensagem e ministério proféticos em Israel (cf. 9.1). Durante o ministério de Amós, o Reino do Norte achava-se em seu apogeu quanto à expansão territorial, à paz política e à prosperidade nacional. Internamente, porém, estava podre. A idolatria encontrava-se em voga. A sociedade esbanjava-se à procura dos prazeres. A hipocrisia e a imoralidade grassavam. O sistema judiciário corrompia-se cada vez mais, e a opressão aos pobres tornara-se lugar-comum. Obedecendo à vocação do DEUS de Israel, Amós proclama corajosamente a sua mensagem centrada na justiça, retidão e retribuição divina. Mas o povo, infelizmente, não queria ouvir o que o Senhor tinha a dizer-lhe.

Propósito
A prosperidade de Israel servia apenas para aprofundar a corrupção da nação. Ao ser enviado a Betel a proclamar a mensagem: “Arrependam-se ou pereçam”, Amós é de lá expulso, sendo-lhe expressamente proibido de ali profetizar. Quão diferentemente agiram os ninivitas diante da mensagem de Jonas! Parece que, pouco depois, Amós volta a sua casa em Judá, onde escreve sua mensagem. Seu propósito era: (1) entregar ao rei Jeroboão II uma versão escrita de suas advertências proféticas; e (2) disseminar amplamente em Israel e Judá o oráculo da certeza do iminente juízo divino contra Israel e as nações em derredor, a não ser que estas se arrependessem de sua idolatria, imoralidade e injustiça. A destruição de Israel ocorreria três décadas mais tarde.

Visão Panorâmica
O livro de Amós divide-se, de modo natural, em três seções. (1) Na primeira (1.3—2.16), o profeta dirige primeiramente sua mensagem de condenação a sete nações vizinhas de Israel, inclusive Judá. Tendo levado Israel a aceitar prazeirosamente o castigo desses povos (1.3—2.5), Amós passa a descrever vividamente os pecados da nação eleita e a punição que lhe estava reservada (2.6-16). Esta seção determina o tom da mensagem do livro: a condenação resultará na destruição e exílio da nação israelita. (2) A segunda seção (3.1—6.14) registra três mensagens ousadas, iniciando cada uma delas com a expressão: “Ouvi esta palavra” (3.1; 4.1; 5.1). Na primeira, DEUS julga Israel como um povo privilegiado, a quem Ele livrara do Egito: “De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós” (3.2). A segunda mensagem começa tratando as mulheres ricas de Israel de “vacas de Basã... que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados, que dizei a seus senhores: dai cá, e bebamos” (4.1). Amós profetiza que elas seriam levadas ao cativeiro com anzóis de pesca, como o justo juízo de DEUS requeria (4.2,3). Amós tem palavras semelhantes para os mercadores desonestos, os governantes corruptos, os advogados e juízes oportunistas e os sacerdotes e profetas prevaricadores. A terceira mensagem (caps. 5 e 6) alista as abominações de Israel. Amós, pois, conclama o povo ao arrependimento: “Ai dos que repousam em Sião” (6.1), pois a ruína estava prestes a se abater sobre eles. (3) A última seção (7.1—9.10) registra cinco visões de Amós a respeito do juízo divino. A quarta visão descreve Israel como um cesto de frutos em franco estado de putrefação. O juízo divino já se fazia arder (8.1-14). A visão final mostra DEUS em pé ao lado do altar, pronto a ferir Samaria e o reino decadente do qual era ela capital (9.1-10). O livro termina, com breve, porém poderosa promessa de restauração ao remanescente (9.11-15).

