Lição 13: O sacrifício que agrada a Deus, 5ptes, 3Tr13, Ev Henrique, EBD NA TV

LIÇÃO 13 - O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja. Comentário: Pr. Elienai Cabral Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva QUESTIONÁRIO NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm TEXTO ÁUREO "Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom" (Sl 54.6). VERDADE PRÁTICA Ajudando os nossos irmãos, contribuímos para a obra de DEUS, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de graças. LEITURA DIÁRIA Segunda - Gn 4.1-7Os primeiros sacrifícios Terça - Sl 50.7-23Os sacrifícios que DEUS quer Quarta - Sl 51.17Sacrifícios para DEUS Quinta - Hb 13.15Sacrifício de louvor Sexta - Is 58.1-12O sacrifício do jejum Sábado - Fp 4.14-18O auxílio como oferta a DEUS LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 4.14-23 14Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição. 15 E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente. 16 Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica. 17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta. 18 Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a DEUS. 19 O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS. 20 Ora, a nosso DEUS e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém! 21 Saudai a todos os santos em CRISTO JESUS. Os irmãos que estão comigo vos saúdam. 22 Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César. 23 A graça de nosso Senhor JESUS CRISTO seja com vós todos. Amém! BEP- CPAD 4.16 MANDASTES O NECESSÁRIO. A igreja filipense era uma igreja missionária, que supria as necessidades de Paulo durante suas viagens (1.4,5; 4.15-17). Sustentar os missionários no seu trabalho em prol do evangelho, é obra dignificante e aceita por DEUS, "como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível" a Ele (v. 18). Por isso, aquilo que damos para o sustento do missionário fiel, é considerado oferta apresentada a DEUS. Tudo que é feito a um dos irmãos, por pequeno que seja, é feito como ao próprio Senhor (Mt 25.40). 4.19 SUPRIRÁ TODAS AS VOSSAS NECESSIDADES. Paulo enfatiza o cuidado amoroso de DEUS Pai pelos seus filhos. Ele suprirá todas as nossas necessidades (materiais e espirituais), à medida que as apresentarmos diante dEle. O suprimento das nossas necessidades vem "por CRISTO JESUS". Somente em união com CRISTO e na comunhão com Ele é que podemos experimentar o provimento da parte de DEUS. Entre as muitas promessas das Escrituras que confere esperança e encorajamento ao povo de DEUS, no tocante ao seu cuidado, provisão e socorro, temos: Gn 28.15; 50.20; Êx 33.14; Dt 2.7; 32.7-14; 33.27; Js 1.9; 1 Sm 7.12; 1 Rs 17.6,16; 2 Cr 20.17; Sl 18.35; 23; 121; Is 25.4; 32.2; 40.11; 41.10; 43.1,2; 46.3,4; Jl 2.21-27; Ml 3.10; Mt 6.25-34; 14.20; 23.37; Lc 6.38; 12.7; 22.35; Jo 10.27,28; 17.11; Rm 8.28,31-39; 2 Tm 1.12; 4.18; 1 Pe 5.7. Modelos de um Servo espiritual - (Filipenses 4:14-23) - MacArthur, J. (2001). Philippians (309). Chicago: Moody Press. UMA PESSOA SATISFEITA ESTÁ PREOCUPADO COM O BEM-ESTAR DOS OUTROS Filipenses (4:14–19). Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações. Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês; pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês. Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. Elas são uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a DEUS. O meu DEUS suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em CRISTO JESUS. (4:14–19). A vertente final do plano de contentamento de Paulo era a preocupação para com os outros. Aqueles que vivem só para si nunca estarão contentes, porque contentamento para eles só pode existir quando as todas as circunstâncias são exatamente como eles querem. E isso nunca vai acontecer. Somente aqueles que, desinteressadamente, colocam o bem-estar dos outros acima de seu próprio, encontrarão contentamento. Paulo orou para que o amor dos filipenses crescesse ainda mais e mais" (1:9), uma das qualidades do verdadeiro amor bíblico é a generosidade (1 Coríntios 13:5.). Ele também exortou, "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade e respeito de uns para com os outros, considerando-os mais importantes do que vós; não se limitam a olhar para seus próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros" (2: 3-4). Essa é a atitude "que houve também em CRISTO JESUS" (2:5); Se JESUS tivesse olhado apenas para seus próprios interesses, ele nunca teria deixado o céu a sacrificar-se pelos pecadores, pessoas caídas. "No entanto" introduz uma importante transição no pensamento de Paulo. O que ele tinha escrito nos versos 10-13 poderia facilmente ter enviado a mensagem errada aos Filipenses. Apesar da sua pobreza (cf. 2 Coríntios. 8:12), eles tinham enviado um presente de sacrifício para Paulo através de Epafrodito (4:18). Depois de ficar em Roma por um tempo e ministrando ao apóstolo, Epafrodito voltou para Filipos, trazendo essa carta de Paulo com ele. Para a igreja Paulo dizia: "Não digo isto por falta, porque já aprendi a viver contente em qualquer circunstância"; "Aprendi o segredo de ser preenchido e passar fome, tanto de ter abundância como a sofrer necessidade" e "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (4:11-13). Se a carta tivesse terminado naquele momento, os Filipenses teriam concluído que Paulo não havia apreciado seu presente sacrificial para com ele. Para ter certeza de que os filipenses não entenderiam mal sua resposta, Paulo apressou-se a assegurar-lhes que eles tinham feito bem (kalos, algo nobre) compartilhando suas posses com ele em sua aflição. Ele precisava explicar-lhes que o presente poderia ser um ato nobre, mesmo que ele não precisasse dele para sobreviver. Paulo começou por levar seus leitores de volta há dez anos atrás, em sua primeira pregação do Evangelho em Filipos. Durante esse tempo, e mesmo depois de haver deixado a Macedônia viajando para as cidades da Acaia, de Atenas e Corinto, nenhuma outra igreja compartilhou com ele na questão de dar e receber. Essa frase reflete uma terminologia de negócios. A palavra matéria é traduzida às vezes como "Contas" (Mateus 18:23; 25:19) ou "contabilidade" (Lucas 16:2) e os termos dar e receber pode significar "crédito" e, evidentemente, Paulo estava em "débito". Um gestor cuidadoso de seus recursos mantém um relatório de suas receitas e despesas em dia. Mesmo antes de deixar a Macedônia os Filipenses apoiaram Paulo, durante o seu ministério em Tessalônica, eles lhe mandaram presentes mais de uma vez para cobrir suas necessidades. A sua generosidade e o árduo trabalho do próprio Paulo, permitiu-lhe ministrar gratuitamente em Tessalônica (1 Tessalonicenses 2:9;.. 2 Tessalonicenses 3:8) e Corinto (Atos 18:5; 2 Coríntios. 11:8) sem custos financeiros para tais igrejas. Paulo pôde alegrar-se com a provisão soberana de DEUS para com ele porque ele era altruísta, queria ajudar e não ser ajudado. Esse desprendimento levou-o a escrever, "não que eu procure o presente em si, mas procuro o lucro que aumenta a sua conta (cf. Mt 6:19-20;. 1 Tim 6:17-19). O presente dos Filipenses trouxe a Paulo a alegria, não por causa de seu benefício material pessoal para ele, mas por causa de seu benefício espiritual para eles. O princípio de que aqueles que dão generosamente serão abençoados é ensinado repetidamente nas Escrituras. Salomão escreveu: "Há aquele que espalha, e ainda aumenta ainda mais, e há um que retém o que é justamente devido, e isso resulta apenas na miséria". Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido."(Prov. 11:24-25). Mais tarde, em Provérbios, ele acrescentou: "Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício." (Prov. 19:17), "Quem é generoso será abençoado" (Prov. 22:9), e "O que dá ao pobre não terá necessidade, mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições." (Provérbios 28:27). Em Lucas 6:38 JESUS disse: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo."Aos Coríntios, Paulo escreveu:" E agora digo isto, aquele que semeia pouco, pouco também ceifará, e aquele que semeia em abundância em abundância também ceifará "(2 Cor . 9:6). O próprio Paulo foi um exemplo de alguém que generosamente deu aos pobres, como ele lembrou aos anciãos de Éfeso: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber."(Atos 20:35). Três declarações resumem a alegria de Paulo e sua gratidão. O verbo grego na frase "recebi tudo" era comumente usado em um sentido comercial grego extra-bíblico para designar o pagamento integral. Esta afirmação é dita por Paulo aos Filipenses em resposta a sua ajuda. Já possuo em abundância traduz um verbo grego que significa "a transbordar", "ter um excesso", ou "ter mais do que o suficiente." O verbo grego na declaração final de Paulo "Estou amplamente suprido" fala de ser cheio completamente. Em conjunto, essas três frases mostram que Paulo, tendo recebido de Epafrodito o que os Filipenses tinham enviado para ele se sentiu alegre e satisfeito por sua generosidade. Usando uma linguagem sacrificial do Antigo Testamento, Paulo descreveu a oferta dos filipenses como um sacrifício de aroma perfumado (cf. Gn 8:20-21; Ex 29:18; Lev 1:9, 13, 17, Num 15:03 ), um sacrifício aceitável (cf. Lv 19:5;. 22:29;. Isa 56:7), bem agradável a DEUS (cf. Sl 51:19). Paulo viu o presente dos filipenses como um ato de sacrifício de adoração a DEUS. Tais sacrifícios espirituais continuam sendo necessários para os crentes da Nova Aliança, em vez dos sacrifícios de animais da Antiga Aliança. Em Romanos 12:1 Paulo exorta: "Apresentei os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto espiritual (racional) de adoração." O autor de Hebreus exorta: "Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada."(Hebreus 13:15-16). Pedro lembra aos crentes que eles são um "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo." (1 Pedro 2:5). A alegria de Paulo pelo sacrifício aceitável a DEUS dos filipenses ultrapassou em muito a sua alegria de receber seu presente material. Paulo sabia que os filipenses não só receberiam as bênçãos espirituais nos céus pela sua generosidade, mas também que DEUS iria suprir todas as suas necessidades físicas nesta vida. Os filipenses tinham sacrificialmente (cf. 2 Coríntios. 8:1-3) dado de suas posses terrenas para apoiar o servo de DEUS, Paulo. Em troca, DEUS supriria suas necessidades amplamente, Ele não ficaria em dívida para com eles, ou seja, não deixaria de retribuir-lhes. Tendo semeado em abundância, eles ceifariam também em abundância (2 Cor 9:6.); Ter "Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares."(Provérbios 3:9-10). Eles descobrem que é impossível alguém dar mais do que DEUS dá. A frase de acordo com Suas riquezas da glória em CRISTO JESUS revela o tamanho da medida em que DEUS iria suprir as necessidades dos filipenses. Ele iria fazê-lo segundo as suas riquezas, e não fora delas; Sua dádiva para com eles seria em relação à imensidão de sua riqueza eterna, isto é, tão generosamente quanto é consistente com suas riquezas na glória em CRISTO JESUS (abundantes riquezas espirituais). O Novo Testamento repetidamente apresenta CRISTO JESUS como a fonte de todas as riquezas de DEUS. Nele "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2:3). Paulo escreveu aos Colossenses: "Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse - Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade"(Col. 1:19; 2:9). "O DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO ... nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em CRISTO" (Ef 1:3). Em Efésios 1:23 o apóstolo descreveu JESUS como "que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.", e lembrou aos Coríntios que "Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento"(1 Cor. 1:4-5). Repetindo esse pensamento, Pedro escreveu: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude," (2 Pedro 1:3). As lições cruciais do contentamento ilustrados aqui na vida de Paulo podem ser resumidos em cinco palavras: fé, humildade, submissão, dependência, altruísmo e essas virtudes caracterizam todos os que já aprenderam a se contentarem com o que recebem de DEUS. Os santos de DEUS (Filipenses 4:20-23) A nosso DEUS e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém. Saúdem a todos os santos em CRISTO JESUS. Os irmãos que estão comigo enviam saudações. Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de César. A graça do Senhor JESUS CRISTO seja com o espírito de vocês. Amém. (4:20–23) O tema da celebração da passagem do livro de Filipenses é encontrada na palavra bem familiar "santo", mas muitas vezes incompreendida. A palavra se afastou bastante da sua significação no Novo Testamento, e foi perdendo seu real sentido e valor nas várias culturas e religiões atuais. Para alguns, a conotação "santinho" é até ofensiva. Eles não podem chamar-se santos, por medo disso soar como uma maneira egoísta, arrogante e orgulhosa de se auto-denominar. Outros acreditam que os santos são aqueles que realizam coisas notáveis e boas para a humanidade. Para outros, o termo santo evoca a imagem de uma figura idolatrada gravada no vitral de uma catedral ou uma imagem feita de gesso ou outro qualquer material em homenagem a alguém. Grande parte da confusão sobre os santos provém dos ensinamentos da Igreja Católica Romana. Um santo na teologia católica romana é alguém que, por causa de sua exemplar virtude, mérito, dedicação, e realização religiosa, já é exaltado no céu (ao contrário da maioria dos fiéis católicos, que só podem esperar para entrar no céu depois de uma estadia prolongada no purgatório). Tal pessoa é elevada à santidade por um decreto oficial do papa conhecido como canonização, e é uma pessoa considerada um modelo cuja vida é para ser imitada. Mas canonização pela Igreja Católica significa muito mais do que apenas estabelecer alguém como santo, como um exemplo a ser seguido, pois, santos canonizados são também venerados e adorados publicamente. Igrejas são muitas vezes dedicadas em sua memória, um dia de festa é observado para honrá-los, e as missas são celebradas em sua honra. A Igreja Católica também encoraja seus membros a apelar para os santos para interceder junto a DEUS em seu nome. Assim, as orações são oferecidas a eles, e suas estátuas e relíquias são veneradas. De acordo com a teologia católica romana, os santos podem interceder não só pelos vivos, mas também por aqueles que estão no purgatório (na teologia católica, um lugar de castigo após a morte para fazer um ajuste e contas e só então entrar no céu). Católicos em vida podem, portanto, apelar para os santos para que estes intercedam junto a DEUS em nome de seus entes queridos que sofrem no purgatório. Mas, segundo o Novo Testamento, um santo não é uma relíquia eclesiástica cristalizado em um vitral, imortalizado em uma estátua, ou canonizado por Roma. Um santo é alguém que veio à fé salvadora na salvação única por meio do sacrifício do Senhor JESUS CRISTO. Na verdade, "santo" é o termo favorito do apóstolo Paulo aos cristãos e aparece quarenta vezes em suas epístolas. Ele se dirigiu a todos os crentes de Filipos como santos no verso de abertura desta epístola (cf. Rm 1:7;. 1 Coríntios 14:33;. 2 Coríntios 1:1;.. Ef 1:1; Col. 1:02 ;. Hb 13:24). Paulo ainda se dirigiu aos membros da igreja de Corinto, a mais problemática igreja do Novo Testamento, com pecados terríveis acontecendo em seu meio, como "aqueles que foram santificados em CRISTO JESUS, chamados santos" (1 Cor. 1:2). Um santo não é um super-herói da fé; um santo é alguém que tem a vida eterna em CRISTO (Rm 6:23) e em quem a luz de CRISTO brilha (Fp 2:15). Nesta parte final de sua carta aos Filipenses, provavelmente escrita com as próprias mãos (cf. 1 Cor 16:21;. Gal 6:11;. Col. 4:18;. 2 Tessalonicenses 3:17), Paulo lembra de sua identificação com os santos. Ele descreve o caráter dos santos, a adoração dos santos, a comunhão dos santos, a alegria dos santos, e o recurso de oração dos santos. O CARÁTER DOS SANTOS - santo ... santos (4:21, 22) Inerente à definição de hagios (santo), ou hagioi (santos) é o caráter ou a natureza dos santos. O termo pode ser traduzido como "separados", "os separados", "aqueles que foram santificados", o termo é também usado no Novo Testamento em referência aos anjos eleitos (Marcos 8:38 "santos"., Lucas 9:26, Atos 10:22, Ap 14:10) e, Santo de Deus (Marcos 1:24, Lucas 1:49; 4:34, João 6:69; 17:11, Atos 2:27; 3:14, 4:27, 30; 13:35, 1 Pedro 1:15, 16, 1 João 2:20; Ap 3:7; 4:8; 6:10; 15:04, 16:5). A santidade de DEUS é a Sua separação total e completa do pecado. Um santo, portanto, é alguém que foi separado do pecado para DEUS, para propósitos sagrados. "Em CRISTO JESUS" (v. 21) é a esfera espiritual em que a santidade se torna realidade, os santos são aqueles que estão em JESUS CRISTO. Essa realidade é exclusiva para o cristianismo. Os adeptos de outras religiões do mundo não se vêem como sendo unidas com o fundador da sua religião, pois eles apenas seguem seus ensinamentos. Mas para os cristãos, não basta apenas crer que CRISTO que viveu, morreu, ressuscitou dos mortos, e está voltando novamente para nos buscar, pois eles também estão nele em uma união espiritual perfeita de vida (cf. 1:21, 4:1, Rm 8:1; 16. :11-13, 1 Coríntios 1:30;. 3:1; 7:22, 2 Coríntios 1:21;. 5:17;. Ef 5:8; 6:10; Col. 1:2, 28; 4 : 7). Por isso eles podem dizer como Paulo: "Já estou crucificado com CRISTO; e já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim, e a vida que agora vivo na carne, vivo pela fé no Filho de DEUS, que me amou e Se entregou por mim "(Gl 2:20). Através de Sua morte sacrificial na cruz, JESUS CRISTO coloca os crentes em comunhão com DEUS e torna-os santos. O escritor aos Hebreus observa: "Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez." (Hb 10:10). Aos Coríntios, Paulo escreveu: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo... Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."(2 Coríntios. 5:17, 21). O batismo é figura da união do crente com CRISTO em Sua morte, sepultamento e ressurreição (Rm 6:3-4). Assim, cada crente é um santo, porque cada crente é separado do pecado para DEUS através da fé em JESUS CRISTO. Ao chamar os filipenses de santos, Paulo lembrou-lhes que eles devem viver como separados do pecado para a justiça. A ADORAÇÃO DOS SANTOS A nosso DEUS e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém. (4:20) Este hino de louvor é uma amostra da adoração dos santos. Os santos não são pessoas que devam ser adoradas, são pessoas que adoram. O Culto define o viver dos redimidos, e Paulo começou a parte final de Filipenses com uma doxologia. O Inglês a palavra "doxologia" vem de duas palavras gregas, doxa ("glória") e logos ("palavra"). Assim, uma doxologia é uma palavra sobre a glória, é uma explosão de louvor e adoração que honra e atribui glória somente a DEUS. Doxologias nas Escrituras são respostas ajustadas à verdade doutrinária. Este fluído da alegria exuberante de Paulo sobre as verdades magníficas que foram inspiradas por DEUS para serem expostas nesta carta. A verdadeira adoração flui de verdade divina. Na doxologia de Romanos 11:33-36, Paulo se alegrou e louvou a DEUS pelas verdades monumentais reveladas em Romanos capítulos 1 a 11 que é o tratado doutrinário mais magnífico em toda a Escritura. Ele escreveu: Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! Como ele concluiu a epístola cinco capítulos mais tarde, o coração de Paulo ainda estava transbordando de louvor para as verdades maravilhosas que continha: Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém. (Rm 16:25-27). Em Efésios, depois de três capítulos de rica verdade doutrinal, Paulo novamente explodiu em uma doxologia de louvor e adoração: "Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!"(Ef 3:20-21). Em Gálatas 1:5 Paulo escreveu esta breve doxologia como antecipação das verdades que ele logo iria compartilhar com os Gálatas: "A DEUS seja a glória para sempre. Amém ". A doxologia é também uma resposta adequada a tudo o que DEUS fez pelos crentes. Em agradecimento por sua maravilhosa salvação, Paulo escreveu: "Ora, ao Rei eterno, imortal, invisível, ao único DEUS, seja honra e glória para todo o sempre. Amém "(1 Tm. 1:17). Enfrentando o martírio, ele poderia, no entanto, confiante exultar: "E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém."(2 Tm 4:18.). Judas escreveu uma doxologia de louvor para a segurança eterna dos crentes: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém."(Judas 24-25). Paulo identificou o objeto de sua doxologia primeiro como nosso DEUS, o DEUS da adoração dos cristãos, o único DEUS vivo e verdadeiro. João 5:44 descreve-O como "o único DEUS", João 17:3 como "o único DEUS verdadeiro", Romanos 16:27, como "o único DEUS sábio"; 1 Timóteo 1:17 e Judas 25 como "um só DEUS". O pronome "nosso" enfatiza o relacionamento pessoal dos crentes com Ele, pois eles existem para adorar o DEUS verdadeiro em comunhão pessoal e íntima. Como observado anteriormente, o ato habitual de adorar a DEUS define os crentes, "Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne." (Fp 3:3). O objeto da redenção era fazer adoradores pessoais. JESUS declarou à mulher samaritana no poço de Sicar: "Mas vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois são estes que o Pai procura para seus adoradores" (João 4 : 23; cf Ap 5:9; 7:910). Adorar o verdadeiro DEUS não pode ser feito na ignorância. É impossível para adorá-Lo a menos que se saiba quem Ele é. Nem DEUS quer adoração ignorante. Em Oséias 6:6 DEUS declarou: "Tenho prazer em lealdade, em vez de sacrifício, e no conhecimento de DEUS mais que em holocaustos", enquanto que JESUS disse em João 4:24, "DEUS é espírito, importa que aqueles que o adoram o adorem em espírito e em verdade." A adoração ignorante é inaceitável, pois é uma forma de idolatria. Idolatria não é apenas adorar falsos deuses, mas também pensamentos inadvertidos sobre o verdadeiro DEUS, que sejam falsos e indignos dEle. A. W. Tozer escreve: Entre os pecados a que o coração humano está sujeito, dificilmente qualquer outro é mais odioso para DEUS do que a idolatria, a idolatria é no fundo um libelo sobre Seu caráter. O coração idólatra assume que DEUS é diferente do que Ele é. Em si o pecado leva o homem a um monstruoso substituto para o verdadeiro DEUS, adorando uma semelhança DELE e não ELE. Sempre esse DEUS estará de acordo com a imagem do deus que essa pessoa que o criou conhece, ou seja, uma tipificação do estado moral da mente da qual emerge, um deus descaracterizado, um falso deus. Um deus nascido nas sombras de um coração caído nunca irá simbolizar a verdadeira semelhança do DEUS verdadeiro que proibiu aos homens Lhe fazerem alguma imagem de adoração. "Tu pensavas", disse ao Senhor ao ímpio: Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:"(Sl 50.21). Certamente esta deve ser uma afronta grave ao DEUS Altíssimo diante de quem os querubins e serafins continuamente só fazem chamar: "SANTO, santo, santo, Senhor DEUS dos Exércitos." Devemos tomar cuidado para que nós, em nosso orgulho, não venhamos a aceitar a noção errônea de que a idolatria consiste apenas em ajoelhar-se diante de objetos visíveis de adoração, e que não passemos a admitir em nosso íntimo que os povos civilizados são, portanto, livres para adorarem a quem desejarem. A essência da idolatria é o pensamento obscuro sobre DEUS que não são dignos Dele. (O Conhecimento do SANTO [New York: Harper & Row, 1975], 11). A única cura para tal idolatria é através da igreja, bem como dos crentes individualmente que devem fazer conhecido o DEUS verdadeiro. Aqueles que possuem uma teologia centrada no homem não podem ser adoradores obedientes. A segunda verdade sobre DEUS, que flui da doxologia de Paulo é que Ele é Pai dos crentes. No Novo Testamento, DEUS é, em primeiro lugar, o Pai do Senhor JESUS CRISTO (cf. Rm 15:6;. 2 Coríntios 1:3;. 11:31;. Ef 1:3, 1 Pedro 1:3; Ap 1:6), fato atestado por JESUS ensinando-nos ao se dirigir a Ele como "Meu Pai" quase 40 vezes nos Evangelhos. Esse fato é uma prova da divindade de CRISTO, Ele e o Pai compartilham da mesma vida comum, da mesma divindade, da mesma essência. A implicação do chamado de JESUS de DEUS Pai não foi esquecida pelos judeus incrédulos, como João 5:18, lemos: "Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." Mas Paulo tem em mente aqui a verdade de que DEUS também é o Pai dos crentes (1:2; Cf Mt 5:16, 45, 48, 6:1; 10:29; Rm 8:15; 1 Cor 1:3; 2 Coríntios 1:2; Gal 1:3; Ef 1:2; Col 1:2; 2 Tessalonicenses 1:1;. 2:16; Flm 3), a quem adotou como Seus filhos (Rm 8:15, 23;. Gal 4:5;. Ef 1:5). Ao contrário dos pagãos, que se aproximam de divindades indiferentes e terrivelmente ameaçadoras, bem como distantes (cf. 1 Reis 18:25-29), os crentes adoram a um DEUS que os ama como Seus filhos e está presente em suas vidas. Isso faz com que eles "clamem: "Abba Pai" (paizinho - Rm 8:15; Gal 4:6.)