Características Especiais
Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Amós. (1) É, primariamente, um grito profético em favor da justiça e da retidão, baseado no caráter de DEUS. Enquanto Oséias sentia-se esmagado pela infidelidade de Israel, Amós enfurece-se pela violação dos padrões da justiça e retidão que o Senhor traçara ao seu povo. (2) Ilustra vividamente quão abominável é para DEUS a religião quando divorciada de uma conduta reta. (3) É uma confrontação radical e vigorosa entre Amós e o sacerdote Amazias (7.10-17), que se tornaria uma cena clássica na profecia hebraica. (4) Seu estilo, audaz e enérgico, reflete a inabalável lealdade do profeta a DEUS e aos seus justos padrões para com o povo do concerto. (5) Demonstra a disposição de DEUS em usar pessoas que lhe são tementes, ainda que desprovidas de credenciais formais, para que proclamem a sua mensagem numa era de profissionalismo. (6) Há, em Amós, numerosos trechos bem conhecidos, entre os quais 3.3,7; 4.6-12; 5.14,15; 21-24; 6.1a; 7.8; 8.11; 9.13.

Cumprimento de Amós ante o NT
A mensagem de Amós é vista mais claramente nos ensinos de JESUS e na epístola de Tiago. Ambos aplicaram a mensagem do profeta, mostrando que a verdadeira adoração a DEUS não é a observância meramente formal da liturgia religiosa: é o “ouvir” e o “praticar” a vontade de DEUS, e o tratamento justo e reto ao próximo (e.g., Mt 7.15-27; 23; Tg 2).
 
A ADORAÇÃO A DEUS - BEP - CPAD
Ne 8.5,6 “E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande DEUS; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.”

A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande DEUS do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em DEUS, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de DEUS em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em CRISTO e através do ESPÍRITO SANTO. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso DEUS e Senhor.

BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS.
O ser humano adora a DEUS desde o ínicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com DEUS no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a DEUS oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a DEUS foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a DEUS enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).

MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.
(1) Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã. (a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.7-12). (b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT (cf. o princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).
(2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de CRISTO na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de CRISTO, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
(3) Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).
(4) Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
(5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de DEUS em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com DEUS através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de JESUS subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a DEUS (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).
(6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. DEUS estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).
(7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
(8) Sempre quando o povo de DEUS se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a DEUS deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.
(9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do ESPÍRITO SANTO e das suas manifestações. Entre essas manifestações do ESPÍRITO na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33 notas). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do ESPÍRITO SANTO durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).
(10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de CRISTO (Mt 28.19,20) ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).

AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES. Quando os crentes verdadeiramente adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete (1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceará com eles (Ap 3.20); (2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14); (3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11); (4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11); (5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15); (6) que encherá de novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At 4.31); (7) que enviará manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13); (8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13); (9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo 17.17-19); (10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11); (11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8); e (12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do ESPÍRITO SANTO (1Co 14.22-25).

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO. O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que DEUS aceite seu louvor e ouça suas orações.
(1) Se a adoração a DEUS é mera formalidade, somente externa, e se o coração do povo de DEUS está longe dEle, tal adoração não será aceita por Ele. CRISTO repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles observavam a lei de DEUS por legalismo, enquanto seus corações estavam longe dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).
(2) Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. DEUS recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm 15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de DEUS como “nação pecadora... povo carregado da iniqüidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a DEUS e comemorava seus dias santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na igreja do NT, JESUS conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque “não achei as tuas obras perfeitas diante de DEUS” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que DEUS não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5). O povo de DEUS só pode ter certeza que DEUS estará presente à sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).
 
Jeremias 34.8 PARA LHES APREGOAR A LIBERDADE. Lhes refere-se a escravos entre os hebreus. A lei de Moisés declara que todos os hebreus, homens ou mulheres, vendidos como escravos por causa de dívidas, deviam ser libertos após seis anos (Êx 21.2-11; Dt 15.12-18). O rei exigiu que todos os governantes e o povo obedecessem a essa lei, e libertassem seus escravos.
- Assim, o rei esperava obter a bênção de DEUS; além disso, os escravos libertos estariam mais dispostos a defenderem Jerusalém.
34.11 E OS SUJEITARAM. Quando o cerco babilônico de Jerusalém foi suspenso temporariamente, ante a ameaça dos egípcios (cf. vv. 21,22), os judeus reativaram a escravidão de seus ex-escravos. Este ato demonstrou que a libertação anterior dos escravos (v. 8) não fora motivada por zelo pela justiça e pela lei de DEUS, mas por egoísmo. Quanto a esses afrontosos violadores da sua lei, DEUS declara: Os cadáveres deles servirão de mantimento às aves dos céus (v. 20).
 
Deutronômio 15.7-11 O POBRE. A obediência à lei de DEUS devia também significar um propósito resoluto de socorrer os necessitados (cf. 24.19-21; Lv 19.10).
(1) DEUS observa nossa atitude e desejo de ajudar os pobres e necessitados. Devemos usar nossos recursos materiais para ajudar os realmente necessitados. O espírito de cobiça e de egoísmo que não se preocupa com as necessidades dos outros, priva-nos da bênção de DEUS (vv. 9,10).
(2) O NT destaca a necessidade da compaixão, sensibilidade e bondade para com os sofredores e outros que enfrentaram circunstâncias difíceis que os levaram à pobreza ou à penúria
(Mt 25.31-36; Gl 6.2,10)
15.13 NÃO O DESPEDIRÁS VAZIO. Os israelitas não podiam mandar embora seus escravos sem provisões suficientes (cf. v. 12). O amor ao próximo (cf. Lv 19.18) os compelia a prover alimentos e suprimentos suficientes à sobrevivência deles, até conseguirem trabalho para ganhar a vida. Semelhantemente, o princípio do amor e da justiça no novo concerto, requer que tratemos os empregados com compaixão, eqüidade e justiça.
 
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”

Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres
e necessitados.

O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
DEUS tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.
(1) O Senhor DEUS é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso DEUS, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). DEUS, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, DEUS impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).
(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).
 
A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS.
No NT, DEUS também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
(1) Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).
(2) JESUS espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de CRISTO para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).
(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do ESPÍRITO SANTO, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de DEUS e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).
(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em CRISTO. JESUS equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do ESPÍRITO SANTO, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). DEUS quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em CRISTO.
 
A igreja faz atos de justiça.
O texto de Apocalipse afirma que a vestimenta da Noiva de CRISTO no dia das bodas do Cordeiro será um linho finíssimo, que são os atos de justiça dos santos.
A igreja precisa denunciar o pecado, a injustiça social, a corrupção no governo e nas demais áreas da sociedade.
A igreja também precisa organizar ministérios que tragam justiça à nossa sociedade. A Bíblia nos ensina que não somos salvos por obras, mas isto não quer dizer que a igreja não precisa praticar obras. Outras religiões e movimentos têm organizado diversos trabalhos de ajuda social, e a igreja, que é quem deveria fazer isso, muitas vezes fica fora desses trabalhos. Algumas sugestões: organizar orfanatos, asilos, casas para cuidar de aidéticos, distribuição de cestas básicas, de roupas, assessoria jurídica, médica, tirar mendigos e dependentes químicos da rua, creches, ajudar o governo a criar infraestrutura, plantar árvores, ajudar a melhorar o trânsito etc.
A igreja pode e deve fazer muito. Veja os problemas da sua comunidade, ore por uma solução, e faça algo de prático para transformar a situação.
 
INTERAÇÃO
O nome Amós quer dizer "fardo" e Tecoa significa "soar o chifre do carneiro". Estas significações denotam a mensagem de destruição ecoada no Reino do Norte. O profeta não exitara em denunciar a corrupção do sistema político, jurídico, social e religioso de Israel. Amós ainda teve de enfrentar uma franca oposição religiosa do sacerdote Amazias. Este era alinhado à política de Jeroboão II. Em Amós aprendemos o quanto pode ser nefasta a mistura da política com a religião. Ali, tínhamos um sacerdote, "representante de DEUS" dizendo sim para tudo o que o rei fazia. Mas lá, o profeta "boieiro" dizia não! Era o Soberano dizendo "não" para aquela espúria relação de poder.
 