! Os crentes podem ter medo de abordar ao DEUS infinitamente maravilhoso, majestoso e imponente. Mas o Pai é íntimo e, apesar de ser DEUS infinito e santo, se aproxima dos crentes finitos e pecadores lavados no sangue de CRISTO. A frase "para sempre e sempre" indica a duração do culto dos crentes a DEUS. O texto grego diz literalmente "pelos séculos dos séculos", e descreve "um muito longo e indefinido período, correspondente à imagem obtida a partir dos ciclos ou calendários de tempo, para representar uma eternidade incomensurável" (John Eadie, um comentário sobre o texto grego da Epístola de Paulo aos Filipenses [Reprint; Grand Rapids: Baker, 1979], 286). O culto dos santos não será limitado a esta vida, mas se estenderá por toda a eternidade no céu. Para essa verdade gloriosa Paulo só pode adicionar a afirmação confessional Amém "que assim seja." A COMUNHÃO DOS SANTOS Saúdem a todos os santos em CRISTO JESUS. Os irmãos que estão comigo enviam saudações. Todos os santos lhes enviam saudações, (4:21–22a) A tripla repetição de Paulo da palavra "cumprimentar" implica em um forte laço de amizade. Como ele estava terminando sua carta a eles, Paulo expressou seu amor para os membros da congregação de Filipos e sua preocupação com o seu bem-estar espiritual. Sua atenção foi especificamente para os líderes da congregação de Filipos (1:1), que receberiam a carta pelas mãos de Epafrodito. O apóstolo ordenou-lhes que cumprimentassem os membros da congregação individualmente em seu nome, e assegurassem-lhes o seu amor e preocupação pelo seu bem-estar espiritual. O apóstolo usa o termo coletivo em vez do individual "todos" que revela que cada santo era digno de seu carinho e afeto. Paulo reforçou o ponto que ele mencionou em 2:2, onde ele exortou os filipenses a "tornarem sua alegria completa por serem da mesma opinião, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, num mesmo propósito." Não deve haver favoritismos na igreja, porque "não há parcialidade com DEUS" (Rom. 2:11; cf Dt 10,17; 2 Crônicas 19:07, Jó 34:19, Atos 10:34; Gl 2.: 6;. Ef 6:9). Todos os crentes são santos, e qualquer estratificação no corpo de CRISTO é contrária à intenção do ESPÍRITO de DEUS. Todos os admitidos pelo Filho Amado de DEUS (Ef 1:6) devem ser aceitos por filhos amados de DEUS na igreja. Todos os crentes são o que são aos olhos de DEUS unicamente pela sua graça (1 Coríntios. 15:10). A preocupação de Paulo para com os indivíduos refletia a mesma do Senhor JESUS CRISTO. Mesmo quando cercado por grandes multidões, Ele estava consciente dos indivíduos e suas necessidades, como a seguinte história revela: "E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? E ele olhava em redor, para ver a que isso fizera." (Marcos 5:25-32). Paulo ainda ilustrando esse ponto de afeição igual entre todos os crentes, observa: "os irmãos que estão comigo vos saúdam". Esses irmãos, companheiros próximos de Paulo a quem ele distingue do resto dos crentes em Roma (v. 22), incluíram alguns dos nomes mais ilustres da igreja primitiva. Timóteo, filho protegido e amado de Paulo na fé, era um deles (1:1, 2:19); Epafrodito (2:25, 4:18) também estava com o apóstolo na época em que escreveu esta carta. Tíquico, portador das cartas aos Efésios (Ef 6:21), Colossenses (Cl 4:7), e Filemon (vv. 4-9), também poderia estar incluído entre os que estavam com Paulo naquele momento. Aristarco, outro companheiro de longa data do apóstolo (Atos 19:29; 20:4; 27:2), também poderia estar entre os irmãos mencionados por Paulo (Col. 4:10;. Flm 24). O grupo pode também ter incluído Onésimo, o escravo fugitivo que foi objeto da carta de Paulo a Filemon (Cl 4:9;. Flm 10), e dois dos escritores do evangelho, Marcos e Lucas (Fm 24). Tão proeminentes como esses, eram também todos os outros irmãos que simplesmente foram descritos como irmãos. A comunhão dos santos é um laço comum de amor sem distinção. Nenhum dos colaboradores mais importantes de Paulo usavam crachás de identificação, ou reinvidicavam títulos eclesiásticos para si. Eles foram excepcionalmente dotados e usados por DEUS, mas isso não os tornava espiritualmente superiores. Paulo se identificava como "o menor dos apóstolos" (1 Coríntios 15:9.), E como o principal dos pecadores (1 Tm 1:15 -. 16). Eles entenderam bem o ensinamento de JESUS sobre a igualdade dos crentes: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. Porém o maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mateus 23:8-12). O círculo mais amplo de fiéis na igreja de Roma, também enviou suas saudações, como observou Paulo na frase "Todos os santos vos saúdam". Embora diferentes em talentos e em diferentes níveis de fidelidade e maturidade espiritual, eles eram espiritualmente iguais aos seus irmãos mais proeminentes. Usando a metáfora do corpo humano, Paulo salientou para o Coríntios: "Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular." (1 Cor. 12:20-27). A partilha de um laço comum de amor, não discriminatório e um desejo mútuo de bem-estar espiritual de um pelo outro é uma característica essencial dos santos. A ALEGRIA DOS SANTOS especialmente os que estão no palácio (casa) de César. (4:22b) A maior alegria dos santos é ver os pecadores vindo à fé em CRISTO. Em Lucas 15, JESUS contou duas parábolas ilustrado a salvação. A primeira falou de um homem que se alegrou em encontrar sua ovelha perdida (Lc 15:5-6), a segunda falava de uma mulher que se alegrou em encontrar sua moeda perdida (Lc 15:9). Ambos expressam a alegria que os crentes têm na salvação dos pecadores perdidos. Da mesma forma, quando Paulo e Barnabé relatavam as conversão dos gentios: "E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos." (Atos 15:3). A referência de Paulo aos da casa de César foi especialmente significativa aos Filipenses. Filipos era uma colônia romana (Atos 16:12) e seus cidadãos eram cidadãos romanos (Atos 16:21). Por causa de seus estreitos laços com Roma, é possível que os filipenses conhecessem alguns dos membros da casa de César. Casa de César incluiu mais do que apenas os membros de sua família, incluía todos aqueles a seu serviço direto, desde os escravos humildes a altos funcionários, homens livres. Na terminologia de hoje, eles eram funcionários do governo. Durante sua prisão em Roma, Paulo teria entrado em contato com muitos deles. Alguns dos membros da família imperial, como os da guarda pretoriana, a que o apóstolo se refere em 1:13, foram levados à fé em CRISTO por Paulo. Outros, porém, já eram cristãos antes de Paulo ter chegado a Roma. No século XIX, o estudioso do Novo Testamento JB Lightfoot encontrou alguns paralelos surpreendentes entre os nomes das listas de Paulo em Romanos 16:8-15 e os nomes dos membros da casa de César nas listas que datam do tempo de Paulo (cf. Epístola de Paulo aos Filipenses [ Reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1953], 171-78). Ele conclui: "Como resultado desta investigação, ele parece ter estabelecido uma conexão entre as saudações da Epístola aos Romanos com alguns membros, pelo menos estão incluídos os da família imperial" (Filipenses, 177). Paulo inclui ambos os grupos, aqueles salvos através de seu ministério e os que já eram fiéis antes dele os evangelizar, em suas saudações à casa de César. Tanto ele como os filipenses ficaram, sem dúvida, encantados com o fato de que muitos da família do imperador pagão, muitas almas, tinham se rendido ao reino de CRISTO. A alegria dos santos é a de ver os outros resgatados das profundezas escuras do pecado e tragos à salvação em CRISTO. O RECURSO DOS SANTOS A graça do Senhor JESUS CRISTO seja com o espírito de vocês. Amém (4:23) Paulo abrange agora a igreja de Roma completa. Ele começou esta carta desejando a graça aos Filipenses (1:2), e ele conclui da mesma maneira. O apóstolo terminou todas as suas cartas desejando a graça de DEUS para os seus destinatários (cf. Rm 16:24;. 1 Coríntios 16:23;. 2 Coríntios 13:14;.. Gal 6:18; Ef 6:24; Col. 4:18, 1 Ts 5:28;. 2 Tessalonicenses 3:18;. 1. Tim 6:21;. 2 Tm 4:22, Tito 3:15;. Flm 25). O recurso de que todos os crentes mais precisam é da graça que vem do Senhor JESUS CRISTO. A graça é o favor imerecido ou amor imerecido. todos os cristãos foram beneficiados pela graça de DEUS em CRISTO que trouxe a redenção dos crentes (Ef 2:5, 8; Rm 3:24;.. 2 Tm 1:9). O Trabalho da graça de DEUS na vida dos crentes continuará até a nossa glorificação. Paulo expressou essa verdade em Romanos 5:2: "Através de CRISTO, também obtivemos a nossa introdução pela fé a esta graça na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS." Os crentes não são salvos apenas pela graça, mas também são sustentados pela graça. Eles são regidos pela graça, guiados pela graça, mantidos pela graça, santificados pela graça e capacitados pela graça. Eles são constantemente dependentes do perdão, conforto, paz, alegria, ousadia, e a instrução que vêm pela graça de DEUS. A graça sustentadora de DEUS vem para os crentes através do Senhor JESUS CRISTO. Ele é o tema desta epístola, sendo mencionada quase 40 vezes em seus 4 capítulos. Paulo descreveu a si mesmo como um servo de CRISTO (1:1), ele dirigiu-se aos Filipenses como santos em CRISTO (1:1), sua prisão foi por causa de CRISTO (1:13); para ele o viver era CRISTO (1:21) e anunciou sua morte na presença de CRISTO (1:23), ele exortou os filipenses a se comportarem de uma maneira digna de CRISTO (1:26) por ter a atitude de CRISTO (2:5), ele os chamou para a glória em CRISTO (3:3), ele considerou tudo em seu passado como lixo, tendo em conta as riquezas que ele encontrou em CRISTO (3:8), ele foi salvo pela fé em CRISTO (3:9), ele aguardava ansiosamente o retorno de CRISTO (3:20), e sua suficiência estava em CRISTO (4:19). O personagem, adoração, comunhão, alegria, e os recursos de santos estão todos ligados em JESUS CRISTO. Paulo apropriadamente resumiu a vida cristã, quando escreveu: "Para mim, o viver é CRISTO e o morrer é lucro" (1:21). Bibliografia Carson, D. A., Douglas J. Moo, and Leon Morris. An Introduction to the New Testament. Grand Rapids: Zondervan, 1992. Eadie, John. A Commentary on the Greek Text of the Epistle of Paulo to the Philippians. Reprint. Grand Rapids: Baker, 1979. Gromacki, Robert G. Stand United in Joy: An Exposition of Philippians. Grand Rapids: Baker, 1980. Guthrie, Donald. New Testament Introduction. Ap ed. Downers Grove, Ill: InterVarsity, 1990. Harrison, Everett F. Introduction to the New Testament. Grand Rapids: Eerdmans, 1964. Hendriksen, William. New Testament Commentary: Philippians, Colossians, and Philemon. Grand Rapids: Baker, 1979. Hiebert, D. Edmond. An Introduction to the New Testament: The Pauline Epistles. Ap ed. Chicago: Moody, 1977. Lenski, R. C. H. The Interpretation of St. Paulo’s Epistles to the Galatians, to the Ephesians, and to the Philippians. Minneapolis: Augsburg, 1961. Lightfoot, J. B. St. Paulo’s Epistle to the Philippians. Reprint. Grand Rapids: Zondervan, 1953. Martin, Ralph P. 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A PROVIDÊNCIA DIVINA (BEP-CPAD) Gn 45.5 “...não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, DEUS me enviou diante da vossa face.” Depois de o Senhor DEUS criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. DEUS não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de DEUS por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina. ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina. (1) Preservação. DEUS, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de DEUS manifesta-se através do seu filho JESUS CRISTO, conforme Paulo declara em Cl 1.17: CRISTO “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de CRISTO, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas. (2) Provisão. DEUS não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando DEUS criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, DEUS renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de DEUS em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g., Sl 104; 145). O mesmo DEUS revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38—41), e JESUS asseverou em termos bem claros que DEUS cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que DEUS manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS” (ver Fp 4.19). De conformidade com o apóstolo João, DEUS quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2). (3) Governo. DEUS, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. DEUS, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor. Mesmo assim, até DEUS consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo 5.19; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de DEUS, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa auto-limitação da parte de DEUS é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20). A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de DEUS não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de DEUS. (2) DEUS permite que os seres humanos experimentem as conseqüências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a DEUS, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1—41.14). DEUS pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, DEUS estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20). (3) Não somente sofremos as conseqüências dos pecados dos outros, como também sofremos as conseqüências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, freqüentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16). Dizer que DEUS permite o sofrimento não significa que DEUS origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. DEUS nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13; Rm 8.28). O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados providenciais de DEUS em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela. (1) Ele deve obedecer a DEUS e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a DEUS, mediante sua vida de obediência, DEUS o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23). Semelhantemente, para o próprio JESUS desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a DEUS e fugir para o Egito (ver Mt 2.13). Aqueles que temem a DEUS e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que DEUS endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7). (2) Na sua providência, DEUS dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de DEUS para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24). (3) Devemos amar a DEUS e submeter-nos a Ele pela fé em CRISTO, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28). Para termos sobre nós o cuidado de DEUS quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em DEUS, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3. INTERAÇÃO Professor, com a graça de DEUS chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais você e seus alunos, com certeza foram edificados, exortados e consolados por intermédio da Epístola aos Filipenses. Paulo foi um homem que colocou sua vida a disposição do Mestre. Seu ministério esteve sempre em primeiro lugar. Muitos foram os sacrifícios que este abnegado servo de DEUS teve que fazer para que o Evangelho chegasse até aos confins da terra. Nem mesmo a prisão foi capaz de impedi-lo de levar as boas novas aos perdidos. Ele pregou, ensinou e fez muitos discípulos, mesmo estando no cárcere. Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós também a termos uma vida cristã feliz. Sigamos o seu exemplo! OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Compreender como foi a participação da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo. Explicar o ato de reminiscência entre Paulo e os filipenses. Analisar a oblação e a generosidade dos filipenses. TEMAS IMPORTANTES ENCONTRADOS NA EPÍSTOLA AOS FILIPENSES TEMA EXPLICAÇÃO IMPORTÂNCIA Auto-sacrifício CRISTO sofreu e morreu para que pudéssemos ganhar a vida eterna. Com coragem e vigor, Paulo se sacrificou por seu ministério. CRISTO nos dá poder para deixar de lado as nossas necessidades e preocupações pessoais. Não devemos nos atrever a ser egoístas. Unidade Em cada igreja, em cada geração, aparecem influências decisivas (questões de lealdade e conflitos). Paulo encorajou os filipenses a se entenderem, a deixarem de se queixar e a trabalharem em conjunto. Sendo crentes, não devemos discutir com nossos companheiros, mas nos unir contra nosso inimigo comum. Quando estamos unidos pelo amor, a força de CRISTO se torna mais abundante. Vida Cristã Paulo nos mostra como viver uma vida cristã feliz. CRISTO é, ao mesmo tempo, nossa fonte de poder e o nosso guia. O desenvolvimento do nosso caráter começa com a obra que DEUS realiza em nós. Mas o crescimento também exige autodisciplina, obediência à Palavra de DEUS e concentração de nossa parte.Alegria Não importa o que venha a acontecer, os crentes podem ter profunda alegria, serenidade e paz. Essa alegria vem do conhecimento pessoal de CRISTO e da dependência de sua força, em vez da nossa. Podemos sentir alegria mesmo nos infortúnios. A alegria não se origina de circunstâncias exteriores, mas da força interior. Sendo cristãos, não devemos confiar no que temos ou experimentamos, mas no CRISTO que está dentro de nós. RESUMO DA LIÇÃO 13 - O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14) 1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo. 2. O exemplo da igreja após o Pentecostes. 3. O padrão de amor para a Igreja. O II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17) 1. Paulo relembra o apoio dos filipenses. 2. O necessário para viver. 3. "Não procuro dádivas". III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23) 1. A oblação no Antigo Testamento. 2. A oblação e a generosidade dos filipenses. 3. Doxologia. SINOPSE DO TÓPICO (1) A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes. SINOPSE DO TÓPICO (2) Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária. SINOPSE DO TÓPICO (3) O ministro de DEUS não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de CRISTO. VOCABULÁRIO Doxologia: Manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através de expressões de exaltamentos (DEUS seja louvado!) e hinos. Graça_vicária: O sacrifício de CRISTO que nos substituiu. Reminiscência: Lembrança. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 55, p.42. QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 13 - O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2013 - FILIPENSES Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas TEXTO ÁUREO 1- Complete: "Eu te _______________________________ voluntariamente _______________________________; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é ________________________" (Sl 54.6). VERDADE PRÁTICA 2- Complete: ____________________________________ os nossos irmãos, ___________________________ para a obra de DEUS, e, ao Senhor, _______________________________ a mais pura ação de graças. I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14) 3- Como os filipenses tomaram parte nas aflições do apóstolo? ( ) A expressão "tomar parte" sugere a idéia de "compartilhar com, ou co-ajudar em". ( ) Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de DEUS para fortalecer o seu coração. ( ) A expressão "tomar parte" sugere a idéia de "partilhar com, ou co-participar de". ( ) A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com o apóstolo. ( ) Ela sentia as agruras de sua prisão. ( ) O apóstolo sentia-se abençoado por DEUS pelo fato de ser lembrado com tamanho amor e ternura pela comunidade cristã filipense. 4- Qual o exemplo da igreja filipense após o Pentecostes? ( ) A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes. ( ) A igreja de Filipos ouvira falar da comunidade de Jerusalém, mas eles fezeram muito mais do que eles em obras sociais. ( ) Com o seu exemplo, os filipenses nos ensinam que "tomar parte", ou "associar-se", nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco. ( ) Devemos nos amar uns aos outros, pois assim também CRISTO nos amou. 5- Qual o padrão de amor para a Igreja? Complete: O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse deve ser o ___________________________ de nosso cotidiano: a generosidade no _________________________ constitui-se em "______________________________ que agradam a DEUS" (Hb 13.16). II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17) 6- Por que Paulo não podia esquecer do amor que lhe demonstraram os crentes da igreja filipense? ( ) A igreja de Filipos o apoiou integralmente, pois possuía muita abastança. ( ) O versículo 15 destaca a generosidade dos crentes filipenses em relação a Paulo. ( ) Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou conhecimento das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou integralmente. ( ) Com isso, os filipenses tornaram-se cooperadores do apóstolo na expansão do Reino de DEUS até aos confins da terra. 7- O que é necessário para viver, segundo a declaração de Paulo no versículo 16, onde Paulo aplicava as ofertas recebidas e o que isso significa? ( ) As ofertas que Paulo recebia eram aplicadas integralmente na igreja de Roma. ( ) Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos continuava a enviar-lhe "o necessário" à sua subsistência. ( ) No ato de "dar e receber", os filipenses participavam do ministério de Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino de DEUS. ( ) Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. ( ) As ofertas que Paulo recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária. ( ) O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião. ( ) Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais nítida quanto às demandas do Reino. ( ) Fujamos, pois, das armadilhas das riquezas deste mundo, pois, como disse o sábio Salomão, "quem ama o dinheiro, jamais dele se farta". 8- O que significa: "Não procuro dádivas"? ( ) No final de tudo, o autêntico despenseiro de CRISTO deve falar com verdade: "Não procuro favores"! ( ) Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter espiritual, pois ele não andava a procura de "dádivas". ( ) Quem vive do ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro de DEUS não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize. ( ) No final de tudo, o autêntico despenseiro de CRISTO deve falar com verdade: "Não procuro dádivas"! ( ) Sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de CRISTO. Assim agia Paulo. ( ) Paulo dava oportunidade aos filipenses, a fim de que exercessem a generosidade, tornando-os seus cooperadores na expansão do Reino de DEUS. III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23) 9- O que era a oblação no Antigo Testamento? ( ) A palavra "oblação" está relacionada à linguagem proveniente do sistema sacrifical Levítico. ( ) O termo remete-nos a estas expressões: "cheiro de suavidade" e "sacrifício agradável e aprazível". ( ) O termo remete-nos a estas expressões: "cheiro suave", "oferta de sangue" e "holocausto". ( ) E estas, por sua vez, estão relacionadas às "ofertas de consagração" a DEUS identificadas como "holocaustos", "oferta de manjares", oferta de libação e oferta pacífica. ( ) Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível - azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes. 10- De que maneira Paulo via a oblação e a generosidade dos filipenses? ( ) Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: "O meu DEUS, segundo as suas vitórias, suprirá todas as vossas dificuldades em glória, por CRISTO JESUS". ( ) Paulo encarava como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses. ( ) Tais ofertas eram-lhe como um "cheiro suave, como sacrifício agradável a DEUS". ( ) Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: "O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS". ( ) A expressão "o meu DEUS" aponta para aquEle que haveria de suprir não somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e também as nossas. Aleluia! 11- Segundo a Doxologia da carta aos filipenses, complete: Os versículos 20 a 23 trazem a ______________________________ final do apóstolo à igreja em Filipos. E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de forma mais adequada: "A ________________________ de nosso Senhor JESUS CRISTO seja com vós todos. Amém!" (v.23). Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é __________________________________, e que nós, seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois "DEUS estava em CRISTO _____________________________________ consigo o mundo, não lhes imputando os seus _______________________________". CONCLUSÃO 12- Complete: Após estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ____________________________ cada vez mais o Senhor JESUS, e dedique-se a ser uma "____________________________ de amor" a Ele. O Senhor é o _________________________________ providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo com DEUS. Exalte o Eterno, pois você foi ______________________________ com Ele em CRISTO JESUS. A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: "a alegria do Senhor é a vossa _______________________________" (Ne 8.10). RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal. O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS. Revista Ensinador Cristão - nº 55 - CPAD. Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD. GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W . Wiersbe Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD. Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD. 25 Maneiras de Valorizar as Pessoas - Autores: João C. Maxwell & Les Parrott, PH. D. - Editora: SEXTANTE Perdoando Para Viver - Autor: Wilson de Souza- Editora: MK Editora Filipenses - A Humildade de CRISTO Como Exemplo Para a Igreja - Elienai Cabral - Livro tema do trimestre Filipenses - Introdução e comentário - Ralph P. Martin - Série Cultura Bíblica - Editora Vida Filipenses_Hendriksen (1)