OBJETIVOS- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Dissertar a respeito da vida pessoal de Amós e a estrutura do livro.  
Saber que a justiça social é um empreendimento bíblico. 
Apontar a política e a justiça social como elementos de adoração a DEUS.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Prezado professor, vivemos num tempo de grandes injustiças sociais e corrupção política. Pessoas sem temor de DEUS e amor ao próximo buscam intensamente os seus próprios interesses. Por isso, sugerimos que, ao introduzir os tópicos II e III da lição, pergunte aos alunos o que eles pensam sobre esse quadro de corrupção e injustiça social instalados em nossa sociedade. Em seguida, com o auxílio do esquema abaixo  explique os termos "política" e "justiça social". Diga que, à luz da mensagem de Amós, tais práticas fazem parte da adoração a DEUS. 
 
POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL EM AMÓS
POLÍTICA
JUSTIÇA SOCIAL
Queremos dizer sobre política “o conjunto de práticas relativo a uma sociedade”. Pois as relações humanas numa sociedade são estabelecidas de acordo com decisões políticas tomadas por representantes dela (Am 7.10-14).
Justiça social é o conjunto de ações sociais, destinado a suprimir as injustiças de todos os níveis, reduzindo a desigualdade e a pobreza, erradicando o analfabetismo e o desemprego, etc (Am 8.4-8).
 

RESUMO DA LIÇÃO 4, AMÓS, A JUSTIÇA SOCIAL COMO PARTE DA ADORAÇÃO

I.O LIVRO DE AMÓS 
1. Contexto histórico.
2. Vida pessoal.
3. Estrutura e mensagem.
II.POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL 
1. Mau governo.
2. A justiça social.
3. O pecado.
III. INJUSTIÇAS SOCIAIS 
1. Decadência social (2.6).
2. Decadência moral.
3. Decadência religiosa.
IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO  
1. Adoração sem conversão.
2. O significado dos sacrifícios.
3. Os cânticos.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9). 
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - O senso de justiça cristã expressa o pensamento da lei e dos profetas que, por sua vez, é parte do grande mandamento de JESUS CRISTO.  
SINÓPSE DO TÓPICO (3) As injustiças sociais no livro de Amós são representadas pelas decadências social, moral e religiosa.  
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A verdadeira adoração não consiste em rituais externos ou em cerimônias litúrgicas, mas no espírito quebrantado e num coração contrito 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliológico
"O Quarteto do Período Áureo da Profecia Hebraica
O profeta Amós exerceu o seu ministério 'nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei Israel' (1.1). Isso mostra que ele viveu na mesma época de Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa, na Judeia, mas DEUS o enviou para profetizar em Samaria, no reino do Norte. Miqueias é também dessa época, mas começou suas atividades um pouco depois dos três primeiros, pois Uzias não é mencionado: 'nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá' (1.1).
Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. [...] Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.116).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"DEUS E AS NAÇÕES [...] Amós e Miqueias têm muito mais a dizer sobre a relação das nações com Israel e o seu DEUS. Desde o início, ambos os livros deixam claro que a soberania do Senhor não está limitada a Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com uma série de falas de julgamento contra as nações vizinhas de Israel (Am 1.3-2.3). Miqueias inicia com um retrato vívido da descida teofânica do Senhor para julgar as nações (Mq 1.2-4). Para estes profetas, o DEUS de Israel é 'Senhor de toda a terra' (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.12, as nações 'são chamadas' pelo 'nome' do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm 12.28; Is 4.1).
A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra a autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o termo é usado para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2.6-16) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as nações estrangeiras eram responsáveis diante de DEUS? Entre os crimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico de escravos, quebra de tratados e profanação de túmulos. Todos estes considerados juntos, pelo menos em princípio, são violações do mandato de DEUS dado para Noé ser frutífero, multiplicar-se e mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores da imagem divina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto este mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre suserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipulações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crime de carnificina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da 'aliança eterna' (Is 24.5; cf. Gn 9.16) que ocasionaria uma maldição na terra inteira (cf. Is 24.6-13). A seca, um tema comum nas bíblicas e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No título da sua série de oráculos de julgamento, Amós também disse que o julgamento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca compendiava as maldições que vinham sobre as nações por rebelião contra o Suserano" (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446).