LIÇÃO 12 - A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO




 
 LIÇÃO 12 - A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
"Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4.13).
 

VERDADE PRÁTICA
A igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos que a servem, a fim de que não haja necessitados entre os filhos de Deus.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.10Vida cristã transbordante
Terça - Fp 4.19Deus supre as necessidades
Quarta - Mt 6.19-21,31-34A confiança nos bens gera ansiedade
Quinta - 1 Tm 5.17,18 A igreja cuidando de seus líderes
Sexta - Rm 15.25-27Socorro material como prova de amor
Sábado - Fp 4.10-13A fonte da nossa suficiência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 4.10-13
10 Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. 11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. 12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. 13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
 
Suficiência de Paulo (Filipenses 4:10-13)
NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO CONTEMPORÂNEO - F. F. BRUCE - Baseado na Edição Contemporânea de Almeida
Categoria: Comentário - © 1983, 1989 por Frederick Fyvie Bruce Hendrickson Publishers, Inc. - Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos © 1992 por Editora Vida
 
Paulo chega agora a uma das principais razões por que está escrevendo. Se esta nota (4:10-20) era parte integrante da carta principal, o apóstolo a reservou para o fim com o objetivo de dar-lhe ênfase — sua expressão de gratidão pela oferta que Epafrodito lhe trouxera da igreja de Filipos.
4:10 Muito me regozijo no Senhor, significando “apresentei alegres agradecimentos ao Senhor” (quando recebi vossa oferta). Paulo agradece aos crentes filipenses a oferta que lhe enviaram, mas seu “regozijo” deriva principalmente da evidência que esse fato representa de os filipenses terem contínuo desejo ardente de cooperar com Paulo no evangelho.
Alguns comentadores acham a redação de Paulo aqui bastante estranha, em se tratando de uma expressão de gratidão: Dibelius se refere ao “agradecimento sem graças” de Paulo . Todavia, as palavras dele devem ser lidas à luz do mútuo e profundo afeto existente entre ele e a igreja filipense, e à luz do bem-documentado hábito financeiro de Paulo .
O advérbio finalmente pode implicar, se tomado só em si mesmo, que os filipenses permitiram que um longo período de tempo decorresse desde que haviam enviado a última oferta a Paulo ; todavia, o contexto nos revela que não há base para tal ponderação. É concebível, isto sim, que no endereçamento, ou cabeçalho da nota que lhe enviaram junto à dádiva, houvessem escrito algo assim: “Finalmente temos a satisfação de enviar-lhe uma oferta, mais uma vez,” e que Paulo , aproveitando a frase, lhes diga: “Finalmente, como vocês dizem...” Entretanto, o longo intervalo se deve, com toda probabilidade, ao costume de Paulo no que concerne à aceitação de presentes e ofertas por parte das igrejas. Ele deixa bem claro que, se só agora renovastes o vosso cuidado a meu favor, isso não se deveu a alguma interrupção no interesse da parte deles, mas antes, ao fato de faltar-lhes oportunidade para mostrá-lo. E por que não tiveram tal oportunidade? Porque o próprio apóstolo os privara dela.
Na Macedônia — especialmente em Tessalônica — e também em Corinto, Paulo verificara que se aceitasse ajuda financeira para si mesmo, da parte de seus convertidos, seus adversários deturpariam esta idéia,
com malícia, dizendo que Paulo queria viver às custas da igreja. (Tais detratores de Tessalônica aparentemente não faziam parte da igreja; os de Corinto, sim). Daí, talvez, o pedido de Paulo a seus convertidos, para que não lhe enviassem dinheiro para seu uso pessoal. Acima de tudo, quando o apóstolo começou a organizar um fundo de socorro à igreja de Jerusalém, seu grande anseio era que todas as dádivas entregues pelas igrejas fossem canalizadas para tal fundo; ele sabia, no entanto, que ainda assim haveria pessoas que aproveitariam a ocasião como pretexto para dizerem que o dinheiro arrecadado como ajuda aos pobres estava sendo desviado para o bolso do próprio Paulo . Sabemos que as igrejas macedônicas haviam feito o máximo no partilhamento de seus recursos, a fim de contribuir para aquele fundo de socorro (2 Coríntios 8:1-5).
Todavia, a esta altura o dinheiro dos pobres já havia sido coletado e enviado a Jerusalém. Durante visita a Jerusalém, ao lado de representantes das igrejas doadoras, Paulo foi preso. Depois de ter passado dois anos sob custódia, em Cesaréia, passou a morar numa casa em Roma, como prisioneiro domiciliar. Mudara a situação do apóstolo: seus amigos de Filipos entenderam que agora, finalmente, era oportuno enviar-lhe uma oferta, o que fizeram pela mão de Epafrodito.
4:11 Paulo demonstra grande apreciação pelo interesse dos bondosos filipenses, mas assegura-lhes que não estava em necessidade daquele tipo. A redação paulina parece sugerir que havia constrangimento, por causa do espírito independente e sensível do apóstolo, ao dizer “muito obrigado”, agradecendo uma oferta espontânea da parte de amigos tão amorosos e amados, os irmãos da igreja em Filipos.
A política financeira de Paulo era não viver às custas de seus convertidos. Ele achava que, à semelhança dos outros apóstolos e líderes cristãos, tinha o direito de receber sustento da parte dos convertidos, mas Paulo decidiu não usufruir desse direito (1 Coríntios 9:12; 2 Tessalonicenses 3:9). A bagagem de Paulo era bem leve; suas posses se limitavam às roupas do corpo e talvez algumas ferramentas de seu ofício, mais alguns papiros e pergaminhos mencionados em 2 Timóteo 4:13. Sabia como sobreviver com o mínimo; na verdade, forçara-se a aprender em como se contentar com pouco. Já aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação, diz Paulo , palavras que John Bunyan expandiria no cântico do menino pastor:
Estou contente com o que tenho, Seja pouco ou seja muito, E é alegria o que mais almejo, Senhor, Porque ela indica os que salvaste. Nesta peregrinação concede-me Medida total de alegria: Provação agora, bênção depois, Eis a bem-aventurança das gerações.
“Contentando-vos com o que tendes” (Hebreus 13:5) — eis, pelo que parece, o preceito geral da igreja primitiva. Esta atitude opõe-se de frente à ambição, contra a qual Jesus (cf. Lucas 12:15) e seus discípulos pronunciaram solenes advertências, descrevendo a “pessoa avarenta” como “idólatra” (Efésios 5:5).
A palavra traduzida por contentar-me (gr. autarkes) era comum no estoicismo denotando o ideal da pessoa totalmente auto-suficiente. Paulo a emprega a fim de expressar sua independência das circunstâncias externas. Estava sempre consciente de sua total dependência de Deus. O apóstolo era mais “suficiente em Deus” que auto-suficiente: “a nossa capacidade vem de Deus” (2 Coríntios 5:5).
4:12 Paulo acumulava vasta experiência em passar com menos do que o suficiente, em algumas ocasiões, e ter mais do que o suficiente, noutras ocasiões. Isso pouca diferença lhe fazia. Já aprendi a contentar-me, diz ele, tomando emprestado um termo do vocabulário das religiões místicas (“Eu me tomei adepto” é como F. W. Beare o traduz). Aprendi tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Só podemos imaginar o que é que Paulo considerava abundância — tudo que estivesse acima do mínimo necessário quanto à alimentação e vestuário, sem dúvida alguma. Sendo um homem educado em ambiente elevado, sua conversão significou a entrada num novo modo de vida. Ser cidadão de Tarso significava ser pessoa de grandes posses materiais. Entretanto, por amor de Cristo, Paulo havia dado “também por perda todas as coisas” (3:8), inclusive (podemos ter certeza) sua herança material; o apóstolo aprendeu, dali em diante, a sobreviver com o que pudesse ganhar mediante seu ofício de meio-ex- pediente, de “fazer tendas” (cf. 1 Tessalonicenses 2:9; 2 Tessalonicenses 3:8; Atos 18:3; 20:34).
4:13 Paulo não coloca a seu crédito o aprendizado da lição sobre estar sempre contente; é graças àquele que o capacita que o apóstolo diz: Posso todas as coisas naquele que me fortalece. Na verdade, quando se tomava mais consciente de sua fraqueza pessoal é que ele mais se certificava do poder de Cristo que nele residia. “Portanto, de boa vontade me gloriarei,” diz ele, “nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12:9, 10).

Notas Adicionais 30
4:10 Muito me regozijo: o aoristo echaren (“eu me regozijo”) se refere ao momento em que Paulo recebera a oferta, mas a alegria persistia até aquele momento.
Finalmente: gr. ede pote. Veja-se J. H. Michael, “The First and Second Epistles to the Philippians,” ExpT34 (1922-23), pp. 106-9, quanto à opinião de que Paulo estaria citando as próprias palavras dos filipenses. Consultem-se também pp. 15-16 acima.
Renovastes o vosso cuidado a meu favor: gr. anethalete to hyper emou phronein, lit., “florecestes outra vez (intransitivo) com respeito ao vosso cuidado para comigo” ou “fizestes com que vosso cuidado por mim florescesse outra vez” (transitivo). Este é o único exemplo no NT de anathallein (ou na verdade de thallein ou qualquer derivado).
Mas vos faltava oportunidade: gr. ekaireisthe, imperfeito de akaireisthai “não ter kairos (oportunidade); esta é a única ocorrência deste raro verbo, na Bíblia em grego.
4:11 a contentar-me em toda e qualquer situação: gr. en hois eimi autarkes einai. A ênfase estóica sobre autarkeia, no sentido de auto-suficiência, tem raízes em Sócrates; quando alguém lhe perguntou quem era a pessoa mais rica, Sócrates replicou: “Aquele que está contente com o pouco, visto que a alegria (autarkeia) é a riqueza da natureza” (Stobaeus, Florilegium 5.43). Quanto à independência natural de espírito e de perspectivas de Paulo , consulte-se C. H. Dodd, “The Mind of Paul, I” em New Testament Studies, pp. 71-73.
4:12 Descobriu-se um certo padrão rítmico nos vv. 12 e 13, o qual, aqui pelo menos, não é explicado em termos de citação de outra fonte qualquer.
Em todas as maneiras aprendi: gr. memyemai, “eu me iniciei em” (da raiz my, deste verbo myein deriva-se mysterion, “mistério”).
4:13 que me fortalece: lit., “que é meu fortalecedor” (gr. en to endynamounti me), i. é, Cristo. Com este emprego do particípio presente de endynamoun cf. o aoristo participial em 1 Timóteo 1:12, “dou graças àquele que me fortaleceu (to endymmosanti me, ‘aquele que me deu poder’), Cristo Jesus nosso Senhor.”
 
Modelos de um Servo espiritual - (Filipenses 4:10-13) - MacArthur, J. (2001). Philippians (309). Chicago: Moody Press.
O seu interesse por mim.
De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo. (4:10)
Dez anos se passaram desde que o ministério de Paulo em Filipos resultou na fundação da igreja naquela cidade. Os filipenses o haviam apoiado generosamente quando ele saiu de Filipos para ministrar nas cidades macedônias de Tessalônica e Bereia (At 17:1-13). Quando Paulo se dirigiu ao sul, em direção a Acaia, os Filipenses continuaram a lhe sustentarem até quando ele evangelizou Atenas e Corinto (Atos 17:14-18:18). Com o passar dos anos continuaram a se preocupar com Paulo, mas não tinham qualquer possibilidade de fornecer apoio a ele. A razão para esta falta não é dada na bíblia. Talvez tenha sido devido à preocupação com a sua própria pobreza (cf. 2 Coríntios. 8:1-2). Ou eles, apesar de ter tido conhecimento das necessidades do apóstolo, eram incapazes de localizá-lo. Mas, recentemente, surgiu uma oportunidade quando Epafrodito chegou a Roma, trazendo consigo uma generosa doação da parte dos Filipenses (4:18) pelo que Paulo se alegrou muito no Senhor. Ele se alegrou nem tanto por causa de se lembrarem de sua necessidade, mas porque deram provas de seu amor por ele. Sua alegria transbordava porque agora, finalmente, após dez anos, tinham reavivado a sua preocupação para com ele. O verbo grego traduzido "revivido" é um termo que descreve um renovo como no florescimento na horticultura. Os Filipenses tiveram "afeição generosa" para com Paulo, depois dessa afeição ficar adormecida por quase dez anos, mais uma vez floresceu. A declaração do apóstolo na verdade de que antes estavam preocupados, mas lhes faltou oportunidade foi destinado a dissipar qualquer mal-entendido sobre a parte dos filipenses para com ele. Paulo sabia que eles estavam pensando sempre nele antes disso, mas ele compreendeu que não tiveram oportunidade de apoiá-lo (cf. 2 Cor. 8:12).
A atitude graciosa de Paulo reflete a confiança do paciente na providência soberana de Deus. Ele tinha certeza de que Deus, no devido tempo, iria organizar suas circunstâncias, para satisfazer suas necessidades. Não houve pânico de sua parte, nenhuma tentativa de manipular as pessoas partiu de sua iniciativa própria. Paulo estava contente porque sabia que os tempos, estações, e as oportunidades da vida são controladas pelo "Deus soberano que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" (Ef. 1:11), fazendo com que "todas as coisas juntas contribuam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito "(Rom. 8:28). Aqueles que procuram controlar suas próprias vidas, inevitavelmente, serão frustrados. A confiança na providência de Deus é fundamental para o contentamento.
Providência e milagre são as duas maneiras como Deus age no mundo. Um milagre é a intervenção direta de Deus no curso natural do mundo. É um evento tão contrário ao curso normal dos acontecimentos que não há nenhuma explicação científica ou naturalista para tal que não seja o poder de Deus em ação. Não há uma compreensão natural para explicar a divisão do Mar Vermelho, ou a restauração da visão daqueles cegos de nascença, ou na ressurreição de pessoas da morte.
Por outro lado, a providência de Deus não é milagroso no sentido de que ela interrompe a ordem natural. Em vez disso, ele permite que todas as contingências, eventos, palavras, atos, decisões, e elementos da vida normal aconteçam dentro de Seu propósito sobrenatural de tecê-los todos juntos para caber exatamente no Seu plano . Isto é tão sobrenatural como um milagre. Salomão reconheceu o controle providencial de Deus sobre os acontecimentos, quando escreveu: "A mente do homem planeja seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos" (Provérbios 16:9;. Cf 19:21; Jeremias 10:23, Atos 4:27 -28; Fip 2:13).. Deus providenciou arranjos para José subir a uma alta posição no Egito para preservar o seu povo. Como explicou a seus irmãos: "Quanto a vocês, intentastes o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, a fim de alcançar este resultado presente, para preservar muitas pessoas vivas" (Gn 50:20). Deus também providenciou arranjos para Ester para que ela ocupasse uma alta posição a fim de salvar Israel, como Mardoqueu lembrou: "Porque, se você permanecer em silêncio, neste momento, socorro e livramento surgirão para os judeus a partir de outro lugar e você e a casa de teu pai perecereis. E quem sabe se você não tiver atingido esta alta posição por causa de um momento como este? "(Est. 4:14). Uma compreensão do controle de Deus, Sua soberania providencial sobre os eventos é fundamental para o contentamento.

UMA PESSOA SATISFEITA É SATISFEITO COM O POUCO
Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. (4:11)
Para que os filipenses compreendessem a sua declaração no versículo 10, Paulo acrescentou rapidamente um aviso. O que ele quis dizer é que tinha aprendido a estar contente em qualquer circunstância que se encontrasse. Apesar de sua situação extremamente difícil, Paulo não estava descontente. Não importava se ele era um prisioneiro, vivendo em uma pequena casa, acorrentado a um soldado romano, vivendo com alimentação mínima. Nada disso afetava seu contentamento, porque ele estava satisfeito com o pouco que tinha. Sua satisfação não foi afetada pelos suas privações físicas.
A palavra grega traduzida como "ter o suficiente" no versículo 11 aparece somente aqui no Novo Testamento. Extra-bíblicamente a palavra grega foi usada para falar de ser auto-suficiente, ter o suficiente, ou não estar dependente dos outros. Um antigo escritor usou a palavra em referência a um país que era auto-suficiente e não tinha necessidade de importações. O verdadeiro contentamento vem apenas de Deus, e permite aos crentes serem satisfeitos e viverem satisfeitos no meio de qualquer problema.
A atitude de contentamento de alguém como Paulo ou a mulher sunamita, que quando lhe perguntaram o que ela precisava simplesmente respondeu: "Eu moro no meio do meu povo" (2 Reis 4:13), é incompreensível para a sociedade de hoje. As pessoas não se contentam com pouco ou muito. Na verdade, parece que aqueles que são os mais ricos são geralmente os mais miseráveis e descontentes. Em vez disso, as pessoas estão obcecados com a delinear as suas necessidades e exigindo que estas sejam satisfeitas por DEUS.
A necessidade humana tornou-se o valor número um em nossa cultura.
O descontentamento é o obscurecimento da distinção entre necessidades e desejos. Na prática, tudo o que se tornou uma mesma coisa "Necessidade" - Assim, os homens "precisam" de melhores empregos, carros chiques e lares maiores, jovens " precisam de "intermináveis encontros sexuais para liberar seus egos reprimidos; crianças" precisam " de liberdade de expressar-se fora da "servidão" do controle parental. Como um hamster (rato) correndo em volta e em uma roda e não chegando a lugar nenhum, as pessoas desesperadamente perseguem o contentamento que está sempre fora de alcance. Até mesmo a igreja começou a construir o seu ministério em torno da "necessidades sentidas" pelas pessoas.
Mas Paulo sabia que o fim principal do homem não é ter suas necessidades atendidas, mas glorificar a Deus e ter prazer em sua presença para sempre. Por isso, ele estava satisfeito com o que Deus graciosamente lhe concedeu. Como ele escreveu a Timóteo: "Se temos comida e cobertura, com isso estaremos contentes" (1 Tm. 6:8). Embora ele tenha escrito aos Coríntios: "O Senhor designou àqueles que proclamam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Coríntios 9:14), Paulo muitas vezes optou por não exercer esse direito (cf. Atos 20:34; 1 Cor. 9:12, 15;. 1 Tessalonicenses 2:9;. 2 Tessalonicenses 3:8). Ele trabalhou duro, e estava disposto a deixar Deus controlar os resultados. Quando os tempos difíceis vieram, Paulo permaneceu contente, porque ele estava satisfeito com pouco.