Existe, inegavelmente, hoje, um grande problema na igreja em relação à assistência social e isso se deve principalmente pela falta de obediência e prática da Palavra de DEUS. Foram escolhidos pela própria igreja, na época dos apóstolos, sete homens, com pelo menos três condições básicas para a tarefa de distribuir alimentos e ajuda aos necessitados: deveriam os candidatos serem medidos por seu grau de comunhão com o ESPÍRITO SANTO (Cheios do Mesmo); por seu grau de conhecimento da Bíblia (cheios de sabedoria) e por seu grau de testemunho cristão (boa reputação).
O que vemos hoje são pessoas com muita necessidade financeira e sem nenhum dos requisitos exigidos pela Palavra de DEUS sobre "esse tão importante negócio", em nossas igrejas. Daí o resultado não ser satisfatório ao esperado.
Muitas vezes encontramos entre as doações roupas rasgadas ou em péssimas condições para serem usadas pelos necessitados. Encontramos alimentos com problemas de validade e muitos sem qualquer condição de serem aproveitados.
Algumas vezes encontramos irmãos que não doam por saberem que as pessoas que foram designadas para cuidarem desse departamento estão desviando essas ajudas para si próprias ou para parentes que muitas vezes nem têm tanta precisão como outros na comunidade.
O ideal seria ajudarmos primeiro os domésticos da fé, ou seja, os de nossa congregação, depois os de outras congregações, depois os de outras denominações e depois os que ainda não são evangélicos, mas que todos na comunidade fossem beneficiados, inclusive os que não são da igreja, e caso ainda sobre, devemos doar aos necessitados de outros bairros, de outras cidades e até mesmo de outros países. Isso agrada a DEUS e faz prosperar os que assim procedem para que possam abundar mais e mais nesse "tão importante negócio".
O ideal é que tenhamos asilos, creches, hospitais, colégios, centros de recuperação para drogados e viciados, casa para idosos, casa de abrigo para órfãos e sem-teto.
Temos certeza que em cada guarda-roupa de crente existe pelo menos um par de roupa para ser doado; em cada despensa um sabonete, um creme dental, um pacote de biscoito, um quilo de arroz, um quilo de feijão, etc...
Experimente ser cristão praticante, vale a pena!!!!!!!!!!
Sem fé é impossível agradar a DEUS, as obras não salvam, mas a fé é cheia de boas obras na vida do verdadeiramente salvo, pois de nada vale a fé sem obras.
O ser humano é corpo, alma e espírito - as três áreas precisam ser cuidadas com amor pelos seguidores Daquele que mais amou, aponto de nos dar sua própria vida - JESUS CRISTO.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.         
  SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.38.
 