UMA PESSOA SATISFEITA INDEPENDENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS
Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade (4:12)
Paulo expande seu pensamento sobre o que ele fez alusão no versículo anterior. A frase repetida duas vezes "eu sei" ... "eu também sei" revela que ele tinha aprendido por experiência e maturidade espiritual próprias para viver acima das suas circunstâncias e não deixá-las afetar o seu contentamento. Isso é uma lição importante para os crentes aprenderem, pois são as circunstâncias difíceis da vida que mais freqüentemente roubam nosso contentamento.
A declaração de Paulo eu sei estar junto com os humildes, estar com fome e padecer necessidade indica que ele tinha passado por sua quota de pobreza. Ele sabia o que era conviver com coisas materiais escassas. Ele também sabia como viver em prosperidade, a estar bem abastecido, e ter em abundância quando Deus graciosamente concedeu-lhe mais do que precisava. Seis desses termos se referem ao bem estar material, necessidades terrenas da vida, não às necessidades espirituais.
Paulo não era teólogo da torre de marfim, ele tinha vivido e ministrado nas trincheiras. Sua vida não era exatamente um depoimento para o evangelho da prosperidade. O ministério do apóstolo começou em Damasco, pouco depois de sua conversão. Paulo, cheio do ESPÍRITO SANTO, continuou a crescer espiritualmente e confundir os judeus que moravam em Damasco, provando que "este Jesus é o Cristo", ... os judeus conspiraram juntos para acabar com ele, mas sua trama não conseguiu matar Paulo.
Eles também vigiaram as portas da cidade de dia e de noite para que pudessem matá-lo, mas os seus discípulos o desceram de noite para baixo através de uma abertura na parede, utilizando um grande cesto. (Atos 9:22-25).
Em Listra, em sua primeira viagem missionária, recebeu hostilidade a ponto de "...havendo persuadido as multidões, apedrejaram a Paulo, e arrastaram-no para fora da cidade, cuidando que estava morto" (Atos 14:19).
Muitos dos crentes filipenses, sem dúvida, se lembravam do que aconteceu com Paulo e seu companheiro pregador, Silas, em Filipos: "Ele, tendo recebido tal ordem, os lançou na prisão interior e lhes segurou os pés no tronco. Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam.
"(Atos 16:22-24).
As coisas não ficaram muito melhor para o apóstolo, em Tessalônica, onde: "Mas os judeus, movidos de inveja, tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jason, os procuravam para entregá-los ao povo. Porém, não os achando, arrastaram Jason e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, os quais Jason acolheu; e todos eles procedem contra os decretos de César, dizendo haver outro rei, que é Jesus. Assim alvoroçaram a multidão e os magistrados da cidade, que ouviram estas coisas. Tendo, porém, recebido fiança de Jason e dos demais, soltaram-nos. E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus".(At 17:5-10)
Em Bereia também, Paulo foi perseguido, pois: "Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que também em Bereia era anunciada por Paulo a palavra de Deus, foram lá agitar e sublevar as multidões" (Atos 17:13). Forçado a fugir de Bereia, Paulo foi para Atenas, onde ele foi escarnecido e ridicularizado pelos filósofos gregos céticos reunidos no Areópago (Atos 17:18-34). De Atenas, o apóstolo foi para Corinto, onde, "Sendo Gálio pro cônsul da Acaia, levantaram-se os judeus de comum acordo contra Paulo, e o levaram ao tribunal", (Atos 18:12). Depois de ministrar durante três meses na Grécia, "uma conspiração [para matar Paulo ] foi formada contra ele pelos judeus quando ele estava prestes a embarcar para a Síria" (Atos 20:3). Quando chegou a Jerusalém, Paulo foi atacado e barbaramente espancado depois que judeus da Ásia Menor reconheceram-no no templo (Atos 21:26-30). Resgatado da morte certa pela ação rápida de um oficial romano (Atos 21:31-35), Paulo começou a sua longa estadia na prisão romana. Dois anos mais tarde, depois de audiências perante o Sinédrio e do governador romano não conseguir resolver a situação, Paulo exerceu o seu direito como cidadão romano de apelar para César. Depois de uma viagem marítima angustiante, que incluiu uma aterrorizante tempestade de duas semanas que terminou em um naufrágio (At 27), Paulo finalmente chegou em Roma (Atos 28). Depois de escrever esta carta aos Filipenses e ser solto, Paulo foi novamente preso em Roma.
Resumindo sua árdua, difícil e dolorosa vida, Paulo escreveu: " são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto. Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas guardava a cidade dos damascenos, para me prender; mas por uma janela desceram-me num cesto, muralha abaixo; e assim escapei das suas mãos". (2 Coríntios 11:23-33). Com seus sofrimentos únicos e constantes Paulo tinha aprendido o segredo de se elevar acima deles. No meio de todas as suas provações manteve seu foco nas realidades celestiais (cf. Col. 3:1-2). Em 2 Coríntios 4:17 o apóstolo escreveu: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;" Com essa perspectiva, é de se admirar que nenhuma quantidade de dor, sofrimento ou desapontamento poderia afetar seu contentamento?

UMA PESSOA SATISFEITA É FORTALECIDA PELO PODER DIVINO
veja http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-avp-1tr12-tudopossonaquelequemefortalece.htm
Tudo posso naquele que me fortalece. (4:13)
Não importa quão difícil a sua luta pode ter sido, Paulo teve uma undergirding espiritual, um meio invisível de apoio. Sua adequação e suficiência veio de sua união adequada e suficiente com Cristo: "Fui crucificado com Cristo; e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim "(Gl 2:20).
Quando Paulo escreveu "eu posso fazer todas as coisas" ele tinha em mente coisas físicas, coisas não espirituais. Ischuo (eu posso fazer) significa "ser forte", "ter poder", ou "ter recursos". É comumente traduzida como "dominado" (Atos 19:16), "predominante" (Atos 19:20), e "eficaz" (Tiago 5:16). O texto grego enfatiza a palavra traduzida como todas as coisas (uma referência às necessidades físicas; Cf. Vv 11-12), colocando-o em primeiro lugar na frase. Paulo era forte o suficiente para suportar qualquer coisa (cf. 1 Tm 1:12; 2 Tm 4:17). O apóstolo não, é claro, significa que ele poderia sobreviver fisicamente indefinidamente sem comida, água, sono, ou abrigo. O que ele está dizendo é que quando ele atingiu o limite de seus recursos e força, até o momento da morte, ele foi fortalecido com a força de Cristo. Ele conseguiu superar as dificuldades físicas mais terríveis por causa da força interior, força espiritual que Deus havia lhe dado.
Nas palavras de Isaías, "Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão. (Isaías 40:29-31)
Talvez a mais clara ilustração dessa verdade na vida de Paulo venha de 2 Coríntios 12:7-10: "E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte".
Paulo era atormentado por um "espinho na carne". Este foi o pior de todos os problemas para ele, por causa de sua "solicitude por todas as Igrejas" (2 Coríntios 11:28). Ele repetidamente pediu ao Senhor para livrá-lo desse tormento.
Mas em vez de livrá-lo, o Senhor apontou para Paulo a suficiência de Sua graça. O contentamento vem aos crentes que dependem da graça sustentadora de Cristo infundida em crentes quando eles não têm força própria. Nesse sentido, o contentamento é um subproduto da angústia.
Para qualquer dúvida a respeito da suficiência do poder de fortalecimento de Cristo, é o mesmo poder que Paulo descreveu em sua oração em Efésios 3:
"Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, do qual toda família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; - Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,". (Ef 3:14-16, 20).
O poder de Deus que habita nos crentes é muito mais do que suficiente para reforçar e sustentá-los em qualquer julgamento. Contentamento pertence àqueles que depositam confiança no poder de DEUS em vez de seus próprios recursos. Jeremiah Burroughs observa: Um cristão encontra satisfação em todas as circunstâncias, obtendo força de Outro, saindo de si para Jesus Cristo, pela sua fé, agindo na fé em Cristo, e trazendo a força de Jesus Cristo em sua própria alma, ele fica habilitado a suportar tudo o que Deus estabelece para ele, e isso somente pela força que o crente acha em Jesus Cristo .... Há uma força em Cristo, não só para santificar e salvar-nos, mas a força para nos apoiar em todos os nossos fardos e aflições, e Cristo espera que quando estamos sob qualquer encargo, devemos agir na nossa fé Nele para recebermos a virtude e a força Dele. (A Jóia Rara do contentamento cristão, 63).
É importante notar que apenas aqueles que vivem uma vida de obediência à vontade de Deus pode contar com o Seu poder para sustentá-los. Aqueles que vivem num contínuo pecado são levados para a cova do desespero e não podem esperar que Deus vá trazê-los para o contentamento em suas circunstâncias contrárias. Na verdade, Ele pode até mesmo adicionar dificuldades e humilhá-los para trazê-los ao arrependimento.
D. Martyn Lloyd-Jones compara o fluxo do poder de Deus na vida do crente com a questão da saúde física: É análogo este assunto com todo o poder em sua vida como cristão. Saúde é algo que resulta de bem-estar. Saúde é o resultado de uma vida direita, e eu digo exatamente a mesma coisa sobre esta questão do poder em nossa vida cristã.
Deixe-me usar outra ilustração. Tome essa questão da pregação. Nenhum assunto é discutido com mais freqüência do que o poder da pregação. "Oh, como eu poderia ter poder na pregação?", diz o pregador, e ele ora de joelhos pelo poder. Eu acho que isso pode ser muito errado, se é a única coisa que o pregador faz. A maneira de ter poder é preparar cuidadosamente a sua mensagem e orar pedindo revelação a DEUS. Estude a Palavra de Deus, fazendo perguntas à bíblia, analisando-a, colocando-a em ordem, fazendo disso o máximo. É exatamente o mesmo em matéria de poder e capacidade de viver a vida cristã. Além disso a nossa oração por busca de poder e capacidade deve obedecer certas regras primárias de leis espirituais. Por isso, posso resumir o ensinamento como este. O segredo do poder é descobrir e aprender com o Novo Testamento o que é possível para nós em Cristo. O que tenho que fazer é ir a Cristo. Devo gastar meu tempo com ele. Eu preciso meditar sobre ele, devo chegar a conhecê-Lo. Isso era a ambição de Paulo "para que eu possa conhecê-Lo." Devo manter o meu contacto e comunhão com Cristo e devo concentrar-me em conhecê-Lo.
O que mais? Eu tenho que fazer exatamente o que Ele me diz. Devo evitar as coisas que iriam me prejudicar. Se no meio da perseguição queremos nos sentir como Paulo se sentiu, devemos viver como Paulo viveu. Devo fazer o que Ele me diz, tanto para fazer e não fazer. Devo ler a Bíblia, devo exercer, devo praticar a vida cristã, devo viver a vida cristã em toda sua plenitude. (Depressão Espiritual: Suas Causas e Cura [Grand Rapids: Eerdmans, 1965], 298-99).
O poder de Deus vai trazer contentamento para aqueles que não têm força própria, mas somente se eles têm vivido em retidão. Não há nenhuma solução rápida, nenhum atalho para contentamento. Ele vem apenas para aquelesque estão reforçados pelo poder divino, e que esse poder divino não venha de conselheiros, terapia ou de fórmulas auto-ajuda, mas apenas de uma vida piedosa consistente. 
 
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina.
Compreender que o cristão tem o contentamento de Cristo em qualquer situação.
Explicar a respeito da principal fonte de contentamento do cristão.

RESUMO DA LIÇÃO 12 - A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
1. Paulo agradece aos filipenses.
2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja.
3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros.
II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
1. O contentamento de Paulo .
2. "Sei estar abatido" (v.12).
3. O contentamento desfaz os extremismos.
III. A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
1. Cristo é quem fortalece.
2. Cristo é a razão do contentamento.
3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento.
 
   
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 55, p.42.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 12 - A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2013 - FILIPENSES
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Posso ________________ as ______________________ naquele que me _____________________________" (Fp 4.13).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A igreja de Cristo deve _________________________ pelo bem-estar dos que a ___________________________, a fim de que não haja _______________________________ entre os filhos de Deus.
 
I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
3- Pelo que Paulo agradece aos filipenses?
(    ) A igreja em Filipos já vinha tentando contribuir com o ministério de Paulo desde o seu início, mas nunca haviam conseguido.
(    ) A igreja em Filipos já vinha contribuindo com o ministério de Paulo desde o seu início.
(    ) Agora, o apóstolo fora surpreendido pela segunda oferta enviada a ele, exatamente quando estava preso em Roma.
(    ) Por isso, agradece e regozija-se pela lembrança dos irmãos.
(    ) Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em qualquer situação.

4- Como era a reciprocidade entre o apóstolo e a igreja de Filipos?
(    ) A segunda cidade da Europa a receber a mensagem do Evangelho foi a de Filipos
(    ) Paulo amava a igreja em Filipos.
(    ) Esta cidade foi a primeira da Europa a receber a mensagem do Evangelho.
(    ) Ali, Paulo enfrentou perseguições, prisão e muito sofrimento.
(    ) Agora a igreja, firmada em Cristo, demonstra sua gratidão ao apóstolo cuidando dele e ajudando-o em suas necessidades.

5- De que maneira a igreja deve cuidar dos seus obreiros?
(    ) Paulo muito sofreu com a falta de ajuda financeira da igreja em Jerusalém.
(    ) Nenhum obreiro deve fazer de sua missão um meio de ganhar dinheiro.
(    ) Todavia, a igreja precisa prover sustento digno àqueles que a servem.
(    ) Paulo muito sofreu com a falta de sensibilidade da igreja em Corinto.
(    ) Por outro lado, a igreja em Filipos procurou ajudar o apóstolo.
(    ) A Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do Senhor: "Não amordaces o boi, quando pisa o trigo".
(    ) No mesmo versículo, o apóstolo completa que "digno é o obreiro do seu salário".
(    ) A igreja deve apoiar devidamente àqueles que são verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas necessidades.

II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
6- Qual era o contentamento de Paulo ?
(    ) Aos Filipenses, Paulo escreveu: "não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus".
(    ) O apóstolo aprendeu a contentar-se em toda e qualquer situação.
(    ) Seu contentamento estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante.
(    ) Aos coríntios, Paulo escreveu: "não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus".
(    ) Paulo deu o crédito de sua força e contentamento a Deus.
 
7- De que maneira muitos atribuem seu sucesso e como agirmos de forma adequada?
(    ) Muitos se gabam de sua robustez, coragem e até espiritualidade, esquecendo-se de que a nossa capacidade vem do Senhor.
(    ) Muitos atribuem seu sucesso a CRISTO e por isso são mal interpretados.
(    ) Para agirmos de forma adequada em meio às provações e privações é preciso reconhecer que dependemos integralmente do Senhor.

8- Como entender Paulo quando diz: "Sei estar abatido" (v.12)? Complete:
Paulo inicia o versículo doze dizendo: "Sei estar abatido e também ter abundância". Ele estava convicto do _________________________ de Deus. Por isso, aceitava as ________________________ sem se envergonhar ou mesmo entristecer-se. Precisamos acreditar na __________________________ divina e aprender a contentar-nos em toda e qualquer situação. Talvez você esteja passando por dificuldades. Não permita, porém, que elas o abatam. Confie no cuidado e na ______________________________ do Pai Celeste. Ele é o nosso provedor. Para que o Evangelho chegasse aos confins da terra, muitos homens e mulheres, às vezes sem qualquer __________________________________ oficial, deixaram suas famílias e saíram pregando a Palavra de Deus e fundando igrejas. Esses pioneiros não desistiram, e os resultados ainda podem ser vistos. Hoje, as igrejas, em sua maioria, possuem recursos para enviar obreiros e missionários a outras ______________________________ e ali sustentá-los, e devem fazê-lo. Cumpramos, pois, o nosso dever conforme a Bíblia nos recomenda.

9- Por que o contentamento desfaz os extremismos?
(    ) O apóstolo Paulo ensina a nos aproximar daqueles que não se conformam "com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade".
(    ) Apesar de o exemplo paulino e de a Bíblia ensinar-nos acerca do contentamento, é necessário abordar o perigo da adoção dos extremismos nessa questão.
(    ) Muitos servos de Deus são obrigados, pela falta de compromisso de suas igrejas, a abandonar a obra de Deus.
(    ) Para que isso não aconteça, sejamos fiéis no sustento daqueles que estão servindo a causa do Mestre.
(    ) Os obreiros, por sua parte, não podem deixar-se dominar pela avareza e pela ganância.
(    ) Paulo nos dá uma importante lição quando afirma: "Aprendi a contentar-me com o que tenho".
(    ) O culto ao Senhor não pode ser transformado em uma fonte de renda.
(    ) É o próprio apóstolo Paulo quem ensina a nos apartar daqueles que não se conformam "com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade".
(    ) Isto porque, os tais apreciam "contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho".
(    ) O ensino paulino demonstra que a piedade, com contentamento, já é, por si mesma, um "grande ganho".

III. A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
10- Por que Cristo é quem fortalece?
(    ) A força do ministério de Paulo estava em sua coragem e persistência.
(    ) Paulo nos ensina, com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo.
(    ) O que fez do apóstolo um vencedor foi a sua fé em Jesus Cristo, aquele que tudo pode.
(    ) A força do seu ministério era o Senhor.
(    ) Você quer forças para vencer os obstáculos em seu ministério? Confie plenamente no Senhor!

11- Por que Cristo é a razão do contentamento?
(    ) Nossa alegria e força vêm do Senhor Jesus.
(    ) Temos necessidade de obter forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as obrigações puramente cristãs.
(    ) Precisamos da força de CRISTO para nos ensinar a como ficarmos contentes em todas as condições e as aceitarmos como advindas de DEUS.
(    ) Precisamos da força de CRISTO para nos ensinar a como ficar contente em cada condição.
(    ) Busque ao Senhor e permita que a alegria divina preencha a sua alma.

12- Por que o cumprimento da missão é fonte de contentamento?
(    ) O principal objetivo de Paulo era viver do Evangelho e nada lhe era mais importante que ganhar almas para o Reino de Deus.
(    ) Uma vez que o objetivo de Paulo era pregar o Evangelho em toda parte, nada lhe era mais importante que ganhar almas para o Reino de Deus.
(    ) Nenhuma dificuldade financeira roubaria a visão missionária do apóstolo.
(    ) Ele não se angustiava pela privação material e social.
(    ) Pelo contrário, a alegria do Senhor era a sua força.
(    ) Paulo regozijava-se com a suficiência que tinha de Cristo.
(    ) O descontentamento é como uma planta má que faz brotar a avareza, o roubo e a preocupação com as coisas materiais.
(    ) Por isso, contente-se em Cristo! Ele tomará conta de nós.

CONCLUSÃO
13- Complete:
Aprendemos na lição de hoje, que a igreja de Cristo deve __________________________ pelo bem-estar dos seus obreiros, a fim de que não venham a passar ___________________________. Todavia, a real motivação para servirmos à igreja de Deus jamais devem ser as recompensas ________________________________. Confiemos na _____________________________ divina, pois assim seremos felizes em toda e qualquer situação. Nosso contentamento em meio às ______________________________ é resultado da nossa fé e comunhão com o Senhor Jesus. Que estejamos na _____________________________ do Senhor, para que Ele nos conceda alegria e força a fim de _______________________________ as vicissitudes e tribulações da vida.
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão - nº 55 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W . Wiersbe
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
25 Maneiras de Valorizar as Pessoas - Autores: João C. Maxwell & Les Parrott, PH. D. - Editora: SEXTANTE
Perdoando Para Viver - Autor: Wilson de Souza- Editora: MK Editora
Filipenses - A Humildade de CRISTO Como Exemplo Para a Igreja - Elienai Cabral - Livro tema do trimestre
Filipenses - Introdução e comentário - Ralph P. Martin - Série Cultura Bíblica - Editora Vida
Filipenses_Hendriksen (1)
João Macarthur - Comentário Filipenses - http://www.editoraculturacrista.com.br
Novo Comentário Bíblico Contemporâneo - Filipenses - F. F. Bruce - Série Cultura Bíblica - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA - São Paulo - SP - 12ª edição 2002
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/
Epistolas paulinas - http://pt.scribd.com/doc/146430796/E-P-Myer-Pearlman