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 4, AMÓS, A JUSTIÇA SOCIAL COMO PARTE DA ADORAÇÃO

Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Porque vos digo que, se a vossa ____________________________________ não _____________________________ a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no _________________________ dos céus" (Mt 5.20). 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
_______________________________ e ________________________________ são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira _______________________________________ a DEUS.  
I.O LIVRO DE AMÓS 
3- De onde era Amós, quando exerceu seu ministério e de quais profetas foi contemporâneo?
(    ) Amós era originário de Samaria, cidade situada a 17 quilômetros ao Norte de Jerusalém.
(    ) Amós era originário de Tecoa, aldeia situada a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém.
(    ) Amós exerceu o seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel..
(    ) Amós foi, de acordo com a tradição judaico-cristã, contemporâneo de Oseias, Jonas, Isaías e Miqueias, no período assírio.
4- Como era a vida pessoal de Amós?
(    ) Era camponês de Judá, "boieiro e cultivador de sicômoros".
(    ) Era camponês de Judá, "pastor de ovelhas e profeta".
(    ) Amós não fazia parte da escola dos profetas.
(    ) Foi enviado por DEUS a profetizar em Betel, centro religioso do Reino do Norte.
(    ) Em Betel, Amós enfrentou forte oposição do sacerdote Amazias, alinhado politicamente ao rei Jeroboão II.
5- Qual a situação geral do Reino de Israel na época de Amós?
(    ) Todo o sistema político, religioso, social e jurídico do Reino de Israel estava contaminado.
(    ) Foi esse o quadro que Amós encontrou nas dez tribos do Norte.
(    ) O profeta falou somente aos líderes sobre a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres.
(    ) O profeta tornou pública a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres.
(    ) Ele levantou-se também contra as injustiças sociais e contra toda a sorte de desonestidade que pervertia o direito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados.
(    ) No cardápio da iniquidade, estavam incluídos ainda o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria..
6- Qual a estrutura e mensagem do livro de Amós?
(    ) O livro se divide em quatro partes principais.
(    ) O livro se divide em duas partes principais.
(    ) A primeira consiste nos oráculos que vieram pellos sonhos e a segunda, nas visões.
(    ) A primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra e a segunda, nas visões.
(    ) O discurso de Amós é um ataque direto às instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.
(    ) O assunto do livro é a justiça de DEUS.
(    ) O discurso fundamenta-se em denúncias e ameaças de castigo, terminando com a restauração futura de Israel.
7- Onde Amós é citado em o Novo Testamento?
(    ) Mt 7.42,43; At 15.16-18. 
(    ) Mc7.42,43; At 17.16-18. 
(    ) At 7.42,43; At 15.16-18.
II.POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL 
8- Como foi o governo de Israel, no geral?
(    ) Bom governo, com alguns maus governantes.
(    ) Mau governo.
(    ) Infelizmente, alguns líderes, como Saul e Jeroboão I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido.
(    ) Amós encontrou um desses maus políticos no Reino do Norte.
(    ) Oseias, seu colega de ministério, também denunciou esses males com tenacidade e veemência.
9- Como devemos nos portar quanto à justiça social?
(    ) É nossa responsabilidade pregar o evangelho e não nos metermos em assuntos da sociedade.
(    ) É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa.
(    ) Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã.
10- Quais profetas foram enviados para bradar energicamente contra as injustiças sociais, tanto no Reino do Norte quanto em Judá?
(    ) Amós foi o único profeta do sul a bradar energicamente contra as injustiças sociais em Jerusalém.
(    ) Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças sociais.
(    ) Em Judá, mensagem de igual teor aparece por intermédio de Isaías, Miqueias e Sofonias.
11- A que se refere a expressão: "Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo" (2.6)?
(    ) Refere-se ao número de transgressões de Israel contra DEUS, na época de Amós.
(    ) Refere-se não à numeração matemática, mas é máxima comum na literatura semítica (veja fraseologia similar em Jó 5.19; 33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6).
(    ) Nesse texto, significa que a medida da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina.
III. INJUSTIÇAS SOCIAIS 
12- Complete segundo a decadência social (2.6) de Israel, na época de Amós:
Amós condena o _____________________________________ e a indiferença dos mais abastados no trato aos carentes do povo, que veem seus direitos serem violados (2.7; 4.1; 5.11; 8.4,6). _________________________ os próprios irmãos pobres por um par de sandálias é algo chocante. Tal ato, que atenta contra a dignidade humana, demonstra a situação de desprezo dos poderosos em relação aos menos favorecidos. Uma vez que as autoridades e os poderosos aceitavam ____________________________________ para torcer a justiça contra os pobres, o profeta ______________________________________ esse pecado mais de uma vez (8.4-6).
13- A que ponto chegou a decadência moral de Israel, na época de Amós?
(    ) A prostituição cultual era outra prática chocante de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação.
(    ) Acontecia isso: "Um homem casado e seu pai coabitam com a mesma esposa e, assim, profanam o meu santo nome".
(    ) Acontecia isso: "Um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome".
(    ) O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheiro sujo da opressão que os maiorais infligiam ao povo.
14- A que ponto chegou a decadência religiosa de Israel, na época de Amós? Complete:
O profeta denuncia a violação da lei do _________________________________ que ninguém mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se restringe à crueldade e à apropriação indébita, mas também a prática do ____________________________________ pagão, visto que a expressão "qualquer altar" (2.8) não pode ser no templo de Jeová, e sim no de um ______________________________. Amós encerra a denúncia a essa série de pecados, condenando a __________________________________, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto pagão e nos banquetes em __________________________________ aos deuses. 
IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO  
15- Como era a adoração sem conversão em Israel, na época de Amós?
(    ) DEUS declara se agradar das festas religiosas que os israelitas promoviam, mas com ressalvas.
(    ) A despeito de sua baixa condição moral e espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a Jeová sem refletir e com as mãos sujas de injustiças.
(    ) Tanto Israel como Judá, reproduziam o pensamento pagão, segundo o qual sacrifícios e libações são suficientes para aplacar a ira dos deuses.
(    ) DEUS declara não ter prazer algum nas festas religiosas que os israelitas promoviam.
16- Qual o significado dos sacrifícios oferecidos a DEUS na época de Amós e qual a diferença entre eles?
(    ) Expressar a consagração do ofertante a DEUS era uma das marcas dos sacrifícios.
(    ) Amós menciona dois tipos de sacrifícios: "Libações" e "Sacrifícios de animais".
(    ) Amós menciona dois tipos de sacrifícios: "ofertas de manjares" e "ofertas pacíficas".
(    ) As ofertas de manjares não eram sacrifícios de animais.
(    ) Tratava-se de algo diferente, que incluía flor de farinha, pães asmos e espigas tostadas, representando a consagração dos frutos dos labores humanos a DEUS.
(    ) As ofertas pacíficas eram completamente voluntárias e tinham uma marca distintiva, pois o próprio ofertante podia comer parte do animal sacrificado.
17- Como deve ser a adoração e o ato de adorar? Complete:
Os cânticos faziam parte das assembleias solenes (5.23). No entanto, eles perdem o valor espiritual quando não há ___________________________________ sincero. A verdadeira adoração, porém, não consiste em rituais _________________________ ou em cerimônias formais. O genuíno sacrifício para DEUS é o ______________________________ quebrantado e o coração _____________________________ (Sl 51.17). Há um número muito grande e variado de palavras hebraicas e gregas para descrever a adoração e o ato de adorar. Contudo, a ideia principal de todas é de ______________________________ reverente, serviço sagrado e ____________________________ a DEUS, tanto de maneira pública como individual. Em suma, DEUS exige de seu povo _____________________________________ adoração. 
CONCLUSÃO 
18- O que requer a adoração ao verdadeiro DEUS, nas suas várias formas?
(    ) Requer alegria e sentimento.
(    ) Requer santidade e coração puro.
(    ) Trata-se de uma comunhão vertical com DEUS, e horizontal, com o próximo.
(    ) É dever do cristão não nos esquecermos dos pobres e necessitados.
(    ) É dever do cristão a responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas. 
  
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-ada-1tr11-assistenciasocialimportantenegocio.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-2co-oprincipiobiblicodagenerosidade.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-3tr10-mpb-profetasmaioresemenores.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-1cj-oamoradeuseaoproximo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-ldc-ajudanecessitados.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao08-im-amissaosocialdaigreja.htm